sábado, novembro 24, 2012

sexta-feira, novembro 23, 2012

A Fraude da Incineração

Diário Insular, 23 de Novembro de 2012

segunda-feira, novembro 12, 2012

Manifesto

Pelo fim da tauromaquia nos Açores Desde o século XIX, muitas têm sido as vozes açorianas que se têm insurgido contra as práticas tauromáquicas, entre as quais se destacam: a escritora Alice Moderno, o médico Alfredo da Silva Sampaio, o militante social Adriano Botelho e o professor universitário Aurélio Quintanilha. É cada vez maior o número de pessoas que entende a tauromaquia como uma expressão de insensibilidade e violência, que deseduca e anula o sentido crítico individual e coletivo. Nos últimos anos, têm sido publicados estudos que reconhecem que crianças e adultos que assistem a práticas tauromáquicas tornam-se pessoas tendencialmente mais agressivas e violentas. A ciência comprova que a tourada, como conjunto de práticas cruentas, é causadora de dor e sofrimento a mamíferos que, como os touros e os cavalos, têm um sistema nervoso muito parecido com o humano. Estando as sociedades em constante evolução, a tradição não pode servir para legitimar ou justificar a continuação de práticas cruéis e violentas. Por esse motivo e pelo reconhecimento de que uma sociedade que se diverte perante o sofrimento alheio não é uma sociedade saudável, são cada vez mais os países, regiões e municípios por todo o mundo a proibir a prática da tauromaquia e outros espetáculos violentos com animais. Nos Açores, tal como no resto do país, num contexto socioeconómico de dificuldades extremas para o cidadão comum, o estado continua a financiar a tauromaquia com milhões de euros do erário público, sem que isto tenha qualquer impacto no desenvolvimento da economia, beneficiando apenas um pequeno grupo de empresários tauromáquicos. Para combater e contribuir para a alteração da situação atual, o Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores (MCATA) organiza-se como um coletivo informal de pessoas que apoia a total abolição de todas as práticas tauromáquicas e adota os seguintes princípios: ● Independência face a qualquer outro tipo de grupo social constituído, como partidos políticos, organismos oficiais, grupos económicos, crenças religiosas ou outros grupos de interesse; ● Sem fins lucrativos, todo o trabalho é estritamente voluntário; ● Sem quaisquer hierarquias, é privilegiada a discussão e o consenso como principal método de tomada de decisões. ● A não-violência, o respeito pelo outro e o diálogo estão na base de todas as iniciativas e intervenções. O MCATA faz um apelo à união de todas as pessoas que lutam pela abolição da tauromaquia e defende a cooperação solidária com todas as organizações abolicionistas da região, e também ao nível nacional e internacional. Por último, o MCATA compromete-se a lutar para que a Região Autónoma dos Açores acabe com qualquer apoio logístico e financeiro à tauromaquia e invista, antes de mais, nas necessidades básicas dos cidadãos, como a educação, a saúde, a habitação, a ação social, os transportes e na criação e fixação de postos de trabalho, considerando sempre como uma prioridade a conservação, defesa e respeito pelo ambiente, e pelo próximo, nos Açores. Por uma região sem crueldade e sem violência, junta-te ao MCATA!

sexta-feira, novembro 09, 2012

Um ano de sucesso para a tauromaquia nos Açores

2012, ANO DE SUCESSO PARA A TAUROMAQUIA NOS AÇORES: PELO MENOS DOIS MORTES, UM NÚMERO DESCONHECIDO DE FERIDOS, MILHARES DE EUROS ESBANJADOS E A REVELAÇÃO DA INSENSATEZ E IGNORÂNCIA DE ALGUNS POLÍTICOS Acabada a época tauromáquica, é tempo de fazer um balanço preliminar, necessariamente muito incompleto, pois o que é transmitido pela comunicação social aficionada ou pelos “especialistas” em tortura animal, mais ou menos suave, é apenas a parte mais “cor-de-rosa” da impropriamente denominada festa dos touros. Esta época vai ficar marcada pelo desaparecimento de um jornal da Igreja Católica, A União, cujo diretor, o padre Marco Gomes, tomou partido pelo divertimento à custa do sofrimento dos touros e cavalos, tendo dado a voz aos adeptos das touradas, mesmo das mais cruéis e bárbaras, como as picadas e ignorado as associações que defendem os animais e que consideram anacrónicas as touradas ditas artísticas ou populares. Este ano, também, vai ficar marcado pela continuação da integração nos programas das festas religiosas de algumas freguesias da aberração que é a da tortura animal, vulgo touradas, vacadas ou afins. Tal acontece numa altura em que as paróquias passam por dificuldades e a diocese anda de rastos, de tal modo que vai despedir trabalhadores do órgão de comunicação social referido e de que é proprietária. Foi precisamente numa tourada integrada numa festa religiosa que na ilha do Pico, morreu (foi assassinado pela ignorância ou pela indústria tauromáquica) estupidamente uma pessoa. A propósito, para além daquela morte as touradas à corda também foram responsáveis pela morte de um homem, em São Bento, na Ilha Terceira, desconhecendo-se se houve mais alguma morte, pois mortes e feridos em touradas são mais do que segredo de estado. Tal como não há isenção jornalística (nalguns casos, interesse) para divulgar o número de mortes e de feridos em touradas, o hospital de Santo Espírito da Terceira, também dá uma ajuda preciosa à falta de transparência, não divulgando qualquer informação, mesmo quando solicitado para o efeito. Aproveitando a época de campanha eleitoral, a maioria dos políticos dos Açores, sem qualquer estatura moral para o exercício de qualquer cargo público ignorou o bárbaro “espetáculo” que podia ser cultural na era da escravatura humana mas que hoje é anacrónico ou, pior, pronunciou-se, revelando a sua ignorância ou a sua baixeza moral e ética. Limitando-me aos três partidos mais votados, diria que não vale a pena gastar o teclado do computador para escrever muitas linhas sobre o líder do CDS-PP pois o mesmo, como um dos votantes a favor da legalização da sorte de varas, é um adepto confesso da tortura em grau mais elevado. A líder do PSD foi uma surpresa desagradável para todos os simpatizantes do seu partido que acreditavam na sua compaixão para com os animais. Com efeito, numa declaração à RTP - Açores, a Drª Berta Cabral afirmou que aprendeu a gostar de touradas à corda, que não reconhece qualquer violência nessas touradas e foi mais longe ao dizer que a tourada à corda é uma brincadeira em que quem leva a melhor é o touro. Destas declarações posso concluir que a senhora ou não está bem informada ou virou fundamentalista. Com isto quero dizer que ela deve rejubilar sempre que uma pessoa vai para o cemitério ou quando alguém vai para ao hospital. Por outro lado, a ex-líder do PSD não sabe, ou finge não saber que, tal como os seres humanos, os touros têm a capacidade de sentirem sofrimento físico e psicológico e que na tourada à corda alguns touros também morrem, ficam feridos, ficam exaustos, sofrem susto e ansiedade. Se Berta Cabral surpreendeu alguns, Carlos César foi uma revelação, pois para além do elogio à tourada à corda, não se cansou de dar loas ao quinto touro (o álcool associado à tourada). Assim, foi por demais infeliz e afrontosa para todos os açorianos que acham injustificado o sofrimento animal para divertimento de uns poucos, por mais pequeno que seja, a seguinte afirmação: “Um açoriano que se preze gosta de tourada à corda”. Um vómito! Em termos de dinheiros públicos para a tauromaquia, em 2012, continuamos a não saber quanto dos nossos impostos continuou a ser usado para a alimentar a indústria da deseducação e do sofrimento animal. Mas, uma coisa é certa, a hipócrita da União Europeia continuou a financiar as touradas, com o argumento de que não se pronuncia sobre as práticas “culturais” de um país quando é capaz de impor regras para o tamanho dos pepinos e os governos e as autarquias continuam a financiar, direta ou indiretamente, através do apoio às festas locais, as touradas. Mesmo assim, não andaremos longe da verdade se dissermos que o dinheiro dos nossos impostos que foi transferido para aos bolsos de alguns terá no mínimo sido superior a quatrocentos mil euros. Manuel Oliveira 6 de Novembro de 2012 Boletim Terra Livre, nº 51, Novembro de 2012

segunda-feira, novembro 05, 2012

Pelos Açores, por um mundo Melhor, entre em ação para evitar a realização de uma vacada na Lagoa (Açores)

A todas as pessoas singulares ou coletivas, solicita-se o envio do e-mail, abaixo dirigido ao presidente da Câmara Municipal da Lagoa (São Miguel – Açores) a solicitar o não apoio e a não autorização da vacada que está marcada para o próximo dia 10 de Novembro. Muito obrigado Enviar para: gabpres-cml@mail.telepac.pt , mcatacores@gmail.com, acoresmelhores@gmail.com Ex. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Lagoa, Tomei conhecimento de que se irá realizar na Freguesia de Santa Cruz, no próximo dia 10 de Novembro, uma vacada e venho por este meio manifestar o meu total repúdio por tal acontecimento, uma vez que as vacadas, contribuem para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso cruel exercido sobre animais. Sabemos que Vossa Exª, como pessoa culta, tolerante e defensora do bem-estar animal, irá rever a sua posição anterior de apoiar eventos desta natureza, convencendo os promotores, que já pediram autorização à autarquia, a desistir da realização do evento. Como autarca respeitador da lei, que infelizmente não é a melhor em termos de proteção dos animais, estamos certos que V. Exª não permitirá que a vacada ocorra pois a realização da mesma em domínio público marítimo e na data referida é contrária à legislação (artigo 49.º do DLR n.º 37/2008/A, alterado pelo DLR n.º 13/2012/A), violando o regulamento respetivo a eventos como o referido. Com os melhores cumprimentos Nome

sexta-feira, novembro 02, 2012