terça-feira, dezembro 23, 2008

sexta-feira, dezembro 19, 2008

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES



(Autoria: Geraldo Vandré)

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção…
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer…
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão…
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer…
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão…
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer…
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não…
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição…
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer…

sábado, dezembro 13, 2008

Salvem os Ricos, Eles Merecem

segunda-feira, dezembro 01, 2008

O Analfabeto Político
Berthold Brecht

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
(Berthold Brecht)

quarta-feira, novembro 26, 2008

CADEP

O CADEP- Colectivo Açoriano para a Defesa da Escola Pública é um movimento de professores que tem como principais fins a defesa de uma escola pública democrática, de qualidade e de sucesso e a dignidade da profissão docente.

O CADEP não pretende substituir as organizações já existentes, sejam elas de carácter cívico, sindical ou partidário. Pelo contrário, é seu objectivo promover a união de todos os que estejam disponíveis para a defesa da Escola Pública e da qualidade do ensino.

Em profundo desacordo com o ECDRAA- Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, publicado no Diário da República no dia 30 de Agosto de 2007, o qual agravou a situação profissional de todos os docentes, prolongando a sua carreira, introduzindo um regime de faltas atentatório dos direitos de todos os trabalhadores e um inaceitável sistema de avaliação, o CADEP elege como tarefas imediatas a luta:

- pela revogação do Estatuto da Carreira Docente nos Açores (ECDRAA), publicado pelo Decreto Legislativo Regional nº 21/2007/A, de 30 de Agosto.

- em defesa de um sistema de avaliação formativo e participativo que valorize o efectivo desempenho dos docentes e pela imediata suspensão do modelo actual.

Teófilo Braga, Escola Secundária das Laranjeiras
Lúcia Ventura, Escola Secundária de Lagoa
Victor Medina, Escola Básica Integrada dos Biscoitos
Luís Filipe Fernandes Bettencourt, Escola Secundária Vitorino Nemésio
João Pacheco, Escola Básica Integrada da Ribeira Grande
Filipe Sancho, Escola Básica Integrada da Praia da Vitória
Rui Soares Alcântara, Escola Secundária de Ribeira Grande
Pedro Pacheco, Escola Secundária Antero de Quental
Mário Furtado, Escola Secundária Manuel de Arriaga
Célia Figueiredo, Escola Secundária das Laranjeiras
Helena Primo, Escola Básica Integrada Canto da Maia

sexta-feira, novembro 14, 2008

Avaliação do desempenho nos Açores: SDPA é o único Sindicato a exigir a sua suspensão



Na sequência de uma entrevista dada pelo Presidente do SDPA, Fernando Marques Fernandes, ao Diário Insular, eis o texto integral da notícia hoje publicada nesse jornal, esclarecedora sobre as posições dos Sindicatos e de Álamo de Meneses, quanto à avaliação do desempenho dos docentes nos Açores.

Centenas de professores subscreveram uma moção do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores que apela ao Governo Regional a suspensão da avaliação dos docentes.
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, Fernando Marques Fernandes, disse ontem ao DI que a moção deverá ser entregue ao titular da pasta da Educação do próximo Governo Regional que será empossado terça-feira na Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto da moção com a entrada em vigor do Estatuto da Carreira Docente dos Açores “foi imposto um modelo de avaliação do desempenho normativo, anual, burocratizado e que parte do princípio da desconfiança do trabalho dos educadores de infância e dos professores”.
Segundo o documento elaborado pela referida estrutura sindical, “este modelo de avaliação, que não passa de um sistema de notação funcional, realizada após o ano lectivo estar finalizado, sem qualquer cunho colegial e formativo e sem impacto na melhoria efectiva da prática docente, constitui-se como um instrumento administrativo de gestão das carreiras e das progressões dos docentes, penalizador e punitivo”.
Ainda de acordo com a moção, não houve formação dos avaliados e avaliadores e também não existe uma uniformização de procedimentos.
Adianta que o processo de avaliação “é burocrático e de uma imensa complexidade documental” e que os instrumentos utilizados “não contemplam a diversidade das funções docentes”.
Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, Armando Dutra, considera que “é prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores açorianos.
“Vamos aguardar para ver como o processo vai decorrer para depois tomar uma posição”, afirmou.
Entretanto, o secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, destacou o facto de a avaliação dos professores nos Açores ser diferente da que está a ser efectuada no continente.
Álamo Meneses referiu que o processo de avaliação não terá reflexos na progressão da carreira docente.
“É pena que haja sindicatos que em vez de olharem para o que de bom se passa nos Açores estejam mais interessados em seguir o que acontece no continente”, afirmou.


in Diário Insular
14/11/2008

Nota- Com sindicalistas pró-governo não são precisos sindicatos

segunda-feira, novembro 10, 2008

Manifestação de 15 de Novembro de 2008

quarta-feira, novembro 05, 2008

Uma Carta Aberta a Barack Obama
Entre a Esperança e a Realidade
Ralph Nader; 3 de Novembro de 2008

Caro Senador Obama:

Nos seus dois anos de campanha presidencial, as palavras “esperança e mudança”, “mudança e esperança” foram as suas expressões de marca. Há, no entanto, uma assimetria entre esses objectivos e o seu carácter político que sucumbe a centros de poder opostos que não querem “esperança e mudança” mas sim a continuação do statu quo do poder estabelecido.

Muito mais do que o Senador McCain, você recebeu contribuições enormes e sem precedentes da parte de interesses corporativos, interesses de Wall Street e, mais interessante, firmas de advogados de grandes corporações. Nunca antes um candidato Democrata a Presidente conseguiu tal supremacia sobre o seu oponente Republicano. Porque é que, para além dos seu voto incondicional a favor da entrega de 700 mil milhões de dólares a Wall Street, estão estes interesses de grandes corporações a investir tanto no Senador Obama? Será que o seu historial no Senado estadual, o seu historial no Senado dos EUA e o historial da sua campanha presidencial (a favor da energia nuclear, centrais a carvão, perfurações petrolíferas marítimas, subsídios empresariais incluindo a Lei de Mineração 1872 e evitando qualquer programa geral para perseguir a onda de crime corporativo e o empolado e dispendioso orçamento militar, por exemplo) mostrou que você era o homem deles?

Para avançar com mudança e esperança, a personalidade presidencial necessita de carácter, coragem, integridade – e não diligência, acomodação e oportunismo de vistas curtas. Veja, por exemplo, a sua transformação de um expedito defensor dos direitos palestinianos em Chicago, antes de concorrer ao Senado dos EUA, num acólito, um seguidor da linha dura do lóbi da AIPAC [Comissão de Actividades Políticas América-Israel], que sustenta a opressão militarista, a ocupação, o bloqueio, a colonização e as apropriações de água e território ao longo dos anos do povo palestiniano e dos seus territórios encurtados na Cisjordânia e Gaza. Eric Alterman fez um resumo de inúmeras sondagens na revista The Nation de Dezembro de 2007, mostrando que as políticas da AIPAC têm a oposição de uma maioria de judeus-americanos.

Você sabe muito bem que só quando o Governo dos EUA apoiar os movimentos de paz israelitas e palestinianos, que há anos atrás forjaram uma solução de dois estados (que é apoiada pelas maioria dos israelitas e dos palestinianos), haverá oportunidade para uma resolução pacífica para este conflito com mais de 60 anos. No entanto, você alinhou como os da linha dura, de tal modo que no seu infame e pouco dignificante discurso na convenção da AIPAC, logo depois de ter ganho as eleições dentro do Partido Democrata, você defendeu uma «Jerusalém não dividida» e opôs-se a negociações com o Hamas – o governo eleito em Gaza. Mais uma vez, você ignorou a vontade do povo israelita que, numa sondagem de 1 de Março de 2008 do respeitado jornal Haaretz, mostrou que 64% dos israelitas são favoráveis a «negociações directas com o Hamas». Estar ao lado da linha dura da AIPAC é aquilo que um dos muitos proeminentes palestinianos que advogam o diálogo e a paz com o povo de Israel estava a descrever quando escreveu «O anti-semitismo de hoje é a perseguição da sociedade palestiniana pelo estado de Israel».

Durante a sua visita a Israel neste Verão, você programou uns meros 45 minutos do seu tempo para os palestinianos, sem nenhuma conferência de imprensa, e sem visitar nenhum campo de refugiados palestinianos, o que traria o foco dos meios de comunicação sobre a brutalização dos palestinianos. A sua visita apoiou o ilegal e cruel bloqueio de Gaza,desafiando o direito internacional e a carta das Nações Unidas. Você focou as vítimas do sul de Israel que durante o último ano totalizaram 1 vítima por cada 400 palestinianos vitimados do lado de Gaza. Em vez de fazer uma declaração que condenasse toda a violência e a sua substituição por uma aceitação da proposta de 2002 da Liga Árabe de permitir um estado palestiniano viável dentro das fronteiras de 1967, em troca de relações económicas e diplomáticas entre os países árabes e Israel, você desempenhou um papel de político barato, deixando a zona e os palestinianos com um sentimento de muito choque e pouco assombro.

David Levy, um antigo negociador de paz israelita, descreveu a sua viagem sucintamente: «Houve quase uma obstinada demonstração de indiferença ao facto de haver aqui duas narrativas. Isto pode ser-lhe útil como candidato, mas não como Presidente».

O comentador palestiniano-americano, Ali Abunimah, sublinhou que Obama não balbuciou uma única crítica a Israel, «à sua impiedosa construção de colonatos e do muro, das restrições que tornam a vida insuportável a milhões de palestinianos. …Até a administração Bush criticou recentemente o uso por parte de Israel de bombas de fragmentação contra civis libaneses [ver www.atfl.org para mais informação]. Mas Obama defendeu o ataque de Israel ao Líbano como um exercício do seu “legítimo direito a se defender”».

Em numerosos artigos de opinião, Gideon Levy, escrevendo no Haaretz, criticou duramente o ataque do governo de Israel aos civis de Gaza, incluindo ataques «ao coração de um lotado campo de refugiados… com horrível chacina» no início de 2008.

O escritor israelita e defensor da paz – Uri Avnery – descreveu a presença de Obama perante a AIPAC como uma presença que «bateu todos os recordes de subserviência e bajulação», acrescentando que Obama «está preparado para sacrificar os mais básicos interesses americanos. No fundo, os EUA têm um interesse vital em conseguir a paz entre Israel e a Palestina que permita encontrar caminhos até ao coração das massas árabes desde o Iraque até Marrocos. Obama danificou a sua imagem no mundo muçulmano e hipotecou o seu futuro – se e quando ele for eleito presidente», afirmou ele, acrescentando, «De uma coisa eu estou certo: as declarações de Obama na conferência da AIPAC são muito, muito más para a paz. E o que é mau para a paz é mau para Israel, mau para o mundo e mau para o povo palestiniano».

Outra ilustração da sua falta de carácter é a forma como você virou as costas aos muçulmanos americanos deste país. Você recusou-se a enviar representantes para falarem com eleitores nos seus eventos. Tendo visitado numerosas igrejas e sinagogas, recusou-se a visitar uma única mesquita na América. Até George W. Bush visitou a Grande Mesquita de Washington D.C. depois do 11 de Setembro para expressar sentimentos de tolerância perante um grande grupo religioso de inocentes amedrontados.

Apesar do jornal New York Times ter publicado um artigo a 24 de Junho de 2008 intitulado “Eleitores Muçulmanos Detectam Desprezo da parte de Obama” (por Andrea Elliott), enumerando exemplos da sua aversão a estes americanos que vêm de todos os estratos sociais, que integram as forças armadas e que trabalham para viver o sonho americano. Três dias antes, o jornal International Herald Tribune publicou um artigo de Roger Cohen intitulado “Porque é que Obama Deveria Visitar uma Mesquita”. Nenhum destes comentários e relatos mudaram a sua atitude relativamente aos muçulmanos americanos – apesar do seu pai ser um muçulmano do Quénia.

Talvez nada tenha ilustrado a sua enorme falta de coragem política ou mesmo a versão mais suave deste comportamento do que a sua rendição a exigências da linha dura para proibir que o antigo presidente Jimmy Carter discursasse na Convenção Nacional Democrata. Esta é uma tradição para os antigos presidentes e um deles, Bill Clinton, teve este ano direito a ela no horário nobre.

Aqui estava um presidente que negociou a paz entre Israel e o Egipto, mas o seu recente livro que pressiona o dominante super-poder israelita a não fazer um apartheid aos palestinianos e a fazer a paz, foi o bastante para o pôr de lado. Em vez de um importante discurso à nação por parte de Jimmy Carter sobre este crucial problema internacional, ele foi relegado a uma volta em cima do palco e a um “tumultuoso aplauso”, seguido do visionamento de um filme sobre o trabalho pós-Katrina do Carter Center. Que vergonha, Barack Obama!

Mas o seu comportamento vergonhoso estendeu-se a muitas outras áreas da vida americana. (Ver a análise factual do meu parceiro de candidatura, Matt Gonzalez, em www.votenader.org). Você virou as costas a 100 milhões de americanos pobres onde se incluem pobres brancos, afro-americanos e latinos. Mencionou sempre a “classe média” mas omitiu, repetidamente, uma menção à América pobre.

Sendo eleito Presidente, terá se ser mais do que uma promoção de carreira sem precedentes depois de uma campanha brilhantemente sem princípios, que falou de “mudança” mas demonstrou uma verdadeira sujeição à concentração de poder das “supremas corporações”. Tem de ser sobre uma mudança de poder dos poucos para os muitos. Tem de ser uma Casa Branca presidida por um homem negro que não vira as costas aos oprimidos daqui e do estrangeiro, mas que desafia as forças da ganância, do controlo ditatorial do trabalho, dos consumidores e dos contribuintes, e da militarização da política externa. Tem de ser uma Casa Branca que transforme a política americana – abrindo-a ao financiamento público das eleições (através de aproximações voluntárias) – e permitindo que candidatos mais pequenos possam ter hipóteses de serem ouvidos em debates no cumprimento das suas liberdades civis agora restringidas. Chame-lhe uma democracia competitiva.

A sua campanha presidencial, uma e outra vez, demonstrou posições cobardes. Alguns dizem que a “Esperança” é a última a morrer. Mas não quando a “realidade” a consome diariamente.

Sinceramente, Ralph Nader

Fonte: CounterPunch

(Extraído de Informação Alternativa)

sábado, novembro 01, 2008


*Este ano salve um cagarro*

As associações Amigos dos Açores e Amigos do Calhau proclamam, este ano, o dia 1 de Novembro como o dia do cagarro.

O Cagarro (*Calonectris diomedea borealis*) é uma ave marinha muito abundante nos Açores, e é nestas ilhas que esta espécie nidifica. No fim de Outubro os cagarros juvenis, ao atingirem a plumagem e o tamanho adulto, são abandonados nos ninhos pelos progenitores e, movidos pela fome, lançam‐se ao mar, enfrentando vários perigos. Vamos ajudar o cagarro a seguir a sua rota.
Este ano salve um cagarro!

*Como salvar um cagarro*

Se encontrar um cagarro ferido ou desorientado:

- Prepare uma caixa de papelão e faça-lhe alguns furos.

- Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;

- Com uma camisola, casaco ou manta cubra o cagarro;

- Apanhe o cagarro, segurando-o pelo pescoço e cauda;

- Coloque o cagarro na caixa de papelão;

- Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;

- Na manhã seguinte, dirija-se a um local perto do mar;

- Solte o cagarro, deixando-o pousado no chão e afaste-se do local;

- Ao fim de pouco tempo, o cagarro começará a voar e encontrará o seu caminho.

*Atenção:*

- Não alimente o cagarro, para que ele não se habitue;

- Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;

- Não segure a ave pelas asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;

- Não force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.


No caso de querer participar alguma situação ou a localização de aves mortas pode ligar para:

- Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) Da sua área de reisdência (296306350 ou 961196202 - Ilha de São Miguel)

- Serviço de Ambiente da sua área de residência (296 206 785)

- Amigos dos Açores - Associação Ecológica (296498004 ou 9699866372)

- Associação Amigos dos Calhau (919978026 ou 9699866372)

quinta-feira, outubro 30, 2008


LIGA DE AMIGOS DA LAGOA DO FOGO

A Reserva Natural da Lagoa do Fogo, localizada na Ilha de São Miguel, foi instituída em 1974. Ao longo dos últimos 15 anos a paisagem observada no miradouro de acesso à Lagoa tem-se alterado. De facto, embora seja actualmente classificada como Sítio de Importância Comunitária, a Reserva Natural já não corresponde à visão idílica do passado.
A quantidade e variedade de plantas invasoras têm aumentado de modo contínuo. Numa breve descida à lagoa é possível encontrar uma espécie de margarida (Erigeron karwinskianus), dezenas de criptomérias (Cryptomeria japonica), dispersas e de variados tamanhos, formações de conteira (Hedychium gardneranum) com diferentes dimensões, um elevado número de fetos arbóreos (Sphaeropteris cooperi), várias árvores jovens de verdenaz (Clethra arborea), que já não é uma invasora apenas localizada na zona leste da ilha, acácia (Acacia melanoxylon), um arbusto semelhante aos brincos-de-princeza (Leycesteria formosa), com as suas bagas vermelhas com numerosas sementes, disponíveis para as aves transportarem, e até o incenso (Pittosporum undulatum). Existem também várias espécies nitidamente introduzidas acidentalmente pelos visitantes, nomeadamente nespereira, araçazeiro e macieira. Para além disso, existe também uma espécie invasora aquática (Egeria densa) muito conhecida na Lagoa das Sete Cidades. Existem ainda plantas ruderais, comuns em zonas sob forte influência humana, como a avoadeira (Conyza bonariensis) e a erva mole (Holcus lanatus), a invadir vários habitats, incluindo zonas húmidas.
Nestas condições, a Lagoa do Fogo está a tornar-se, gradualmente, numa reserva de espécies invasoras. É necessário travar este processo de um modo célere e sem hesitações. Todos temos obrigação de participar, e ninguém deve esperar que os outros resolvam este problema, em especial as comunidades mais próximas. Surgiu, assim, a ideia de organizar um movimento cívico, com o único e, a nosso ver, importante objectivo de travar este processo degenerativo.
Este movimento iniciará as suas actividades com a realização de uma acção simbólica, no próximo mês de Novembro.

Ponta Delgada, 29 de Outubro de 2008,

Luís Silva
Diogo Caetano
José Pedro Medeiros
Luís Noronha Botelho
Maria Manuela Livro
Lúcia Ventura
Eva Lima
Teófilo Braga

quarta-feira, outubro 22, 2008

AS ELEIÇÕES NOS AÇORES

Saudações

Saudamos aqui o povo açoriano pela forma clara como manifestou o seu desprezo pelo mandarinato e o seu descontentamento para com a actuação do PS local, no poder. Desejamos também expressar o nosso desejo que os açorianos saibam encontrar formas mais permanentes, radicais e organizadas de manifestar aqueles sentimentos e encontrem uma alternativa popular ao actual estado de coisas.

As principais formas de expressão do povo dos Açores

Quando os não votantes representam 53,24% dos eleitores está dado o principal sinal da real representatividade dos eleitos; e, aqueles, ainda se devem somar 1,72% de votos brancos e nulos. A abstenção cresceu mais de 22% (18,6 mil pessoas) e representa perto de 103 mil cidadãos num universo de 193 mil.

Em regra, a imprensa e os analistas não gastam muito tempo a referir o significado da abstenção e menos ainda valorizam ou dignificam os eleitores que não votaram nas agremiações partidárias concorrentes. Esses eleitores são desprezados e de facto, desapossados de uma representação que explicitamente, não querem confiar a quem se apresentou como alternativa. O mandarinato, por seu turno, não queima neurónios para conseguir fórmulas legais para que a massa dos abstencionistas se manifeste eleitoralmente, tornando-se mais atractivo. Pelo contrário, vão tecendo acordos para limitar ainda mais essa representação às principais agremiações mandarínicas que, a serem levadas a cabo, conduzirão a que mais gente considere eleições em democracia de mercado como um embuste.

Voltando aos Açores, não são as pessoas que vivem nas ilhas mais pequenas, em meios mais isolados, que mais se abstêm. Pelo contrário, como se pode observar no quadro seguinte, são as ilhas com maior população urbana as responsáveis por esse facto:

Abstenção 2008 Variação 2008/2004
nº % de eleitores nº %
Açores - Total 102.735 53,24 18.628 22,15
S. Miguel 58.853 56,84 11.767 24,99
Terceira 24.255 52,93 4.007 19,79
Pico 5.445 46,40 962 21,46
Faial 5.880 50,12 1.217 26,10
Outras ilhas 8.302 41,25 675 8,85

O significado profundo deste volume brutal de abstenção é a descrença nas alternativas presentes no "mercado eleitoral" que não entusiasmam particularmente os açorianos. Mesmo a entrada de novos eleitores, jovens, não parece trazer consigo uma renovada esperança no sistema político.

Num segundo plano há a registar a subida da esquerda institucional, representativa daqueles que, querendo manifestar o seu protesto, acreditam na regeneração do sistema mandarínico, com a existência de um Estado dirigido por gente "séria" capaz de dotar o capitalismo de uma face humana, de gerar uma social-democracia dentro do paradigma dominante de Estado mínimo. Esses cidadãos representavam em 2004 3,78% dos votantes e agora são 6,44% desse total, sendo essa evolução inteiramente da responsabilidade do BE pois o PC perdeu uma centena de votos, mesmo tendo reconquistado o mandato perdido há quatro anos.

Contudo, esse resultado da esquerda institucional deve ser visto com frieza e não gerar triunfalismos. Vejam-se os resultados do binómio PC/BE nas últimas quatro eleições regionais:

Nº de votos da esquerda institucional
1996 2000 2.004 2008
4952 6191 3.987 5807

Esperamos que muitos destes açorianos se apercebam das limitações da luta eleitoral, dos resultados conseguidos nas eleições e, sobretudo sintam que a luta anti-capitalista é diária e de cada um, não de um escasso número de eleitos.

Um olhar sobre o entulho

A direita, no seu conjunto perdeu mais de 18 mil votos embora só tenha perdido cerca de 4% da sua representatividade entre os votantes.

À direita, o PS que apoia o governo "cesariano" perdeu um mandato e 15 mil votos expressos, mantendo-se hegemónico porquanto a direita tradicional (PPD e CDS) também perdeu votos (3700), em nada beneficiando do desgaste do PS, no governo durante os últimos quatro anos.

Sublinha-se aqui que, neste simulacro de democracia, um grupo de mandarins, chamado PS-Açores, arroga-se ao direito de governar a região, afirmando-se com uma maioria absoluta, não tendo mais do que o apoio de 23,4% dos eleitores açorianos. É espantoso como se pode dizer isso sem sofrer o epíteto de aldrabão ou ouvir um coro de gargalhadas. Mesmo assim, têm uma representatividade superior ao Costa, da Câmara de Lisboa votado por 11% dos lisboetas, no ano passado.

Estas alterações, quer na sua globalidade quer na sua composição nada trazem de virtuoso aos açorianos, muito menos no quadro de dificuldades a que se assiste, com a crise financeira global, o aumento dos preços dos bens alimentares, dos juros e dos combustíveis, como base em que assenta a recessão portuguesa e a redistribuição da riqueza a favor dos ricos, através da lei laboral e da paranóia do deficit.

O caminho que se segue

A multidão nos Açores não pode subordinar as manifestações de repúdio pelo sistema cleptocrático vigente aos calendários das festividades eleitoraleiras.

Assim, no nosso ponto de vista, é necessário, nos Açores, (como aliás, no Continente e em toda a parte) acentuar:

• As iniciativas de manifestação de discordância e protesto face às atitudes nocivas dos governos regional e central;
• Acentuar a efectiva falta de representatividade do poder e a sua consequente ilegitimidade como mero governo dos capitalistas e dos mandarins, contra a multidão de trabalhadores;
• Fomentar acções de desobediência e desafio da autoridade do governo "cesariano";
• Desdobramento das iniciativas anti-governo nas áreas económica, laboral, social e ambiental;
• Acentuação do carácter autónomo e popular dessas lutas, fora do controlo dos partidos ou do Estado;
• Organização cuidada das acções anti-poder e coordenação entre os vários núcleos e colectivos em luta;
• Troca de experiências e coordenação com outras lutas de trabalhadores.

WWW.ESQUERDA_DESALINHADA.BLOGS.SAPO.PT

domingo, outubro 12, 2008

A Ignorância e a Ofensa de Artur Lima

Através de pequena notícia publicada no Açoriano Oriental, Artur Lima, Líder regional do CDS PP afirmou que José Sócrates era como os cagarros escondia-se de dia e só aparecia à noite.

Em primeiro lugar trata-se de pura ignorância: os cagarros durante o dia estão a "trabalhar" para poderem viver.

Em segundo lugar a comparação com o político em causa é uma ofensa aos cagarros.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Faleceu Veríssimo Borges



Hoje, faleceu Veríssimo Borges, membro dos Amigos dos Açores e Presidente do Núcleo de São Miguel da Quercus.

terça-feira, outubro 07, 2008

O Bode Vota em Carlos César da Silva.



Extraído de http://carloscesarsilva.blogspot.com/

segunda-feira, outubro 06, 2008

Dinheiro, só para as touradas?

Recado à Câmara Municipal da Lagoa



Protesto Radiativo










No coments

domingo, outubro 05, 2008

Vote em Carlos César da Silva



Para saber mais sobre o candidato e suas propostas, veja aqui.

sexta-feira, outubro 03, 2008

19 de Outubro de 2008

Passeie, faça um piquenique, descance, mas não saia de casa para votar.

sábado, setembro 27, 2008

AMIGOS DOS AÇORES NA BATALHA



No seu número 230, de Julho-Agosto de 2008, a Batalha, antigo órgão da CGT, apresenta duas pequenas notas sobre duas brochuras editadas pelos Amigos dos Açores.

sábado, setembro 13, 2008

Amigos dos Açores com Novos Órgãos Sociais

Decorreu hoje, na Escola das Laranjeiras em Ponta Delgada, a Assembleia Geral Extraordinária dos Amigos dos Açores - Associação Ecológica que, na sequência da demissão da anterior direcção, elegeu os órgãos sociais para completar o biénio 2007-2009.

Os novos corpos sociais têm a seguinte composição:

Direcção
Nome

Presidente
Sérgio Diogo Caetano

Secretário
Gilda Pontes

Tesoureiro
Eduardo Santos

Vogal
Eva Almeida Lima

Vogal
Jorge Cardoso

Suplente
Lúcia Ventura

Suplente
José Pedro Medeiros




Conselho Fiscal


Presidente
Emanuel Ponte

Secretário
Arlinda Fonte

Vogal
Norberto Carreiro

Suplente
Nuno Pimentel

Suplente
Catarina Furtado




Assembleia Geral


Presidente
Teófilo José Soares de Braga

Vice-Presidente
Maria Manuela Borges Livro

Secretário
Mário José Coelho Furtado

Suplente
Eduardo Almeida

Suplente
José Melo

domingo, setembro 07, 2008

POLÍTICOS E FRALDAS




«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.» Eça de Queirós

quinta-feira, setembro 04, 2008

Transgénicos

terça-feira, setembro 02, 2008

Sejamos dignos da luta dos trabalhadores da SATA!


Quero pessoalmente manifestar o meu mais inequívoco e firme apoio aos trabalhadores da SATA pela exemplar luta que travam.

Uma luta, em primeiro lugar, contra a desvirtuação da condição de trabalhador - o “pessoal”, na grosseira qualificação com que Carlos César, em plena Assembleia Regional, não há assim tanto tempo atrás, apelidou os açorianos que trabalham.

Uma luta contra a destruição dos órgãos próprios dos trabalhadores, órgãos aliás legitimados pela Constituição Portuguesa. Constituição que os próceres que nos governam só naquilo que lhes convém sabem evocar.
Os trabalhadores da SATA, é importante não esquecer, contra toda a sorte de maquinações, ludíbrios, ocultações, intimidações, e tendo de recorrer a todas as instâncias da Justiça, conseguiram manter operativa a sua Comissão de Trabalhadores e fazer-se legitimamente representar na Administração da empresa. Este feito, calado ou secundarizado por quase toda a nação, devia estar na primeira página das atenções de quem do trabalho dos outros não faz negócio, de quem recusa não só o brutal mas também o sofisticado negócio da escravatura assalariada, de quem no trabalho profissional vê uma prestação útil e não pasto para a ganância e a fantasia de magnates e pimpões.

Uma luta, também, contra o desmantelamento duma empresa regional. Desmantelamento calendarizada e cuidadosamente caboucado por um governo que se reclama de Regional e de Autonómico!

Enquanto açoriano fica aqui o meu testemunho que espero seja publicado na imprensa regional.
Quero ainda acrescentar o mais vivo repúdio pela tentativa de, na televisão regional, nas notícias de hoje da manhã, se procurar acefalizar os trabalhadores da SATA e desprestigiar o carácter e a inteireza da sua luta, classificando a greve de “política” com conotação expressa à “CDU” a que, segundo o jornalista, alguns trabalhadores pertenceriam. Na concepção do apresentador de serviço então o que for conotado como do “PS”, por exemplo, já não é “político”? Não é “político” o surf no que é dos outros com que se excita e exercita o “PS” em todas as frentes e em todos os campos para gáudio de uns tantos espertos, aplauso dos basbaques da corte, e humilhação e saque a nós outros quase todos? Não são “políticas” as decisões que o governo ou o parlamento assumem? Haja pudor!
Como trabalhador, como profissional, quero ainda fazer votos para que os meus colegas professores olhem para a dignidade destes outros trabalhadores e reconsiderem a estratégia de cobarde venalidade a que têm dado cobertura e força. Vou, aliás, enviar cópia do que aqui exponho ao Conselho Executivo da Escola Secundária Antero de Quental, onde exerço a docência, e ao Sindicato dos Professores em que estou inscrito, com o pedido de público apoio à luta dos trabalhadores da SATA assumido pela singularidade e firmeza que bem devem servir de exemplo também aos professores e às suas organizações e representações.

Não deixemos ficar isolado quem trabalha e luta com expressas razões de Estado e determinado pundonor.
Só os trabalhadores podem vencer a crise agudamente agravada por aqueles que nos trabalhadores só vêem carne para canhão e pessoal para os servir!

Obrigado,

Pedro Albergaria Leite Pacheco

Solidariedade com o Movimento Verde Eufémia

A 17 de Agosto de 2007, cerca de 150 pessoas dirigiram-se para a Herdade da Lameira, perto de Silves, na região livre de transgénicos do Algarve, para fazer um protesto contra o cultivo de transgénicos. Na acção teve lugar uma ceifagem simbólica de menos de 1 hectare de milho transgénico.

O Algarve foi a primeira região portuguesa a declarar-se uma Zona Livre de Transgénicos. Esta propriedade, a primeira da região a cultivar milho transgénico da variedade MON810, violou a declaração e desrespeitou a vontade dos cidadãos.

Os activistas ofereceram publicamente para recultivar os 51 hectares de milho transgénico com milho biológico. A proposta foi rejeitada pelo dono da propriedade, que continua a cultivar milho transgénico.

Nos dias que seguiram a acção, a vasta atenção mediática que o MVE recebeu, instigou uma grande polémica, com ressonância em camadas do público em geral, do próprio movimento ambientalista, do governo e dos meios académicos. Nunca uma acção ambientalista recebeu tanta atenção na história recente em Portugal. Os destaques iniciais dos media não foram tanto sobre o tema da acção - a presença de organismos geneticamente modificados (OGM) em Portugal - mas antes na sua natureza espectacular e na sua componente ilegal. No entanto, numa segunda fase a atenção voltou-se também para o debate sobre OGM e os seus perigos. Por essa razão em particular, a acção do MVE foi considerada por muitas pessoas com preocupações ambientais como um grande sucesso.

Devido a esse sucesso, o actual governo, responsável por uma política favorável aos OGM, reagiu com agressividade, numa tentativa de isolar os activistas do MVE através de uma estratégia de criminalização. Esta estratégia chegou ao ponto de rotular a acção como um acto terrorista (Europol EU Terrorism Situation and Trend Report 2008). Algumas pessoas que foram relacionadas com o caso pela polícia, correm agora o risco de ser acusadas. Em geral, tornou-se mais difícil agir contra os OGM em Portugal. Os indivíduos ou organizações que o fazem, correm um grande risco de ficar sob suspeita e vigilância das autoridades.

PETIÇÃO

Eu, abaixo-assinado, quero manifestar a minha solidariedade com a acção do Movimento Verde Eufémia, que ceifou 1 hectare de milho geneticamente modificado MON810, na Região Livre de Transgénicos do Algarve, a 17 de Agosto de 2007.

Apoio moralmente todas as pessoas, movimentos e organizações que sofrem consequências legais, políticas ou pessoais em consequência da acção do Movimento Verde Eufémia.

O meu apoio é baseado no conhecimento de que:

- eu e outros cidadãos vivemos actualmente num estado de emergência, em consequência da contaminação genética causada pela libertação deliberada no ambiente de organismos geneticamente modificados (OGM);

- esta contaminação expõe, a mim e outros cidadãos e cidadãs, a riscos sociais, económicos, ecológicos e de saúde;

- os nossos governos representativos não intervêm o suficiente no sentido de proteger-nos dessas ameaças;

- agir agora é necessário para evitar que se desenvolvam mais efeitos negativos irreversíveis;

- os métodos de acção que operam dentro dos limites legais só podem atingir os seus resultados na totalidade quando complementados pela acção da sociedade civil, que pode ocorrer fora desses limites.

Assim, considero que:

- este estado de emergência exige que os cidadãos e cidadãs comuns protestem contra o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura;

- é moralmente justificável e legítimo realizar acções de desobediência civil contra o cultivo de OGM, uma vez que os meios legais não provaram atingir resultados suficientes;

- a defesa dos direitos humanos, em particular os que dizem respeito à protecção da cadeia alimentar e do ambiente da contaminação genética, não podem resultar em perseguição.

Assine a petição aqui

terça-feira, agosto 26, 2008

PORTUGAL POVO DE SUICIDAS


"Portugal é um povo triste,é é-o até quando sorri. A sua literatura, incluindo a sua litera´tura cómica e jocosa, é uma literatura triste.

Portugal é um povo de suicidas,talvez povo suicida. A vida não tem para ele sentido transcendente. Desejam talvez viver, sim, mas para quê? Mais vale não viver"

Miguel de Unamuno

Editado pela Livraria Letra Livre poderá ser encomendado aqui.

O Sporting e as Touradas

POR FAVOR, ENVIE A SUA MENSAGEM DE PROTESTO CONTRA A "TOURADA DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL" QUE TERÁ LUGAR ESTA 5.ª FEIRA, 28 DE AGOSTO, NA ABOMINÁVEL PRAÇA DE TOUROS DO CAMPO PEQUENO

POR FAVOR, ENVIE A MENSAGEM ABAIXO SUGERIDA – OU ESCREVA A SUA PRÓPRIA MENSAGEM, SE PREFERIR – PARA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, PROTESTANDO CONTRA ESTA BARBARIDADE QUE ESTE CLUBE DE FUTEBOL IRÁ PROMOVER NO CAMPO PEQUENO. ENVIE A SUA MENSAGEM PARA SERVICO.SOCIO@SCP.PT; COM CONHECIMENTO (CC) A CAMPANHAS@ANIMAL.ORG.PT.

Mensagem Sugerida

Exm.os Senhores,

Venho repudiar, da forma mais firme e convicta possível, o facto do Sporting Clube de Portugal vir, novamente, organizar um espectáculo cobarde, degradante e indecente de violência contra animais como é o caso da "tourada do Sporting" que acontecerá no Campo Pequeno esta 5.ª feira, 28 de Agosto.

Não posso conceber por que razão haveria um clube de futebol de se envolver com touradas. São actividades completamente distantes uma da outra – sendo de destacar que o Sporting Clube de Portugal, como qualquer outra entidade, só deveria querer manter essa distância, dada a natureza profundamente imoral e a todos os títulos censurável do espectáculo tauromáquico enquanto expressão da agressividade, da crueldade e da tirania que os humanos exercem contra os outros animais.

Numa altura em que a maioria absoluta dos portugueses cada vez mais afirma a sua vontade de ver as touradas passarem à história e em que várias empresas se distanciaram das touradas por não quererem estar associadas a estes espectáculos vergonhosos, é particularmente grave ver o SCP a continuar a colocar-se do lado do obscurantismo e da violência gratuita que a tauromaquia representa.

Se até já um tribunal considerou as touradas espectáculos violentos, que consistem na inflicção de sofrimento cruel e prolongado a animais e que, por isso, são inadequados para crianças e adolescentes, podendo insensibilizá-las quanto ao sofrimento dos outros e habituá-las à violência, como pode uma instituição desportiva vir associar-se a esta actividade horrenda?

Deixando a V. Ex.as a certeza de que, tanto para mim quanto para tantas pessoas quantas consiga informar acerca desta vergonha, o SCP perdeu a sua respeitabilidade,

Apresento os meus cumprimentos,

Nome:
Cidade:
E-mail:

segunda-feira, agosto 25, 2008

Terceirense Rei da Ericeira


(Clicar para ver em tamanho maior)

sexta-feira, agosto 22, 2008

SEM-ABRIGO


(Foto tirada em Lisboa, na Avenida Praia da Vitória, no dia 20 de Agosto de 2008)


Que culpa tenho eu

deste tempo cruel?

Que culpa tenho eu,

se luto contra ele?

Que culpa tenho eu?

De que sou, então, réu?

Eu da glória desdenho.

Eu do luxo desdenho

Eu do mundo desdenho.

Que culpa tenho eu?

Alguma culpa tenho.

(Poema de Armindo Rodrigues)

sábado, agosto 09, 2008



RECORDANDO HUMBERTO FURTADO COSTA

(Na foto da esquerda para a direita: Teófilo Braga, Humberto Furtado Costa,Lúcia Ventura, Clarisse Canha e Luís Botelho)

NOTA- Como forma de lembrar o amigo que partiu a 20 de Agosto de 1989, reproduzo abaixo carta que lhe remeti na altura.



Carta aberta ao Amigo da Terra Humberto Furtado Costa

Caro amigo,
Escrevo-te porque, apesar de «teres partido», sei que gostas de andar a par com o que se vai passando por cá.
A política agrícola regional não se alterou muito desde a altura em que escreveste no Açoreano Oriental (25/3/87) um artigo a propósito do Dia da Árvore. Continuamos a ter um Secretário da Pecuária e das Touradas e a agricultura não há maneira de deixar de ser apenas «vacas e erva». Continua-se a arrotear a torto e a direito, até parece que querem transformar estas ilhas em campos de futebol, em locais sem a mínima aptidão para a pastagem. O Pico da Água está, neste momento, a ser arredondado com uma «catarpiller», depois de terem cortado a mata e largado (?) fogo aos troncos e lenha que lá ficou. Coitados dos bombeiros que têm de acudir a tanto fogo posto! Será mais um arroteamento para daqui a alguns anos estar coberto de silvado, como muitos outros que bem conheces na zona do Monte Escuro e noutros locais.

Já andavas bastante doente quando surgiu mais um problema para os nossos agricultores. «Proíbe-se» o vinho de cheiro, fala-se em outras castas e em apoios à reconversão das vinhas, mas de concreto só palavras. Penso que estás de acordo comigo, o vinho de cheiro é mais prejudicial à saúde do que o outro, mas tenho as minhas dúvidas se relativamente ao vinho a martelo que por aí se vende. Como se diz na minha terra, Vila Franca do Campo, proíbe-se o nosso vinho mas continua-se a deixar entrar o que é feito com pós e água do Rio Tejo. Enfim, mais um problema a juntar a tantos outros…
Infelizmente para todos nós, o artigo que escreveste continua a ser actual no que diz respeito às Reservas Naturais. Estas continuam a ser apenas no papel. Na Reserva Natural da Lagoa do Fogo prosseguem os incêndios e a rapina de leivas, apesar deste ano já termos alertado a Secretaria Regional do Turismo e Ambiente por mais de uma vez. Está quase como a Serra Devassa que continua a ser devassada diariamente.

Sabias que já corre pelas cabeças de alguns iluminados cá da terra «recuperar» o que a PEPOM destruiu através da plantação de eucaliptos? Esta nem lembraria ao diabo! A propósito de eucaliptos, sabias que as empresas de celulose já cá estão prontas a tudo comprar, inclusive homens para procederem a plantações em locais menos próprios e que no Pico já compraram terrenos no valor de um milhão de contos? Não te cheguei a enviar a legislação que disciplina a plantação de espécies de crescimento rápido. Não me parece má, mas é como as outras: permite algumas fugas e tem de ser aplicada – não acredito que o seja enquanto não for criado um sistema de vigilância eficaz.
Por último, peço desculpa por discordar do que me disseste em Outubro passado, antes de partires para Lisboa, para te submeteres a uma intervenção cirúrgica. Na altura, dizias-me que nunca mais irias passear connosco, que nunca mais subirias o Pico da Vara. É verdade que a tua viagem não tem regresso, mas podes estar certo, estarás sempre connosco em todas as regiões, visitas de estudo e escaladas ao Pico da Vara.

Até breve,


Publicado no “Correio dos Açores”, 26 de Agosto de 1989

quarta-feira, agosto 06, 2008

NUCLEAR, NEM CIVIL NEM MILITAR



No dia em que se assinalam 63 anos sobre a explosão da primeira bomba atómica em Hiroxima, a 6 de Agosto de 1945, matando 140 mil pessoas, Dsisaku Ikeda, presidente de uma das organizações pacifistas mais influentes do Japão, a rede Soka Gakkai Internacional, defende o objectivo de um mundo livre de armas nucleares. A existência de arsenais nucleares, diz, apenas intensifica a desconfiança mútua, aumenta as tensões e as ameaças à segurança nacional nas relações entre os Estados.

Por Thalif Deen, de Nova York para a IPS




Dsisaku Ikeda, presidente de uma das organizações pacifistas mais influentes do Japão, assegura que "para reviver e dar nova energia aos esforços em prol do desarmamento nuclear é preciso desafiar o conceito de que as armas atómicas são um mal necessário". A rede não-governamental Soka Gakkai Internacional, com sede em Tóquio e mais de 12 milhões de membro em 190 países, está a intensificar os esforços para conseguir o objectivo de um mundo livre de armas nucleares. "Devemos lembrar às pessoas que, embora actualmente não estejam a ser usadas, essas armas representam um enorme custo de recursos financeiros, tecnológicos e humanos que consomem para o seu desenvolvimento e manutenção", disse Ikeda, que também, além de activista pela paz, também é filósofo budista.

A intensificação da campanha coincide com o aniversário do lançamento de duas bombas atómicas sobre o Japão pelos Estados Unidos. A primeira atingiu a cidade de Hiroxima no dia 6 de Agosto de 1945, marcando o começo do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Uma segunda bomba foi lançada sobre Nagasaki no dia 9 desse mesmo mês. O Japão rendeu-se no dia 15. Um ano depois, 140 mil pessoas tinham morrido em consequência dessas explosões nucleares.

O Japão, em aliança com a Alemanha nazi e a Itália fascista, entrou na guerra em 1941, como correlato da sua política expansionista, que já o levara a invadir a China em 1937. O presidente da câmara de Hiroxima, Tadatoshi Akiba, disse que essa cidade é uma peça-chave na campanha que busca eliminar as armas nucleares até 2020, da qual participa junto com o grupo "Presidentes de câmara pela paz".

Em entrevista à IPS, Dsisaku Ikeda disse que os habitantes de Hiroxima e Nagasaki não deixaram de elevar as suas vozes para lembrar ao mundo a ameaça que representam as armas nucleares.

Até que ponto o governo do Japão apoia esta campanha? Que impacto pode ter esta iniciativa sobre o desarmamento nuclear, quanto todas as anteriores não tiveram sucesso?

A falta de vontade das potências nucleares é um ponto-chave que impede o desarmamento. Mas, ao mesmo tempo, creio que a falta de interesses, a inexistência de um sentido de urgência entre os cidadãos do mundo é outro factor fundamental. Acredito que esta campanha é fruto do poderoso e irrefreável sentido de responsabilidade que experimentam as vítimas dos bombardeamentos atómicos em relação às futuras gerações. Na cimeira de Julho de Grupo dos Oito países mais poderosos foi divulgada uma declaração fazendo referências específicas à necessidade de chegar ao desarmamento nuclear.

Foi o primeiro pronunciamento desse tipo do G-8 que inclui Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia. Como país anfitrião desse encontro, o Japão tem uma responsabilidade especial quanto ao desarmamento nuclear. Devemos reviver um estado de consciência, que nasce do senso comum, sobre a irracionalidade da opção pelas armas nucleares, e para conseguir isto é fundamental que os cidadãos comuns continuem a expressar a sua oposição através de instrumentos como esta campanha.

Qual é sua reacção diante dos cépticos que dizem que o desarmamento é uma meta inalcançável, considerando que o mundo aceitou nas últimas três décadas a entrada no "clube atómico" de três novos membros, como Índia, Israel e Paquistão?

A tentação de baixar os braços certamente existe. Mas, não podemos dar-nos a esse luxo, porque a presente situação é insustentável. Se pensarmos sobre o assunto, fica claro que a posse de armas nucleares apenas intensifica a desconfiança mútua e as suspeitas. Aumentam as tensões e as ameaças à segurança nacional nas relações entre os Estados. Ao mesmo tempo, é impossível imaginar que as armas nucleares sirvam como dissuasão para os grupos terroristas.

Por certo, confiar nelas para alcançar objectivos de segurança no mundo de hoje é, no mínimo, uma proposta duvidosa. Devemos focar o tema do ponto de vista que pode ser chamado de "novo realismo". Pensemos nos países que estavam a desenvolver, ou já possuíam, armas atómicas, mas abandonaram-nas porque decidiram que tê-las não ajudava aos seus interesses de segurança nacional. Brasil, Argentina, Bielorússia, Cazaquistão, Líbia, África do Sul e Ucrânia optaram por este caminho. Baseados em acordos de segurança regional, deram-se conta de que podiam atingir seus objectivos sem depender das armas nucleares.

A única defesa total é a sua eliminação e a segurança de que nunca voltarão a ser produzidas. Devemos garantir que todos os materiais passíveis de fissão que podem ser usados para fabricá-las sejam rigidamente controlados, em condições confiáveis. Isto não só promoverá a segurança nacional como, também, a da humanidade. Abolir os arsenais atómicos é a alternativa mais realista que temos.

Acredita que as cinco maiores potencias nucleares (Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China) têm autoridade moral para pedir o desarmamento ou a não-proliferação, quando elas próprias se negam a desmantelar os seus arsenais?

Já há muito tempo se diz que cabe a elas a principal responsabilidade. Esta é a razão pela qual continuo a reclamar o reinício das paralisadas negociações sobre desarmamento entre Estados Unidos e Rússia. E é também a razão pela qual exorto esses cinco países a desenvolverem um contexto internacional com uma data limite obrigatória para chegar ao desarmamento nuclear. Em 2010 haverá uma conferência internacional para rever o Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares. É preciso voltar ao seu espírito original: evitar o perigo da guerra atómica e salvaguardar a segurança dos povos. Deve-se encontrar um caminho para promover a não-proliferação e o desarmamento, para ajudar as nações a libertarem-se da dependência a respeito das armas nucleares.

Em Setembro de 1981, Israel bombardeou uma suposta instalação nuclear no Iraque e em Setembro do ano passado lançou um ataque semelhante contra uma instalação na Síria. Israel tem o direito moral para agir desta forma, violando soberanias nacionais e possuindo armas nucleares?

Os povos de todas as nações têm o direito de viver em paz e segurança. E cada país deve perseguir esse objectivo através de meios pacíficos. O uso da força militar nunca produz verdadeira estabilidade. A força cria novos círculos de ódio e ressentimento, deixando um legado negativo para todas as partes. As faíscas do conflito não podem ser extintas com mais fogo. É preciso água. Em lugar de chamas do ódio, necessitamos de uma torrente de diálogo. É a melhor forma de apagar o incêndio.
(Extraído de Esquerda Net)

sexta-feira, julho 25, 2008


O mocho (Asio otus), também conhecido em algumas localidades como coruja, é uma ave de rapina nocturna insuficientemente estudada nos Açores. De acordo com a Base de Dados da Biodiversidade dos Açores, existe em todas as ilhas dos Grupos Central e Oriental.

Vamos colaborar com o projecto, indicando novas áreas de distribuição. Assim, caso já tenha observado ou sentido o mocho em algum lugar, mande-nos um mail com esta informação e, se possível, a data exacta ou aproximada da observação.

Teófilo Braga

quinta-feira, julho 24, 2008

Câmara da Lagoa e Governo Regional dos Açores Apoiam Tourada



Proteste, envie um mail ou carta para:

EDIFÍCIO PAÇOS DO CONCELHO

Largo D. João III

Santa Cruz

9560-045 Lagoa (São Miguel)

Telefone: 296 960 600 (Geral)

Fax: 296 916 229

e-mail: cmlagoa.az@mail.telepac.pt



GABINETE DO PRESIDENTE

Telefone: 296 960 609

e-mail: gabpres-cml@mail.telepac.pt

terça-feira, julho 22, 2008

Acção Animal - Anti-Touradas 49s

A Tradição Ainda é o que Era

segunda-feira, julho 21, 2008


A irresponsabilidade do nuclear

17-Jul-2008

Perante a alta do preço dos combustíveis fósseis e o custo das emissões de carbono, começa a ressurgir a discussão da energia nuclear em Portugal, agora pela voz de Victor Constâncio.
Mas parece que estas vozes se esquecem que esta opção não permite resolver os problemas energéticos estruturais do país e coloca outros problemas sem resolução à vista. Apresento, sucintamente, pelo menos 10 razões para rejeitar o nuclear.
Em primeiro lugar, também as centrais nucleares dependem de matérias-primas cada vez mais escassas, caras de obter e cobiçadas: ou seja, o que hoje se passa com os combustíveis fósseis também se passa com o urânio e tende a agravar-se. Também neste sector aumentam os preços e a especulação.

Em segundo lugar, mantém-se a elevada dependência a recursos energéticos externos já que o urânio existente em Portugal é insuficiente.

Em terceiro lugar, o custo de uma central nuclear é enorme. Geralmente as contas que nos são apresentadas não entram em linha de conta com os custos de armazenamento dos resíduos, desmantelamento da central e limpeza de locais contaminados, reforço da linha eléctrica, serviços de fiscalização e segurança, entre outros. A história do nuclear mostra que esta sempre foi e continua a ser, mesmo com a nova geração de reactores, uma indústria altamente dependente de subsídios públicos.

Em quarto lugar, o problema da dependência petrolífera e das emissões em Portugal é, na sua grande maioria, em relação às formas não-eléctricas de energia, como no sector dos transportes, a que o nuclear não responde. A electricidade corresponde apenas a 25% do consumo final de energia.

Em quinto lugar, além do problema do armazenamento dos resíduos, as centrais apresentam o risco de elevada contaminação radioactiva, devido a acidente ou ataque terrorista, bem como no transporte do combustível e dos resíduos. Para além disso, não se consegue nunca eliminar o erro humano, o responsável pelo acidente de Chernobyl.

Em sexto lugar, a exportação e a proliferação contínua de tecnologia nuclear aumenta significativamente o risco de proliferação de armas nucleares, existindo o risco de novos Estados se tornarem novas potências nucleares.

Em sétimo lugar, o nuclear não gera directamente quaisquer emissões de GEE, mas a construção das centrais é uma importante fonte de emissões, tal como a prospecção, a extracção e o transporte de urânio (o ciclo do urânio é um grande consumidor de energia e um forte emissor de CO2), o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem e o futuro desmantelamento - O estudo americano "Nuclear Power: The Energy Balance" (2005), que compara as emissões de CO2 analisando o ciclo de vida de um central nuclear e de uma central a gás natural (com uma potência equivalente) chega à conclusão que, no longo termo, com o decréscimo da qualidade das reservas de urânio, o nuclear tem muito mais emissões que o gás natural.

Em oitavo lugar, além das elevadas emissões de carbono, o ciclo do urânio até à utilização no reactor é um enorme gerador de resíduos tóxicos e de agressões ambientais. E uma central nuclear consome elevados volumes de água: teria de ser instalada no litoral português, o qual é densamente povoado, por falta de caudais suficientes nos rios.

Em nono lugar, a radioactividade dos resíduos do urânio processado nas centrais é muito elevada, com graves riscos para a saúde pública durante dezenas a centenas de milhares de anos. Ainda não foi encontrada uma solução satisfatória para o tratamento dos resíduos, hoje armazenados em locais temporários. Este é um pesado legado para as gerações futuras.

Em décimo lugar, a nova geração de reactores nucleares em construção na Finlândia (Olkiluoto 3) e na França (Flamanville 3), apresentados como a vanguarda do renascimento do nuclear, têm registado uma série de atrasos, derrapagens orçamentais e problemas técnicos de segurança. Na Finlândia, o prazo de conclusão da central foi adiado por dois anos e os custos de construção quase que duplicaram para um valor de 5 mil milhões de euros, com várias falhas na construção a implicar potenciais riscos de segurança. Na França, os problemas são semelhantes, tendo já sido mandada parar a construção pela Agência de Segurança Nuclear francesa por vários problemas técnicos de segurança registados.

Rita Calvário

Extraido de Esquerda Net

quinta-feira, julho 17, 2008

Socialistas denunciam "claustrofobia asfixiante" no PS e acusam Governo de penalizar os mais pobres

17.07.2008, Filomena Fontes

Entre a angústia de quem assiste ao "triunfo crescente do neoliberalismo" e a denúncia da "claustrofobia asfixiante" dentro do PS, um grupo de militantes socialistas escreveu uma carta aberta, na qual clamam pelo regresso aos valores matriciais do partido e desafiam personalidades como Mário Soares, Jorge Sampaio e Almeida Santos a fazerem ouvir a sua voz sobre o rumo político do país.
"O estado da nação é deplorável, transformado num areópago dos escribas do regime, dos jurisconsultos que dão pareceres a preço de ouro, substituindo-se às instituições que não decidem por si, nem assumem as suas responsabilidades", afirmam na carta, cujo primeiro subscritor é Joaquim Sarmento, um histórico militante socialista, ex-deputado e ex-vice-presidente da Câmara de Lamego.
Esta espécie de manifesto é ainda assinado por Júlio Barbosa, presidente da comissão política concelhia de Lamego, por Jorge Silva e João Botelho, ex-mandatário e ex-director da campanha presidencial de Manuel Alegre no distrito de Viseu, e Paula Rodrigues. "O Portugal do triunfo das desigualdades, da exclusão e da pobreza clama por um verdadeiro Partido Socialista que lute contra a total submissão ao poder económico", apelam.
É, contudo, na qualidade de militantes de base que se demarcam dos que "subvertem a cartilha de princípios do PS". "Não somos nós quem protagoniza a descrença que grassa na sociedade, à beira da implosão. Não somos nós os 'inocentes úteis' da direita que olha com simpatia o actual Governo e o actual PS e que apeará os socialistas quando chegar a sua hora de ordenhar a nação", dizem.
No diagnóstico, duro, insurgem-se contra a subordinação de políticas sociais ao "mais puro economicismo, destruindo o SNS, subvertendo o ideário da escola pública", e contra o "lodaçal" em que mergulhou a justiça, "uma trincheira dos que têm mais posses e mais meios, em detrimento das classes mais desfavorecidas". Quanto à crise internacional, agitada por José Sócrates para justificar adversidades, contrapõem que "só reforça" a falência das reformas economicistas.
"Neste 'reino cadaveroso', com lhe chamou o iluminista Ribeiro Sanches, há uma grande responsabilidade do actual Governo, cujas reformas, na óptica da obsessão da redução do défice, têm penalizado primordialmente os mais pobres e carenciados", criticam. E lamentam a "orfandade ideológica" do partido, a par do "silêncio cúmplice, e em muitos casos de consonância com o statu quo de importantes personalidades socialistas".

(recebido por mail)

PS- Por cá tudo bem, reina a União Nacional Açoriana

sexta-feira, julho 11, 2008



Não é para rir!


Na apresentação do acordo com o consórcio Renault/Nissan para a produção de carros eléctricos, o primeiro-ministro disse que estes pagam 30% de imposto e prometeu "criar um quadro fiscal ainda mais atraente”. Mas os carros eléctricos já estão isentos de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação. A deputada Helena Pinto entregou um requerimento ao governo para que este explique como quer baixar um imposto inexistente.



“Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30% do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70% uma componente ambiental”, disse o primeiro-ministro José Sócrates na assinatura do acordo para a produção do carro eléctrico da Renault/Nissan, anunciando ainda que “o Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente”.

A deputada bloquista começa por apontar uma imprecisão nas palavras de José Sócrates: "embora exista uma referência, bastante concreta e com indicação de eventuais taxas, relativamente ao imposto automóvel, o facto é que este imposto já não existe, sendo substituído pelo Imposto sobre Veículos".

Mas mesmo este imposto, na opinião de Helena Pinto "já consagra, no seu art. 2.º, al a), que estão excluídos da incidência do imposto os “Veículos não motorizados, bem como os veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis”".

"Ou seja, os carros eléctricos já estão actualmente totalmente isentos do Imposto sobre Veículos, o imposto mais pesado aplicável aos veículos automóveis", conclui a deputada no requerimento dirigido à presidência do Conselho de Ministros.

"Estando os carros eléctricos totalmente isentos da tributação fiscal do Imposto sobre Veículos, a que “quadro fiscal mais atraente” é que se refere o Governo?", é a pergunta que a deputada do Blcoo deixou ao ministro Silva Pereira.


(Extraído de Esquerda Net)

quinta-feira, junho 26, 2008

Finalmente o Portal da Biodiversidade dos Açores (www.azoresbioportal.angra.uac.pt) está Online.

Este Portal foi desenvolvida no âmbito dos Projectos INTERREG III B “Atlântico” (2003-2005) e “BIONATURA" (2007-2008) cujos parceiros nos Açores foram respectivamente a Direcção Regional do Ambiente e do Mar e a Agência Regional da Energia e Ambiente - ARENA. O Chefe de fila do Projecto foi a Consejeria de Medio Ambiente y Ordenacion Territorial do Governo das Canárias.

Pela primeira vez é possível visualizar a distribuição detalhada de uma espécie no arquipélago e obter a sua cartografia com base na literatura. Para algumas espécies foi ainda possível apresentar imagens. Para espécies muito raras em perigo só se apresenta a presença/ausência nas ilhas.

Este projecto envolveu quatro equipas de investigação da Universidade dos Açores:

a) Coordenação geral e estudo da fauna de artrópodes terrestres e outros invertebrados (Annelida, Nematoda) sob coordenação de Paulo A.V. Borges do Departamento de Ciências Agrárias (CITA-A; Grupo da Biodiversidade dos Açores). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Enésima Mendonça, Francisco Dinis, Fernando Pereira e Sandra Jarroca;

b) Estudo da fauna de gastrópodes terrestres (Malacologia), organismos marinhos litorais e vertebrados sob coordenação de António Frias Martins, Ana Cristina Costa e Regina Cunha do Departamento de Biologia (UA-CIBIO). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Pedro Rodrigues e Paula Lourenço;

c) Estudo das plantas vasculares sob coordenação de Luís Silva do Departamento de Biologia (UA-CIBIO). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Mónica Martins, Rodolfo Corvelo e Nuno Pinto;

d) Estudo de briófitos e líquenes sob coordenação de Rosalina Gabriel do Departamento de Ciências Agrárias (CITA-A, Grupo da Biodiversidade dos Açores). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Sandra Câmara, Eva Borges, Berta Martins, Fernando Pereira e Nídia Homem.

segunda-feira, junho 23, 2008

Hansen exige que petrolíferas sejam julgadas por crimes contra a Humanidade

James Hansem, um dos mais conceituados cientistas climáticos, vai exigir que os dirigentes das grandes empresas de combustíveis fósseis sejam postos em tribunal por crimes contra a Humanidade e a natureza, acusando-os de activamente espalharem a dúvida sobre as alterações do clima da mesma forma que as empresas tabaqueiras tentaram esconder as ligações entre o fumar e o cancro.

Hansen vai utilizar simbolicamente o vigésimo aniversário do seu discurso ao Congresso americano, onde alertou pela primeira vez para as alterações do clima, para exigir que são precisos passos radicais e imediatos para evitar que a irreversibilidade das alterações do clima não se torne inevitável.

No seu discurso diante do Congresso hoje, ele vai acusar os dirigentes de empresas como a ExxonMobil e a Peabody Energy de estarem plenamente conscientes da desinformação sobre as alterações do clima que são responsáveis. "O problema não é vontade política, são os sapatos de crocodilo - os lóbis. É um facto que o dinheiro fala em Washington, e que a democracia não está a funcionar como é suposto funcionar".

Vai também apontar as culpas a alguns membros do Congresso que têm tido um comportamento fraco em relação ao aquecimento global, exigindo que vários fiquem sem o seu lugar.

Hansen vai ainda alertar que ele está 99% seguro de que a concentração do CO2 na atmosfera já passou o nível de segurança. Para ele, o ano de 2009 vai ser crucial com as novas eleições presidencias e as negociações pós-Quioto.

Ele pede uma moratória a novas centrais a carvão e pede a criação de uma rede eléctrica gigantesca com baixas perdas enterrada para dar uma oportunidade de competição à energia solar e eólica.

Extraído de Esquerda Net

sábado, junho 21, 2008

Apelo à Cooperação em Defesa da Escola Pública


Estimados/as Camaradas,

Tal como noutros lugares na Europa, em Portugal, neste momento, a Escola Pública está sujeita a um ataque sem paralelo. A gravidade dos ataques, a sua convergência e simultaneidade, não pode deixar quaisquer dúvidas: trata-se realmente de uma ofensiva concebida e coordenada ao mais alto nível.

Onde os povos têm tido, de longa data, uma forte ligação aos valores da escola pública universal e laica, este ataque pode estar mais camuflado e a resistência pode ser maior.
No nosso país, onde muitos de nós se envolveram activamente na construção de uma sociedade mais justa, a reacção de repúdio tem sido muito viva, procurando contrariar os recuos sociais, nomeadamente no domínio da educação.
Neste estado de espírito, um grupo informal e heterogéneo de militantes comprometidos/as com a defesa da Escola Pública propõe a adesão da Vossa organização/associação/sindicato à realização de um Congresso Europeu Pela Defesa da Escola Pública, Laica e Universal a realizar 6, 7 e 8 de Abril de 2009. Precisamos de lutar contra a fragmentação que nos ameaça, através da solidariedade e acção em comum. É urgente construir um modelo alternativo sério, tanto em termos de gestão pedagógica como relativamente às redes de solidariedades combativas dos sindicatos de trabalhadores da educação, de sindicatos de estudantes e das associações de pais.
Propomos igualmente que subscrevais um apelo público (a redigir e aprovar de comum acordo entre todas as instâncias que aderirem à ideia do referido Congresso) denunciando a destruição selectiva da Escola Pública com a privatização dos domínios considerados rentáveis na educação.

Este congresso deveria ser realizado em colaboração estreita entre profissionais dos vários países. Nós propomos que participeis desde já na definição e discussão dos diversos painéis ou workshops, assim como em quaisquer outros aspectos da organização. Com efeito, pretendemos fazer deste evento um tempo de reflexão para a continuidade do combate que travamos nos diversos países e de abertura em relação aos interesses e aspirações de muitos milhões de cidadãos europeus que têm na Escola pública o principal senão o único meio de escolarização.

Saudações fraternas,

Alda Margarida Azevedo, Bebiana Gonçalves, Cláudia Girelli, Elodie Mota, João Goulart Medeiros, Manuel Baptista, Maria Conceição Rolo, Maria Romana Reis, Nuno Freitas, Paula Montez, Teófilo Braga, Vítor Lima.

sexta-feira, junho 20, 2008

Ecoturismo ou Greenwashing?

Thiago Cássio D'Ávila Araújo (*)

Greenwashing é um termo em língua inglesa usado quando uma empresa, organização não governamental (ONG), ou mesmo o próprio governo, propaga práticas ambientais positivas e, na verdade, possui atuação contrária aos interesses e bens ambientais. Trata-se do uso de idéias ambientais para construção de uma imagem pública positiva de "amigo do meio ambiente" que, porém, não é condizente com a real gestão, negativa e causadora de degradação ambiental.

O greenwashing tem sido uma prática de gestão (nociva, diga-se de passagem) muito adotada por empresas ligadas a diversos ramos da atividade econômica (corporate greenwashing). Em brilhante artigo intitulado "Green is the colour of money" (www.goodmagazine.com), a jornalista norte-americana Amanda Witherell denuncia que empresas estão investindo dinheiro em iniciativas ambientais para encobrir ofensas do passado ao meio ambiente. Organizações não governamentais, mal intencionadas, praticam greenwashing para captação de recursos públicos ou privados, que posteriormente serão em boa parte desviados para aplicação em atividades ou empreendimentos causadores de degradação ambiental. Governos praticam greenwashing para seduzir cidadãos e determinar os rumos da economia.

O greenwashing, diga-se de passagem, não se confunde com o greenmarketing. Greenwashing é termo pejorativo, e é nocivo ao meio ambiente.

No turismo, o greenwashing tem sido usado como instrumento para iludir turistas. De fato, muitos escolhem destinos turísticos acreditando que estão participando de projetos respeitadores da natureza e dos valores culturais locais, quando, na verdade, estão apenas contribuindo para destruição do ambiente. Por exemplo, é muito comum vermos hotéis divulgados como meios de hospedagem ecológicos, por estarem inseridos em uma floresta, quando na verdade tais hotéis não têm um programa de hospedagem sustentável e contribuem para a degradação do ambiente. Há prática de greenwashing.

Em alguns casos concretos, temos visto até mesmo desentendimentos, existentes entre secretarias municipais de Turismo, de um lado, e secretarias municipais do Meio Ambiente, de outro, que acabam por gerar a prática de greenwashing governamental, para prevalência da atividade econômica em detrimento da efetiva política de proteção ambiental. É um absurdo, mas é verdade: governos têm praticado greenwashing!

Para combater essa praga que pretende macular os verdadeiros propósitos ambientalistas do desenvolvimento sustentável, na atividade turística é preciso que haja verdadeira compreensão, principalmente por cidadãos e órgãos fiscalizadores, do verdadeiro entendimento do que seja ecoturismo.

O "ecoturismo" conhece várias outras denominações correlatas, tais como: turismo de natureza, turismo verde, turismo ecológico, turismo ambiental, turismo de aventura, turismo de selva, turismo antropológico, turismo étnico e turismo rural. Importante é identificar que o ecoturismo se insere no contexto maior do "turismo sustentável", uma idéia propagada a partir do conceito de "desenvolvimento sustentável" advindo do Relatório Brundtland de 1987.

No ano de 2002, eleito pela ONU como "Ano Internacional do Ecoturismo", e também ano no qual se realizaria a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo (como prorrogação da ECO-92), foi expedida, no mês de maio, a "Declaração de Québec", após discussão de representantes de 132 países que formaram a Cúpula de Especialistas em Ecoturismo.

A Declaração de Québec reconhece que o ecoturismo abraça os princípios do turismo sustentável, adere aos princípios de contribuição ativa para a conservação do patrimônio natural e cultural, inclui as comunidades locais e indígenas em seu planejamento, desenvolvimento e exploração, contribuindo para seu bem-estar, interpreta o patrimônio natural e cultural do destino para os visitantes, e melhor se presta a viajantes independentes ou circuitos organizados para grupos de tamanho reduzido. Assim é que o verdadeiro ecoturismo proporciona emprego e renda de forma sustentável à comunidade local.

Para evitar maiores engodos, o Ministério do Turismo vem incentivando expedientes de certificação em ecoturismo. Aliás, a certificação de empreendimentos e pessoas inclusive está prevista no Plano Nacional de Turismo (2007-2010).

Sou um entusiasta da economia de mercado e da apropriação econômica dos bens ambientais como meio de crescimento. O importante, porém, é que tal crescimento se dê sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Abrir os olhos para os males causados pelo greenwashing é um passo importante para consagrarmos a adequada utilização dos recursos ambientais, inclusive no turismo.

O Planeta Terra, a economia mundial e o turismo internacional não aceitam mais a mera maquiagem. Ecoturismo é turismo com ética, essa sim uma bandeira que, levantada por empresas, ONGs e governos, trará os verdadeiros benefícios, inclusive econômicos.

* É advogado, membro da Advocacia-Geral da União, consultor jurídico da Embratur em Brasília/DF e ex-procurador do INSS e do Incra. Autor dos livros "Direito Agrário" e "Direito Ambiental", ambos pela Editora Fortium.
thiago-davila@uol.com.br

quinta-feira, junho 19, 2008

Associação Amigos dos Açores, moça de recados?

Quem manda nos Amigos dos Açores: Ricardo Silva, Ana Paula Marques ou Ana Paula Fonseca?
A maioria da Direcção (em gestão) dos Amigos dos Açores acha que o protocolo deverá ser debatido em reunião de direcção antes de ser assinado. Amanhã não vai haver assinatura nenhuma.

Até hoje, os Amigos dos Açores não receberam qualquer convite para participar na cerimónia. A associação é parceira ou é moça de recados?

Teófilo Braga


Nova Ecoteca da Ribeira Grande

É inaugurada amanhã, dia 20, a nova Ecoteca da Ribeira Grande, cujas obras de adaptação do auditório do Jardim Paraíso estiveram a cargo da Câmara Municipal, ao abrigo de um contrato Araal com a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.
A inauguração está marcada para as 15h30, sendo presidida pela Secretária do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques e que contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Ricardo Silva e de outras entidades.
A obra orçada em cerca de 136 mil, constou de uma intervenção nos espaços interiores e vãos exteriores, sendo criado um espaço polivalente com auditório, espaço para exposições, mediateca, oficina, laboratório, centro de documentação, área de exposições temáticas, acesso à Internet e espaços para actividades de interior e exterior.
O edifício foi cedido pela autarquia à Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, permitindo que a Ecoteca funcione agora num espaço moderno, didáctico e pedagógico, onde é privilegiada a informação, sensibilização e formação ambiental. O espaço circundante (Jardim Paraíso) torna-se, por isso, uma mais valia para a realização de actividades ao ar livre destinadas a jovens e adultos.
Durante a cerimónia será assinado um protocolo de cooperação entre autarquia e a Associação Ecológica “Amigos dos Açores”, entidade responsável pela gestão da Ecoteca e pelo seu pólo na freguesia do Pico da Pedra. Este protocolo visa firmar os termos de instalação e funcionamento da Ecoteca no edifício cedido pela Câmara Municipal.

In Correio dos Açores, 19 de Junho de 2008

segunda-feira, junho 16, 2008

Nuclear, Não Obrigado!


Eles vão voltar a investir, a prova está no texto do Açoriano Oriental de hoje que abaixo transcrevo:


Estatuto traz nova esperança para lides picadas

Com a aprovação do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores e com a consagração do reforço do poder legislativo e do estabelecimento da prevalência da legislação regional sobre a nacional, a região ganha poderes para decidir sobre a realização de lides picadas nas arenas dos Açores.
Foi em 2002 que o Ministro da República de então vetou a lei, por entender que a matéria versada no diploma - espectáculos com uso de sorte de varas - não se revestia de interesse específico regional. A arte, depois de a Assembleia Legislativa Regional ter aprovado um diploma a legalizá-las nas ilhas, ficou proibida por imposição da legislação produzida na Assembleia da República, que considerava que a lide contrariava a sensibilidade popular e o seu entendimento de "festa brava", como forma de manifestação artística. Após a entrada em vigor do Estatuto, na sua versão revista e aprovada, os Açores poderão legislar incondicionalmente, respeitando apenas a vontade dos açorianos, em todas as matérias não reservadas aos órgãos de soberania. Sendo assim, a aficion terceirense manifesta de novo a esperança de que o parlamento regional possa alterar as normas em vigor e que a lide retorne às praças da Região, como era hábito até à imposição da República. Juristas contactados pela A União explicam que, segundo o artigo 62 no seu número 2, a região pode decidir sobre esta matéria. Para o presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Arlindo Teles, "a Terceira e a sua monumental têm condições para se afirmar como as melhores de Portugal", mas para que isso aconteça "é necessário voltar a permitir "a sorte picada".