sexta-feira, julho 25, 2008


O mocho (Asio otus), também conhecido em algumas localidades como coruja, é uma ave de rapina nocturna insuficientemente estudada nos Açores. De acordo com a Base de Dados da Biodiversidade dos Açores, existe em todas as ilhas dos Grupos Central e Oriental.

Vamos colaborar com o projecto, indicando novas áreas de distribuição. Assim, caso já tenha observado ou sentido o mocho em algum lugar, mande-nos um mail com esta informação e, se possível, a data exacta ou aproximada da observação.

Teófilo Braga

quinta-feira, julho 24, 2008

Câmara da Lagoa e Governo Regional dos Açores Apoiam Tourada



Proteste, envie um mail ou carta para:

EDIFÍCIO PAÇOS DO CONCELHO

Largo D. João III

Santa Cruz

9560-045 Lagoa (São Miguel)

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terça-feira, julho 22, 2008

Acção Animal - Anti-Touradas 49s

A Tradição Ainda é o que Era

segunda-feira, julho 21, 2008


A irresponsabilidade do nuclear

17-Jul-2008

Perante a alta do preço dos combustíveis fósseis e o custo das emissões de carbono, começa a ressurgir a discussão da energia nuclear em Portugal, agora pela voz de Victor Constâncio.
Mas parece que estas vozes se esquecem que esta opção não permite resolver os problemas energéticos estruturais do país e coloca outros problemas sem resolução à vista. Apresento, sucintamente, pelo menos 10 razões para rejeitar o nuclear.
Em primeiro lugar, também as centrais nucleares dependem de matérias-primas cada vez mais escassas, caras de obter e cobiçadas: ou seja, o que hoje se passa com os combustíveis fósseis também se passa com o urânio e tende a agravar-se. Também neste sector aumentam os preços e a especulação.

Em segundo lugar, mantém-se a elevada dependência a recursos energéticos externos já que o urânio existente em Portugal é insuficiente.

Em terceiro lugar, o custo de uma central nuclear é enorme. Geralmente as contas que nos são apresentadas não entram em linha de conta com os custos de armazenamento dos resíduos, desmantelamento da central e limpeza de locais contaminados, reforço da linha eléctrica, serviços de fiscalização e segurança, entre outros. A história do nuclear mostra que esta sempre foi e continua a ser, mesmo com a nova geração de reactores, uma indústria altamente dependente de subsídios públicos.

Em quarto lugar, o problema da dependência petrolífera e das emissões em Portugal é, na sua grande maioria, em relação às formas não-eléctricas de energia, como no sector dos transportes, a que o nuclear não responde. A electricidade corresponde apenas a 25% do consumo final de energia.

Em quinto lugar, além do problema do armazenamento dos resíduos, as centrais apresentam o risco de elevada contaminação radioactiva, devido a acidente ou ataque terrorista, bem como no transporte do combustível e dos resíduos. Para além disso, não se consegue nunca eliminar o erro humano, o responsável pelo acidente de Chernobyl.

Em sexto lugar, a exportação e a proliferação contínua de tecnologia nuclear aumenta significativamente o risco de proliferação de armas nucleares, existindo o risco de novos Estados se tornarem novas potências nucleares.

Em sétimo lugar, o nuclear não gera directamente quaisquer emissões de GEE, mas a construção das centrais é uma importante fonte de emissões, tal como a prospecção, a extracção e o transporte de urânio (o ciclo do urânio é um grande consumidor de energia e um forte emissor de CO2), o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem e o futuro desmantelamento - O estudo americano "Nuclear Power: The Energy Balance" (2005), que compara as emissões de CO2 analisando o ciclo de vida de um central nuclear e de uma central a gás natural (com uma potência equivalente) chega à conclusão que, no longo termo, com o decréscimo da qualidade das reservas de urânio, o nuclear tem muito mais emissões que o gás natural.

Em oitavo lugar, além das elevadas emissões de carbono, o ciclo do urânio até à utilização no reactor é um enorme gerador de resíduos tóxicos e de agressões ambientais. E uma central nuclear consome elevados volumes de água: teria de ser instalada no litoral português, o qual é densamente povoado, por falta de caudais suficientes nos rios.

Em nono lugar, a radioactividade dos resíduos do urânio processado nas centrais é muito elevada, com graves riscos para a saúde pública durante dezenas a centenas de milhares de anos. Ainda não foi encontrada uma solução satisfatória para o tratamento dos resíduos, hoje armazenados em locais temporários. Este é um pesado legado para as gerações futuras.

Em décimo lugar, a nova geração de reactores nucleares em construção na Finlândia (Olkiluoto 3) e na França (Flamanville 3), apresentados como a vanguarda do renascimento do nuclear, têm registado uma série de atrasos, derrapagens orçamentais e problemas técnicos de segurança. Na Finlândia, o prazo de conclusão da central foi adiado por dois anos e os custos de construção quase que duplicaram para um valor de 5 mil milhões de euros, com várias falhas na construção a implicar potenciais riscos de segurança. Na França, os problemas são semelhantes, tendo já sido mandada parar a construção pela Agência de Segurança Nuclear francesa por vários problemas técnicos de segurança registados.

Rita Calvário

Extraido de Esquerda Net

quinta-feira, julho 17, 2008

Socialistas denunciam "claustrofobia asfixiante" no PS e acusam Governo de penalizar os mais pobres

17.07.2008, Filomena Fontes

Entre a angústia de quem assiste ao "triunfo crescente do neoliberalismo" e a denúncia da "claustrofobia asfixiante" dentro do PS, um grupo de militantes socialistas escreveu uma carta aberta, na qual clamam pelo regresso aos valores matriciais do partido e desafiam personalidades como Mário Soares, Jorge Sampaio e Almeida Santos a fazerem ouvir a sua voz sobre o rumo político do país.
"O estado da nação é deplorável, transformado num areópago dos escribas do regime, dos jurisconsultos que dão pareceres a preço de ouro, substituindo-se às instituições que não decidem por si, nem assumem as suas responsabilidades", afirmam na carta, cujo primeiro subscritor é Joaquim Sarmento, um histórico militante socialista, ex-deputado e ex-vice-presidente da Câmara de Lamego.
Esta espécie de manifesto é ainda assinado por Júlio Barbosa, presidente da comissão política concelhia de Lamego, por Jorge Silva e João Botelho, ex-mandatário e ex-director da campanha presidencial de Manuel Alegre no distrito de Viseu, e Paula Rodrigues. "O Portugal do triunfo das desigualdades, da exclusão e da pobreza clama por um verdadeiro Partido Socialista que lute contra a total submissão ao poder económico", apelam.
É, contudo, na qualidade de militantes de base que se demarcam dos que "subvertem a cartilha de princípios do PS". "Não somos nós quem protagoniza a descrença que grassa na sociedade, à beira da implosão. Não somos nós os 'inocentes úteis' da direita que olha com simpatia o actual Governo e o actual PS e que apeará os socialistas quando chegar a sua hora de ordenhar a nação", dizem.
No diagnóstico, duro, insurgem-se contra a subordinação de políticas sociais ao "mais puro economicismo, destruindo o SNS, subvertendo o ideário da escola pública", e contra o "lodaçal" em que mergulhou a justiça, "uma trincheira dos que têm mais posses e mais meios, em detrimento das classes mais desfavorecidas". Quanto à crise internacional, agitada por José Sócrates para justificar adversidades, contrapõem que "só reforça" a falência das reformas economicistas.
"Neste 'reino cadaveroso', com lhe chamou o iluminista Ribeiro Sanches, há uma grande responsabilidade do actual Governo, cujas reformas, na óptica da obsessão da redução do défice, têm penalizado primordialmente os mais pobres e carenciados", criticam. E lamentam a "orfandade ideológica" do partido, a par do "silêncio cúmplice, e em muitos casos de consonância com o statu quo de importantes personalidades socialistas".

(recebido por mail)

PS- Por cá tudo bem, reina a União Nacional Açoriana

sexta-feira, julho 11, 2008



Não é para rir!


Na apresentação do acordo com o consórcio Renault/Nissan para a produção de carros eléctricos, o primeiro-ministro disse que estes pagam 30% de imposto e prometeu "criar um quadro fiscal ainda mais atraente”. Mas os carros eléctricos já estão isentos de Imposto sobre Veículos como de Imposto Único de Circulação. A deputada Helena Pinto entregou um requerimento ao governo para que este explique como quer baixar um imposto inexistente.



“Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30% do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70% uma componente ambiental”, disse o primeiro-ministro José Sócrates na assinatura do acordo para a produção do carro eléctrico da Renault/Nissan, anunciando ainda que “o Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente”.

A deputada bloquista começa por apontar uma imprecisão nas palavras de José Sócrates: "embora exista uma referência, bastante concreta e com indicação de eventuais taxas, relativamente ao imposto automóvel, o facto é que este imposto já não existe, sendo substituído pelo Imposto sobre Veículos".

Mas mesmo este imposto, na opinião de Helena Pinto "já consagra, no seu art. 2.º, al a), que estão excluídos da incidência do imposto os “Veículos não motorizados, bem como os veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis”".

"Ou seja, os carros eléctricos já estão actualmente totalmente isentos do Imposto sobre Veículos, o imposto mais pesado aplicável aos veículos automóveis", conclui a deputada no requerimento dirigido à presidência do Conselho de Ministros.

"Estando os carros eléctricos totalmente isentos da tributação fiscal do Imposto sobre Veículos, a que “quadro fiscal mais atraente” é que se refere o Governo?", é a pergunta que a deputada do Blcoo deixou ao ministro Silva Pereira.


(Extraído de Esquerda Net)