sábado, janeiro 27, 2007

O SPRA E ÁLAMO MENESES


[retirado de http://www.saladosprofessores.com/postp73455.html#73455 ]

A propósito do processo de redacção do ECD na versão açoriana, o
relato de um membro, que testemunhou o comportamento incrível dos
«dirigentes» do «sindicato» local SPRA.
Este tipo de relações «incestuosas» entre o poder político e as
cúpulas sindicais é crónico (também no continente) e é uma das razões
da ineficácia das lutas e do constante desrespeito pelo sentir das
bases.
Se isto não faz desviar alguém, que sabe o que é sindicalismo A SÉRIO,
desses falsos sindicatos, não sei o que será preciso mais...
Manuel


Que grandes palhaços !!!

Vocês sabiam que em Outubro de 2006 o presidente (Armando Dutra) do
maior sindicato açoriano (SPRA) teve o desplante de convidar para um
plenário desse sindicato o secretário regional da educação (que é o
equivalente a um ministro da educação para os açores). Pois é o tal
secretário regional da educação (Álamo de Meneses) que em Janeiro de
2002, à laia de Hitler, implantou um regime de concursos xenófobo que
entretanto também se generalizou á Madeira. Este artista segue a linha
de pensamento de pessoas como : José Sócrates ou Mª de Lurdes
Rodrigues com a diferença de ter um pouco menos de vergonha na cara.

Só para terem uma ideia este secretário regional da educação (Álamo de
Meneses) já chegou a dizer em reuniões com sindicatos coisas como :

1) "Quem não está satisfeito não venha trabalhar para cá !!! "

2) "Não lhe agrada esta ou aquela norma do ECD ? mas olhe que não
faltam pessoas que querem ser professores !"

3) Relativamente ao regime de faltas , atestados etc disse : "Até nos
internamentos eu hei-de meter a unha "


Quanto ao ECD para os Açores que não hajam ilusões é a mesma Mer... e o
processo negocial também !!! ou seja: é inexistente e pelos vistos o
secretário regional da educação (Álamo de Meneses) já anda a manipular
os sindicatos pela pessoa do Sr Armando Dutra, que agora já o convida
para plenário sindicais. HAJA VERGONHA !!!

Falta explicar o que aconteceu no referido plenário. Sim, afinal o que
faz um secretário regional da educação num plenário sindical ? Fez o
que todos os políticos fazem quando lhe surge muita gente pela frente:
"política essencialmente". Mas não foi uma política qualquer, os
nossos políticos estão a desenvolver um novo estilo de fazer política
e o ataque aos funcionários do estado faz parte da estratégia. De uma
forma mais ou menos explicita este bicho teve a lata de deixar
mensagens neste plenário do género :

1) não julguem que aqui o ECD vai ser diferente !!! ;

2) os professores trabalham pouco ;

3) os professores faltam muito "é uma vergonha a quantidade de
atestados que sujem colados às férias de Natal" ;

etc

Ou seja para além de fazer política gozou claramente na cara dos
presentas.

Bem e querem saber a melhor... a generalidade dos professores ouviu e
aplaudiu ...


É caso para dizer: « têm o que merecem !!!» (e aqui não posso dizer
"temos" porque eu demarco-me claramente deste tipo de palhaços e
palhaçadas).

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Para combater o aquecimento global, Chile abole a gravata

Autoridades chilenas instruíram os funcionários públicos a não usar paletó e gravata, para que os escritórios possam poupar energia no ar condicionado. O governo espera que a iniciativa privada siga o exemplo, disse a vice-ministra da Economia, Ana Maria Correa. O Chile é um país de sociedade conservadora, onde os homens normalmente vestem-se de modo formal para trabalhar.

De acordo com o governo, 215.000 aparelhos de ar condicionado foram importados desde 1997 e, no verão, podem responder por até 60% do consumo de energia em locais de trabalho.

O plano contra a gravata e o paletó veio da Comissão de Eficiência Energética do governo.

"Recomendamos que os homens deixam de lado os paletós e gravatas", disse o diretor do grupo, Nicola Borregaard. "Esperamos que todos os setores sigam a recomendação, para que se torne hábito nacional".

O maior grupo privado do Chile, a Sociedade de Desenvolvimento Industrial, uniu-se à iniciativa. Depois de comunicar o fato, o presidente do grupo, Bruno Phillippi, tirou a gravata. (AP/ Estadão Online)

PS- Não sei como seria se esta medida cá chegasse. São tantos os monges que a usam por ou para se fazerem importantes que ....

domingo, janeiro 21, 2007





Lavradores irresponsáveis mancham o nome da sua classe.

Por mais que Jorge Rita, presidente da Associação Agrícola de S. Miguel afirme o ambientalismo dos lavradores, os factos desmentem o seu "sonho". A prova está por toda a ilha. A título de exemplo, aqui deixamos imagens tiradas, no passado dia 20 de Janeiro de 2007, na zona da Batalha, mais propriamente na Canada da Palangana e ao lado do Pico do Cascalho.

Peregrina é também a sua proposta para o Governo pagar aos lavradores para limparem as pastagens. No seu dizer seria um reforço para o seu rendimento.

Estes devem, no meu entender, ser responsáveis pela correcta gestão dos resíduos que produzem. Para isso os responsáveis governamentais e autárquicos devem proporcionar todas as condições para tal, não se demitindo das suas responsabilidades.

O rendimento dos lavradores deve provir da matéria prima que produzem: carne e leite que deverão ser pagos a um justo preço.

Pico da Pedra, 21 de Janeiro de 2007

Teófilo Braga

domingo, janeiro 14, 2007

ESTUDO CIENTÍFICO DEMONSTRA

POSSIBILIDADE DE GARANTIR A SEGURANÇA DOS RESÍDUOS NUCLEARES NÃO É MAIS DO QUE UMA MIRAGEM


Esta semana, em resultado da publicação por parte da UE de um pacote de medidas estratégicas na área da energia e alterações climáticas, a energia nuclear voltou a ser notícia. Poucos dias após essa apresentação, um estudo publicado na reputada revista científica Nature vem demonstrar cabalmente as fragilidades e riscos desta forma de energia, nomeadamente, quanto à possibilidade de se conseguir garantir a segurança dos resíduos nucleares.

Segundo o estudo agora publicado, que se centrou num dos materiais candidatos para a construção de contentores de armazenamento de longa duração de resíduos nucleares, (um composto à base de zircónio), a radiação emitida por estes resíduos pode alterar de forma significativa a estrutura do material do contentor de tal modo que, contrariamente aos 250.000 anos esperados para a sua estabilidade, não mais do que 1400 se podem agora antever.

A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO
- A fragilidade do material foi exposta porque se utilizaram técnicas que permitem analisar o impacto real deste tipo de resíduos perigosos nos materiais, ao passo que até agora os métodos utilizados se têm centrado, essencialmente, em cálculos e modelações por computador. A técnica utilizada nesta experiência denomina-se espectroscopia por ressonância magnética nuclear (nuclear magnetic resonance spectroscopy). (1) A segurança dos materiais pensados para conter os resíduos é, assim, uma área longe de estar estabelecida.

- Os resultados demonstram claramente que a degradação dos materiais pode ocorrer muito mais rapidamente do que o esperado colocando sérios riscos para as gerações futuras. Convém relembrar que estes resíduos manter-se-ão perigosos por vários milhares de anos. Será assim aceitável que se continue a apostar numa forma de energia que produz resíduos cuja contenção em segurança ninguém consegue garantir?

- Até agora, o debate em torno do armazenamento de resíduos nucleares tem estado centrado nas características geológicas dos locais que poderão um dia vir a acolher os depósitos a grande profundidade deste tipo de resíduos. Para além dos enormes desafios que se conhecem nesta área, este estudo vem demonstrar que há outras áreas fundamentais para o debate, como a que se refere às formas como os resíduos poderão ser acondicionados em segurança.

NUCLEAR NÃO OBRIGADO
Os perigos que rodeiam a produção de energia nuclear são inegáveis e reconhecidos pela própria União Europeia ao decidir apoiar financeiramente investigação na área da segurança das centrais e dos destinos para os resíduos nucleares, ainda que estejamos a falar de uma tecnologia que apresenta estas externalidades desde o seu início, há cerca de 50 anos atrás.

O facto é que até agora não foram encontradas soluções que satisfaçam os decisores políticos, que continuam a aceitar desviar fundos que poderiam ser aplicados em soluções sustentáveis (como e eficiência energética e as energias renováveis), na tentativa de garantir condições mínimas de segurança que possam assegurar a aceitabilidade desta tecnologia. Contudo, a realidade demonstra claramente que a energia nuclear não é uma opção para os europeus e, em particular, para os portugueses que, no mais recente Eurobarómetro (2) sobre a temática da energia, demonstraram claramente que esse não é o caminho desejado em termos de política energética.

Dados como os agora apresentados na Revista Nature só vêm dar razão à perspectiva dos cidadãos e de todos aqueles que consideram que o nuclear não é uma solução viável e aceitável.

Lisboa, 13 de Janeiro de 2007

A Direcção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Para mais esclarecimentos contactar: Susana Fonseca: 937788471 ou Francisco Ferreira: 937788470


(1) http://www.nature.com/news/2007/070108/pf/070108-6_pf.html - “Canned nuclear waste cooks its container - Estimates of radiation damage to materials have been too low” (10 de Janeiro 07)

(2) http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_262_en.pdf - Energy Technologies – Knowledge, Perception and Measures (Janeiro 2007)

Referência do artigo
Ian Farnan – Universidade de Cambridge
Herman Cho e William J. Weber – Pacific Northwest National Laboratory – Washington
“Quantification of actinide -radiation damage in minerals and ceramics”
Nature, 445, 190-193 – Janeiro de 2007

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Quercus e ONGAs europeias FRUSTRADAS com propostas da Comissão Barroso hoje divulgadas sobre energia e alterações climáticas

As implicações para Portugal


A Comissão Europeia apresentou hoje um conjunto de 24 documentos enquadrando a estratégia europeia para a energia e alterações climáticas. Entre os documentos inclui-se a definição política pós-2012 no que respeita às alterações climáticas, em particular a proposta de meta europeia de redução de gases de efeito de estufa para 2020 tendo por base o ano de 1990, o caminho a seguir em termos de energias renováveis, a aposta no suposto “carvão limpo”, a energia nuclear e ainda o uso de biocombustíveis.

Na opinião da Quercus, a estratégia agora apresentada não assegura a necessária redução de emissões, não conduzindo a Europa a um futuro mais seguro do ponto de vista energético devido ao continuar da dependência face aos combustíveis fósseis, com metas fracas e políticas que são insuficientes e em muitos casos não vinculativas.


Comissão opta por “demasiados vintes”, quando números maiores são necessários.
Metas para o ano 2020: 20% de redução de emissões de gases de efeito de estufa em relação a 1990, 20% de energia primária de fontes renováveis, aumento de 20% de eficiência energética.

Clima

A proposta da Comissão Europeia aponta para uma redução de 20% das emissões de gases de efeito de estufa por parte da União Europeia entre 1990 e 2020, podendo atingir os 30% se houver um comprometimento ao mesmo nível por parte de outros países fora da Europa. Actualmente a União Europeia tem em vigor, de acordo com o Protocolo de Quioto, uma redução de 8% entre 1990 e o período 2008-2012.

Uma redução unilateral por parte da União Europeia de 30% para o ano 2020 em relação aos níveis de 1990 é absolutamente indispensável por razões de protecção do clima, indicadas nomeadamente por recentes dados apresentados pelo Relatório Stern e pelo Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas e defendidas pela própria União ao considerar que é imprescindível garantir que o aumento da temperatura á escala global não ultrapassará os 2 graus centígrados. Qualquer outra meta é inaceitável porque não obriga à mudança de paradigma no uso da energia e no desenvolvimento das tecnologias mais amigas do clima para as tornar mais baratas à custa de mais inovação. Um forte objectivo de redução das emissões de gases de efeito de estufa daria à comunidade internacional evidências da seriedade com que a União Europeia encara o problema das alterações climáticas e mostraria a sua liderança nesta matéria. Um dos aspectos relevantes a prosseguir prende-se com a necessidade de políticas e medidas obrigatórias e não voluntárias, nomeadamente as da estratégia energética, para se atingir as metas propostas.

Renováveis

A meta de atingir 20% de energia primária no ano 2020 (há uma meta intermédia já em vigor de 12% para 2012) é claramente insuficiente do ponto de vista ambiental e de uma maior independência / segurança de abastecimento da Europa.

A Quercus considera que a Europa deverá ter uma meta de 25% de energia primária gerada a partir de fontes renováveis, sendo esta meta dividida em objectivos sectoriais consistentes com o objectivo global nas áreas da electricidade, transporte e aquecimento e arrefecimento, dado que a natureza dos sectores e os agentes envolvidos são específicos e merecem abordagens diferenciadas. Os objectivos devem ser obrigatórios por país de modo a que o objectivo europeu consiga efectivamente ser cumprido. Infelizmente, a Comissão apenas apresenta um objectivo global e nenhum sectorial, fixando apenas uma meta de 10% para o caso dos biocombustíveis.


Combustíveis fósseis

A Comissão Europeia considera que deve ser feita uma aposta no carvão para produção de electricidade que é actualmente a fonte combustível mais poluente e ineficiente, tendo por base a aposta na captura e armazenamento de carbono, facto que é muito questionado pelas associações de ambiente que consideram que a tecnologia precisa ainda de um forte desenvolvimento para se garantir que funciona e que é economicamente viável e é um risco colocar-se como prioritária porque vai retirar recursos financeiros que deveriam ser direccionados para as energias renováveis e conservação de energia. A discussão do fim da subsidiação aos combustíveis fósseis, nomeadamente ao carvão, não merece o protagonismo merecido. A segurança de abastecimento garante-se não á custa de elevadíssimos investimentos em infraestruturas associadas aos combustíveis fósseis mas sim com uma maior aposta na mudança de paradigma energético.


Energia nuclear

A Comissão Europeia esclarece não ter uma estratégia europeia para a energia nuclear dada a controvérsia que envolve, deixando aos Estados-Membros a decisão do caminho a seguir. A Quercus e as demais associações ambientais europeias continuam a considerar que a energia nuclear é cara e perigosa e por isso deve ser continuado o caminho do desmantelamento de centrais a ser já seguido por diversos países como a Suécia, Alemanha ou a Espanha.


As implicações para Portugal

Os principais aspectos, mesmo com as metas propostas pela Comissão aquém do desejável, têm implicações muito relevantes para Portugal:

- Portugal, de acordo com um Programa Nacional paras as Alterações Climáticas que a Quercus considera demasiado optimista e que não está a ter o sucesso desejável em termos de implementação, aumentará 33% as suas emissões a nível interno em relação a 1990, isto é, 6% acima da meta de 27% fixada, tendo de recorrer a outros mecanismos previstos no Protocolo de Quioto para garantir o cumprimento; com uma meta Europeia de redução mais exigente, as dificuldades e os custos de cumprimento serão muito maiores e têm que ser pensadas desde já, nomeadamente em termos de política energética;

- A política energética em Portugal tem um enorme potencial para se apostar em energias renováveis e ainda mais em conservação / poupança de energia e eficiência energética na medida em que temos crescido demasiado em termos de consumo face ao crescimento da nossa riqueza, sendo em grande parte esse crescimento resultado de um desperdício que tem de ser evitado;

- Portugal NÃO TEM uma verdadeira estratégia nacional para a energia, e tem cometido vários erros nos últimos meses ao apostar numa gestão da oferta nomeadamente apostando em quatro grandes centrais a gás natural, não desburocratizando o acesso às renováveis e promovendo a micro-geração, e ao contrário de uma política pró-activa tem navegado ao sabor dos preços do petróleo.

- O debate sobre o recurso à energia nuclear, no qual a Quercus não tem deixado de participar, deixou claro que os custos, a oportunidade, as implicações ambientais, não justificam esta opção para Portugal. No primeiro eurobarómetro sobre a percepção do público sobre questões energéticas cujos resultados foram recentemente anunciados em Bruxelas, apenas 12% dos portugueses são favoráveis à energia nuclear, ocupando Portugal o 6º lugar dos mais cépticos em relação a esta forma de energia.



De propostas a medidas assumidas

É fundamental perceber-se que os anúncios hoje efectuados são apenas propostas que os Estados Membros deverão agora aceitar ou modificar até à sua efectiva implementação, estando prevista essa discussão para o Conselho da Energia (com os Ministros da Energia a 15 de Fevereiro), no Conselho do Ambiente (com os Ministros do Ambiente a 20 de Fevereiro) e depois ratificadas no Conselho da Primavera pelos Primeiro-Ministros a 8 e 9 de Março deste ano. Ao nível das metas de redução de emissões, as negociações a terem lugar á escala internacional, nomeadamente as previstas para Bali na Indonésia na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Clima em Dezembro de 2007, poderão ainda ter um desfecho diferente.


Lisboa, 10 de Janeiro de 2007

A Direcção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

domingo, janeiro 07, 2007

Prisões para Ricos

Não interessados em resolver os problemas, como os que conduzem à marginalidade, os poderes constituidos limitam-se a dar saltos para a frente,apostando na construção de condomínios fechados. Hubert Reeves, no livro "A Agonia da Terra", a este propósito diz-nos "Prevê-se um futuro em que uma população cada vez mais reduzida gozará dum luxo sempre crescente, se barricará em guetos assépticos e armados contra uma população imensa de deserdados, que tentará sobreviver e lutar contra a fome e a doença num ambiente em constante degradação..."
Crescimento Económico Sustentável?

"Ante o facto de que «as reservas terrestres não são infinitas, a expressão "crescimento económico sustentável" é um absurdo"
Hubert Reeves, em "A Agonia da Terra", Gradiva, 2006

segunda-feira, janeiro 01, 2007

2007- O Ano dos RR

Este será o ano de:

- REGRESSAR- às escolas;
- REINVIDICAR- o seu a seu dono;
- REDUZIR- o consumo;
- REINVENTAR- o estar em associação e o agir.

Será o ano de acabar com o politicamente correcto.