sábado, dezembro 18, 2010

Sacuntala de Miranda: combatente pela justiça social e pela liberdade



Sacuntala de Miranda, filha de Lúcio de Miranda e de Fédora de Miranda, nasceu em Ponta Delgada, em 1934, e faleceu em Lisboa a 30 de Janeiro de 2008, precisamente 60 anos após a morte de Gandhi, cujo pensamento terá exercido, quer sobre ela, quer sobre o seu pai, uma forte influência.

O Dr. Lúcio de Miranda que foi professor no Liceu Antero de Quental foi um democrata, que chegou a ser coadjuvante do reitor Dr. João Anglin, tendo sido forçado a exilar-se em Londres, onde acabou por falecer, em 1962.

Fédora de Miranda, por seu turno, foi dirigente da Sociedade Micaelense Protectora dos Animais e opositora ao regime de Salazar, tendo, ao regressar aos Açores, em 1964, para assistir à morte de sua mãe, sido presa no aeroporto de Santa Maria.

Sacuntala de Miranda foi com 18 anos incompletos para Lisboa estudar e aí é que tomou consciência do que era a ditadura salazarista, tendo-se filiado no MUD Juvenil, em 1952, e sido presa pela PIDE pouco tempo depois.

No ano de 1958, foi membro da candidatura do General Humberto Delgado, tendo sido responsável pela distribuição de boletins de voto em várias localidades de Portugal, não se tendo esquecido de São Miguel.

Após a sua formação na Faculdade de Letras de Lisboa, não foi autorizada a trabalhar em qualquer estabelecimento de ensino público, tendo-se exilado na Argélia e no Reino Unido. Em Londres, para além de ter prosseguido os seus estudos, licenciando-se em Sociologia, manteve a sua luta em prol de uma maior justiça social, nomeadamente através da sua participação no apoio aos movimentos de libertação africanos e no apoio à luta sindical dos emigrantes portugueses.

Sacuntala de Miranda fez parte do MAR- Movimento de Acção Revolucionária, fundado em 1962. Este movimento era crítico da visão pacifista do PCP e oponha-se aos socialistas moderados da ASP- Acção Socialista Portuguesa, organização que esteve na origem do actual Partido Socialista.

De entre os vários livros e estudos da sua autoria, recomendamos, a todos, a leitura do seu último livro, intitulado “Memórias de um peão nos combates pela liberdade”, onde Sacuntala relata a sua luta contra a ditadura.

São Miguel, 18 de Dezembro de 2010

T. B.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Touro morre em Tourada à Corda em São Jorge

terça-feira, novembro 30, 2010

Terra Livre nº 27

quarta-feira, novembro 24, 2010


Hoje, não coloco nada neste blogue. Estou em greve.
Até amanhã.

TB

segunda-feira, novembro 15, 2010

SDPA apela à Greve Geral o pode já entrou em greve de zelo

O SDPA associa-se à greve do próximo dia 24 de Novembro e exorta todos os docentes nos Açores a manifestarem o seu mais vivo repúdio não somente pelo conjunto de medidas que o Governo da República visa implementar em 2011, mas também pela desconsideração de que têm sido alvo pela SREF. Não é só uma greve por razões nacionais, também é uma greve por motivos regionais. A SREF tem de pagar, de imediato, o que deve aos docentes dos Açores e retomar, com a boa-fé que se lhe exige por lei, à mesa das negociações para que seja devida e justamente alterado o Estatuto da Carreira Docente regional.

O Sindicato Democrático dos Professores dos Açores repudia veementemente as medidas que o Governo da República pretende implementar à pala da necessidade da redução do défice orçamental. Estas medidas constituem um violento ataque à administração pública e lesam gravemente os trabalhadores portugueses, porquanto impõem uma diminuição dos rendimentos e um aumento das despesas precisamente àqueles que, honestamente, com o seu trabalho e os seus impostos, contribuem para o desenvolvimento deste país.

O SDPA considera inadmissível que, uma vez mais, sejam os funcionários públicos os mais lesados pelas políticas económico-fiscais a que são totalmente alheios, através de medidas que se traduzem na redução do seu vencimento líquido, nomeadamente o aumento dos seus impostos e da comparticipação para a Caixa Geral de Aposentações, e a diminuição da sua remuneração base. Paralelamente, a administração pública verá reduzidas as comparticipações da ADSE, congeladas as progressões e as admissões, o que se traduzirá num aumento da precariedade laboral no nosso país.

E como se tal não bastasse, será também agravada a situação financeira das famílias portuguesas com o aumento do IVA, com a diminuição das deduções fiscais, nomeadamente as despesas com a saúde e a educação, com o congelamento das pensões, com o aumento da taxa de IRS e com a diminuição das prestações do abono de família.

Os trabalhadores portugueses não podem ser responsabilizados pela má gestão dos sucessivos governos, nem a administração pública pode ser continuamente o alvo para a resolução da crise nacional.

Mas os docentes dos Açores têm razões acrescidas para aderirem à greve do dia 24 de Novembro.

Tal como o SDPA denunciou, encontram-se em atraso mais de uma centena de actualizações de vencimentos relativas aos docentes que ingressaram na carreira no passado dia 1 de Setembro, bem como aos que progrediram recentemente. Estes docentes, que se encontram indevidamente a receber abaixo do vencimento a que têm direito, não têm qualquer garantia de quando receberão de acordo com a sua tabela salarial, nem tão-pouco que tal ocorrerá ainda neste ano civil. Se assim não for, correm o sério risco de serem duplamente penalizados, se tais pagamentos forem sujeitos às medidas de redução dos vencimentos e do aumento dos impostos e das comparticipações para a CGA que o Governo da República pretende aplicar à função pública em 2011.

Mas o desrespeito da SREF vai mais longe – está expresso no completo incumprimento de todos os prazos negociais relativos à alteração da estrutura da carreira docente. A SREF tem vindo a adiar, sucessivamente, o processo negocial que visa equiparar o topo da carreira docente, nos Açores, ao topo da carreira técnica superior da administração pública. Já a 30 de Setembro de 2009, o SDPA tinha exigido a revisão da estrutura da carreira docente regional, à semelhança do que acontecera no Continente, mas a SREF tem-se esquivado a tal negociação, incumprindo com o calendário a que se comprometeu com este Sindicato, não nos fazendo chegar, até à presente data, qualquer contra-proposta à apreciação que o SDPA lhe apresentou no passado dia 29 de Setembro, e que deveria ter sido apresentada, no final do passado mês de Outubro.

Na ronda de plenários que o SDPA realizou, no passado mês, em todas as ilhas dos Açores, os professores e os educadores foram unânimes – há que rever, com urgência o Estatuto da Carreira Docente para a RAA – e exigem:
- Uma carreira sem discriminações, com a duração máxima de 34 anos;
- A redução da componente lectiva para todos os ciclos e níveis de ensino, por idade e tempo de serviço;
- O aumento das remunerações dos contratados;
- O direito ao usufruto do Estatuto do Trabalhador- Estudante;
- A licença para amamentação sem limitações na componente lectiva;
- A desburocratização da avaliação do desempenho.

Os professores e os educadores dos Açores encontram-se a ser vilipendiados pela detentora da pasta da Educação, na Região, e exigem o imediato retomar do processo negocial que lhes é de direito.

Está na hora de dizermos BASTA a estas políticas que desprestigiam, desconsideram e violentam a acção dos docentes da Região. Está na hora de, unidos, fazermos soar bem alto a voz daqueles que são os pilares na construção da Educação nos Açores.

Por estes motivos, o SDPA associa-se à greve do próximo dia 24 de Novembro e exorta todos os docentes nos Açores a manifestarem o seu mais vivo repúdio não somente pelo conjunto de medidas que o Governo da República visa implementar em 2011, mas também pela desconsideração de que têm sido alvo pela SREF. Não é só uma greve por razões nacionais, também é uma greve por motivos regionais. A SREF tem de pagar, de imediato, o que deve aos docentes dos Açores e retomar, com a boa-fé que se lhe exige por lei, à mesa das negociações para que seja devida e justamente alterado o Estatuto da Carreira Docente regional.


A Direcção, 15-11-2010

sábado, outubro 23, 2010

Touradas Património da Humanidade?

A TWO-HOUR KILLING (français)
Carregado por jeromelescure. - Ver outros videos animais


A Câmara de Angra do Heroísmo, nos Açores, já apresentou o pedido de classificação da Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade, revelou hoje Andreia Cardoso, presidente da autarquia.
Destak/Lusa | destak@destak.pt

A autarca, que falava na sessão de abertura do IX Congresso Mundial de Ganaderos de Toiros de Lide, a decorrer na Terceira, anunciou que está a decorrer o processo que visa a classificação da 'Festa Brava' desta ilha açoriana.
“Ao longo de 476 anos de história, estamos inquestionavelmente ligados aos toiros”, afirmou a presidente da Câmara, frisando que a festa taurina na Terceira “é um fenómeno”.
Nesse sentido, considerou que este congresso é “um momento importante para Angra do Heroísmo, para os Açores e para Portugal”, não só pelas questões que serão abordadas ao longo de três dias, mas também “como reforço da dinamização do turismo de congressos”.
Na mesa-redonda que se seguiu à sessão de abertura, onde foi analisada a situação económica das ganadarias, estiveram em discussão questões como a rentabilidade da ganadaria de lide, o papel das ganadarias no contexto económico da festa brava e a incidência de fatores políticos, administrativos e reguladores.
O presidente da Asociación de Ganaderías de Lidia, Eduardo Martín-Peñato, em Espanha, defendeu ser necessário “aumentar os rendimentos da participação dos criadores na economia geral da atividade taurina”, que representa em Espanha dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e movimenta anualmente cerca de 2500 milhões de euros.
Segundo Martin-Peñato, o rendimento anual dos ganadeiros espanhóis é na ordem dos 87 milhões, o que “não acontece em nenhum outro sector da economia”.
Em Portugal, o cenário das ganadarias “é pouco agradável” do ponto de vista económico, defendeu António Veiga Teixeira, salientando que "as ganadarias têm um peso económico quase nulo” e estão “incapazes de se defender devido a individualismos divergentes”.
Este ganadeiro português defendeu a necessidade de melhorar a qualidade dos espetáculos, que “não atraem patrocinadores nem geram lucros”.
António Veiga Teixeira considerou ainda que os espetáculos em Portugal não têm capacidade para se autopromoverem, “nem mesmo através da publicidade”, que considerou ser "inadequada" e “à moda do século XIX”.
Para inverter este quadro, apelou a uma maior dinamização e organização interna das ganadarias e associações, salientando que “existem perspetivas da divisão no mundo ganadeiro em dois grupos”.
Um seria o grupo dos “ganadeiros de sucesso”, que envolveria “empresários e toureiros” com uma série de interesses “externos à aficion”, enquanto o segundo incluiria “95 por cento das ganadarias portuguesas” e é um grupo que “pode perder dinheiro porque o único lucro que extraem é através das corridas e faenas”.

http://www.destak.pt/artigo/78200-festa-brava-da-terceira-candidata-a-patrimonio-imaterial-da-humanidade

quarta-feira, outubro 13, 2010


Rifão de Fernão Tanoeiro

Estou a lembrar-me agora
da história que me contava
um tio antigo
dizia ele nessa altura
olha sobrinho
meu amigo
entre a ratazana
e o cagalhão
há apenas
um intervalo sacana
é o primeiro-ministro
da nação

obrigado tio
está confirmada
a sua opinião.

Mário-Henrique Leiria, Novos Contos do Gin, Editorial Estampa, 2ª edição, Lisboa, 1978

Para saber mais:

http://www.google.com/imgres?imgurl=http://www.vidaslusofonas.pt/mario_h_leiria3.jpg&imgrefurl=http://www.vidaslusofonas.pt/mario_h_leiria.htm&usg=__SKIMMdFW-63RgjJa7JYb8YPz-bc=&h=286&w=207&sz=15&hl=pt-pt&start=11&sig2=t4uhjqOOSN-ILbEU6iFhOA&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=bwht3red4txWlM:&tbnh=115&tbnw=83&prev=/images%3Fq%3DM%25C3%25A1rio%2BHenrique%2BLeiria%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26client%3Dgmail%26rls%3Dgm%26tbs%3Disch:1&ei=rAe2TMXGIMyN4gaXtcSgDQ

domingo, outubro 10, 2010

Galinho da Madeira

segunda-feira, outubro 04, 2010

5 de Outubro - Homenagem a Alice Moderno


Uma vez que o dia 4 de Outubro é um dia útil, o Grupo pelo Bem Estar Animal dos Amigos dos Açores organizará no dia 5 de Outubro (feriado) pelas 10 horas uma visita ao Hospital Veterinário Alice Moderno, em Ponta Delgada, sito no campus do serviço de desenvolvimento agrário de São Gonçalo, para a qual se convidam todos os interessados a comparecer pelas 9h30 na entrada deste campus, junto ao Laboratório
Rregional de Engenharia Civil e entrada Norte da Universidade dos Açores.

Neste local pretende-se constatar os objectivos e missão deste Hospital Veterinário, bem como prestar uma pequena homenagem à mulher interventiva, poetisa e defensora dos animais que foi Alice Moderno.

sábado, outubro 02, 2010

Infoteca "Alice Moderno"


Este site tem por objectivo apoiar todos os amigos dos animais na sua luta por uma sociedade onde todos sejam respeitados, através da disponibilização de documentação diversa. É também uma homenagem à pioneira da defesa dos animais, nos Açores, Alice Moderno.

De entre as suas "estantes", destacamos as seguintes: Legislação (nacional e regional e autárquico), estudos (Ciências Naturais e Sociais), História, Materiais de Sensibilização, Maus Tratos., Politica(os) e touradas, etc.

A infoteca pode ser consultado aqui: https://sites.google.com/site/infotecaalicemoderno/


Boa consulta

sexta-feira, setembro 17, 2010

Por uma Nova Lei de Protecção dos Animais


ANIMAL avança com Iniciativa Legislativa de Cidadãos
” Por uma Nova Lei de Protecção dos Animais em Portugal”



Conheça as principais medidas que este Documento prevê

. Criminalização dos Maus-Tratos a Animais
. Proibição dos Rodeios
. Alteração do Estatuto Jurídico dos Animais
. Proibição das Touradas
. Proibição do Uso de Animais em Circos


Saiba o que pode fazer

Por favor imprima a petição que apoia esta campanha e recolha as assinaturas que puder (são precisas 35 mil)
Por favor imprima a declaração simbólica e recolha as assinaturas que puder (o máximo que conseguirmos)


Imprima a Petição – aqui


Imprima a Declaração Simbólica aqui

Leia o Documento na íntegra aqui


(Se desejar fazer download directo dos documentos, por favor clique com o botão direito do rato sobre o respectivo link, e escolha a opção "Guardar link como...".)

Fonte: http://www.animal.org.pt/animal_campanha17set.html

quinta-feira, setembro 16, 2010

Vamos à Luta


Manifesto

Não nos calaremos!
Não fomos nós quem fez esta crise.
Há outras soluções.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.


Desemprego acima de 10%, precarização generalizada, cortes em todos os apoios sociais e nos serviços públicos, ataque ao subsídio de desemprego, aumento da pobreza...Pode-se viver assim? Como aceitar sempre mais sacrifícios para vivermos sempre pior? Como chegámos aqui?

Os banqueiros e os especuladores jogaram com o nosso dinheiro: crédito fácil, especulação imobiliária, fraudes de gestão. Quando ficaram a descoberto, em 2008, não gastaram nada de seu. Chamaram os Estados e, dos nossos impostos, receberam tudo quanto exigiram. Então deram o golpe: com o dinheiro recebido a juros baixos, compraram títulos da dívida pública, a dívida do mesmo Estado que os salvou. Agora, o Estado, para pagar os altíssimos juros dos títulos da sua dívida, vai buscar dinheiro aos bolsos de quem trabalha: mais impostos, menos salário, cortes de todo o tipo, privatizações...

Estamos perante uma gigantesca transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos. Dentro de cada país. E dos países mais pobres da Europa para os países mais ricos - numa Europa submissa e agachada defronte dos mercados especuladores. Duas palavras enchem os nossos dias: "dificuldades" e "sacrifícios". São palavras para nos silenciar. Pois não nos calaremos. Não fomos nós, trabalhadores de toda a Europa, quem fez esta crise. Quem a fez foi quem nunca passa por "dificuldades" e recusa sempre quaisquer "sacrifícios". Foram os especuladores que nada produzem, os bancos que não pagam os impostos que devem, as fortunas imensas que não contribuem. Para eles, a crise é um novo e imenso negócio.

Agora que a desesperança se espalha, que a pobreza alastra e que o futuro se fecha, trazemos à rua o combate de uma solidariedade comprometida com os desfavorecidos. Há alternativas ao empobrecimento brutal da maioria da população. O projecto de um Portugal e de uma Europa num mundo que cresça com justiça social e prioridade aos mais pobres. Que defendam o emprego digno, os serviços públicos e os apoios essenciais para garantir o respeito por cada pessoa. Essa é a verdadeira dívida que está por pagar.

Vindos de muitas ideias e de muitas experiências, juntamo-nos pela igualdade e contra as injustiças da crise. Conhecemos as dificuldades verdadeiras de quem está a pagar a factura de uma economia desgovernada.

Não aceitamos a cumplicidade financeira da Comissão Europeia e do BCE no sofrimento e na miséria de milhões, não nos conformamos com um país que se abandona à pobreza, com uma sociedade que aceita deixar os mais fracos para trás.


Uma sociedade civilizada não protege a ganância acima do cuidado humano, o cuidado de um por todos e de todos por um.

Vamos quebrar o silêncio sobre as injustiças e as mentiras da crise.
Vamos à luta.
Vamos!

ligação: http://vamos2010.blogspot.com/

sábado, agosto 21, 2010

Sorte de Varas

quarta-feira, agosto 18, 2010

Touradas? Não, Obrigado!

domingo, agosto 15, 2010

Fogo destrói a Ilha da Madeira

sábado, julho 31, 2010

Terra Livre nº 23

Boletim digital do colectivo CAES, do mês de Agosto, dedicado à causa animal.

sexta-feira, julho 09, 2010


BOAS FÉRIAS PARA SI E PARA OS SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Aproximam-se as férias de Verão e com elas, todos os anos, o aumento do abandono dos animais de estimação. Isto acontece porque ao adquirir um animal de estimação não se pensou devidamente que tal é um compromisso que se assume para o resto da vida do animal.
Para evitar o abandono de animais, que é uma forma desumana e cruel de os tratar, o GBEA- Grupo pelo Bem-estar Animal dos Amigos dos Açores apela para que, ao mesmo tempo que faça umas férias felizes, não as transforme em pesadelo para os seus animais de estimação.
Assim, se não puder levar o seu animal consigo, opte por uma (haverá outras) das seguintes soluções para o seu tratamento:
- Peça a ajuda aos seus familiares ou amigos;
- Solicite os serviços de particulares ou de empresas que prestam apoio ao domicílio;
- Recorra aos serviços de hotéis para animais ou a clínicas veterinárias que ficam com os animais durante as ausências dos seus donos.

Açores, 9 de Julho de 2010

sexta-feira, junho 11, 2010

História da Água Engarrafada

sexta-feira, maio 28, 2010

Não permitamos que dinheiros da EU sejam usados para pagar a feira taurina das Sanjoaninas de 2010

Envie mails de proteste, com o texto abaixo ou outro que achar mais adequado para o seguinte endereço:
dacian.ciolos@ec.europa.eu
com conhecimento a:
roger.waite@ec.europa.eu, angra@cm-ah.pt, presidencia@azores.gov.pt
e cópia para:
acoresmelhores@gmail.com
Exmo Senhor
Comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural
(c/c ao Presidente do Governo Regional dos Açores e à Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heróismo)

Como é do conhecimento público, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (ou a empresa Municipal Culturangra) possui uma dívida que ascende a mais de 1,5 milhões de euros, a maior parte desta quantia destinada ao pagamento das touradas de praça que se têm realizado nos últimos anos aquando das Sanjoaninas.
Recentemente a comunicação social dos Açores informou que a próxima feira taurina, a ocorrer em Junho, irá custar cerca de 380 mil euros, sendo os prejuízos, com a mesma, avaliados em cerca 149 mil euros.

Através de notícia do Diário Insular, do passado dia 20 de Maio, foi divulgada a intenção da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo de recorrer a fundos europeus para suportar os prejuízos.
Vimos, junto de V. Exª denunciar esta situação e solicitar a intervenção de V. Exª. No sentido de impedir que as touradas inseridas na referida feira taurina ou outras sejam financiadas com fundos europeus, nomeadamente do programa LIDER, em nome de um pretenso desenvolvimento rural.
Com os melhores cumprimentos

(Nome)
(Localidade para os residentes em Portugal ou País)

domingo, maio 23, 2010

Na tomada de posse de José Sócrates

domingo, maio 09, 2010

Ilustre Terceirense critica touradas à corda


"Alfredo da Silva Sampaio (Angra do Heroísmo, 19 de Setembro de 1872 — Angra do Heroísmo, ?) foi um médico açoriano que se notabilizou como naturalista e fundador do primeiro posto de obeservação meteorológica na ilha Terceira. Publicou uma vasta obra sobre a história, a geografia e a história natural da Terceira.

Bacharel em medicina e cirurgia formado pela Universidade de Coimbra em 1888, foi guarda-mor da estação de saúde de Angra do Heroísmo, médico municipal e do Hospital de Santo Espírito da mesma cidade. Foi professor provisório do Liceu Nacional também de Angra do Heroísmo e eminente historiador que muito contribuiu para o conhecimento da História dos Açores" Fonte (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfredo_da_Silva_Sampaio)


(clique na imagem para aumentar)

domingo, abril 25, 2010


Cagamos para o Melo Antunes, para o Otelo e para o Vasco Lourenço. Se alguma coisa nos move em torno desta data não é a memória do capitão de Abril e do chaimite. Mas sim a de todas as pessoas que naquele dia saíram à rua, desobedecendo directamente às ordens difundidas pelas rádios. De todas as pessoas que a partir daquele dia e ao longo de mais de um ano fizeram dessas ruas o seu terreno de luta. De todas as pessoas que na ocupação de campos, casas e empresas demonstraram que a revolução não constituía uma quimera, mas sim uma prática diária. Dos patrões, caciques e bófias que foram encostados contra a parede. E se a memória resulta de uma reflexão presente não podemos deixar de nos lembrar das nossas vidas.

De como isto de sermos precários, de termos salários de merda, de não sabermos o que vai ser de nós, não é mais do que o resultado de derrotas acumuladas e da consequente usurpação de espaço e de tempo por parte de quem nos tenta dominar.

Recordamos esta data não pelo que foi, mas pelo que poderá ser.

Fonte: http://www.radioleonor.org/?p=558

NOTA- Este texto embora seja de 2009 não perdeu actualidade

segunda-feira, abril 19, 2010

O Heroí(?) Spínola

terça-feira, abril 06, 2010

Estrada junto à Praia de Água d'Alto à espera de intervenção



A inacção por parte dos sucessivos governos regionais é um sinal do desprezo pelas populações de um concelho.

A prioridade foi para a Fajã do Calhau?

sexta-feira, abril 02, 2010

Subcomandante Marcos

sábado, março 13, 2010

O Analfabeto Pilítico

domingo, fevereiro 07, 2010

Assina contra a incineração de resíduos

quarta-feira, janeiro 20, 2010

O Fim da Linha



domingo, janeiro 10, 2010


O mito do desenvolvimento sustentável

Rui Kureda

Nos dias de hoje praticamente todos, incluindo políticos de direita e empresas conhecidas por suas práticas destrutivas, afirmam defender o meio ambiente. Isso reflete, além de uma grande dose de hipocrisia, o fato de que já se tornou senso comum a constatação de que o planeta está em perigo. Assim, governos, instituições financeiras como o Banco Mundial, além de grandes corporações, tentam demonstrar seu compromisso com investimentos voltados para amenizar a destruição ambiental.

A idéia que todos eles defendem atende pelo nome de “desenvolvimento sustentável”, que se refere um desenvolvimento capaz de prover “as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Essa idéia é praticamente aceita por todos, e com base nela se realizam ações envolvendo governantes, capitalistas e ONGs ambientalistas, unidos em torno da defesa do meio ambiente. Mas essa definição é vaga, pois não está claro o que significa ‘desenvolvimento’ e que são essas “necessidades”. Além disso, tampouco nos diz como atingir tal objetivo.

Praticamente a sua idéia central, e expressa de maneira bastante clara, é a necessidade de uma utilização racional dos “recursos naturais”, que permita a manutenção do atual sistema econômico de uma forma ambientalmente equilibrada. Não há nada que se refira à necessidade de uma mudança ou transformação da realidade. E é por isso que essa noção pode ser incorporada ao universo de preocupações do capital, pois expressa a necessidade de impedir o esgotamento da sua fonte de matérias primas necessário para a produção de mercadorias e para expansão permanente de mercados.

A crítica de Leonardo Boff

O teólogo Leonardo Boff afirma que o próprio conceito é uma contradição em termos, pois “a categoria ‘desenvolvimento’ provém da área da economia dominante”, obedecendo “à lógica férrea da maximalização dos benefícios com a minimalização dos custos e do tempo empregado.” Já o termo ‘sustentabilidade’ “provém do âmbito da biologia e da ecologia, cuja lógica é contrária àquela deste tipo de ‘desenvolvimento’. Por ela se sinaliza a tendência dos ecossistemas ao equilíbrio dinâmico e se enfatizam as interdependências de todos, garantindo a inclusão de cada ser, até dos mais fracos”.

É também um equívoco, pois afirma “como causa aquilo que é efeito”. Portanto, “a utilização política da expressão "desenvolvimento sustentável" representa uma armadilha do sistema: assume os termos da ecologia (sustentabilidade) para esvaziá-los e assim mascara a verdadeira causa do problema social e ecológico (tipo de desenvolvimento) que ele mesmo é.”

O teólogo denuncia o caráter ilusório do conceito, uma vez que postula um desenvolvimento “que se move entre dois infinitos: o infinito dos recursos da Terra e o infinito do futuro. A Terra seria inesgotável em seus recursos. E o futuro para frente, ilimitado. Ora, os dois infinitos são ilusórios: os recursos são finitos e o futuro é limitado, por não ser universalizável”.

A essas observações, caberia também apontar o fato de que o conceito não aponta as raízes reais da devastação ambiental, ao remeter a discussão apenas para o plano da racionalização da apropriação dos recursos naturais, sem levar em conta que um sistema baseado na expansão contínua do capital é completamente desprovido de qualquer racionalidade. Podemos dizer que o ‘desenvolvimento sustentável’ é a grande utopia do capital. Mas uma utopia que não pode ser realizada, pelo simples fato de que a ordem do capital é a negação da sustentabilidade ambiental.

As políticas insustentáveis do ‘desenvolvimento sustentável’

Mas esse debate não é apenas teórico, pois a sua adoção determina tanto políticas governamentais quanto as ações e propostas da chamada ‘sociedade civil’, com impactos sobre o meio ambiente e a sociedade. É essa a política que tem sido implementada pelo governo Lula e pelo Ministério do Meio Ambiente. Os exemplos são muitos: licitação de florestas públicas para exploração comercial “sustentável”, o “manejo sustentável das florestas”, Plano Amazônia Sustentável, a política de licenciamento ambiental e as inúmeras Parcerias Público-Privadas, entre outros.

Infelizmente, o conceito vem ganhando força na sociedade. Muitas ONGs, movimentos sociais e organizações de esquerda embarcaram na ilusão de conciliar sustentabilidade ambiental e “desenvolvimento” capitalista. Com isso rebaixa-se a luta ambiental ao nível do conservacionismo e da política de mitigação de impactos.

Devemos, sim lutar para atenuar impactos. Devemos lutar pela conservação e preservação da natureza. Mas não como finalidades em si mesmas. São lutas imediatas de grande importância, mas são momentos de resistência que se somam a uma luta mais ampla de atingir uma sociedade realmente sustentável que só poderá se tornar realidade quando colocarmos uma pá de cal sobre este sistema predatório baseado na exploração do trabalho pelo capital.

Rui Polly

FONTE: REVOLUTAS
SITE: http://www.revolutas.net


PUBLICAÇÃO: 26/08/2009