quarta-feira, dezembro 26, 2007

A Poesia de J.Prévert

1

Empregado contra a vontade na fábrica de ideias
Recusei-me a marcar o ponto
Mobilizado mesmo assim para o exército das ideias
Eu desertei

2

Pai nosso que estais no céu…Ficai por lá!
Que nós,
Nós continuaremos na terra
Que por vezes é tão bonita.


Jacques Prévert, poeta francês (n. Neuilly-sur-Seine, 1900 - m. Ormonville-a-Petite, 1977)

Para saber mais consulte Pimenta Negra

domingo, dezembro 23, 2007

Quercus critica governante
e Vice-Versa


A Quercus considera que "só um milagre" pode evitar o encerramento da sede em São Miguel, alegando que o financiamento do Governo Regional deixou de surgir atempadamente, caso dos apoios estabelecidos por protocolo que, em 2006, foram transferidos a 12 de Dezembro, adiantou o dirigente Veríssimo Borges.
Contudo, a secretaria regional do Ambiente refuta "qualquer responsabilidade" pelo encerramento público nas instalações.
Em comunicado, garante que, em 2006, foi celebrado um protocolo de 20 mil euros, que não foi executado na totalidade, o que implica a reposição de três mil euros, verba que não foi devolvida. Em 2007 , foi dado outro apoio de 10 mil euros, adiantou a secretaria regional do Ambiente e do Mar. "Porque os dinheiros públicos não podem ser utilizados sem justificação, até ao completo esclarecimento financeiro, esta secretaria regional não está disponível para prestar outro tipo de apoios à Quercus-Açores", adiantou o comunicado.
Considerou, ainda, que os factos vão ser dados a conhecer ao Ministério Público.
Na resposta, Veríssimo Borges adiantou que a Quercus tem "uma contabilidade organizada", embora admita que a organização deve cerca de três mil euros relativos a 2006.
Segundo Veríssimo Borges, a motivação da secretária regional Ana Paula Marques é difícil de entender. "Acho que é uma pessoa rancorosa e, finalmente, calhou-me a vez, e que quando toma de ponta, é do estilo buldogue", concluiu. ||
LUSA

PS- É o que dá viver acima das posses e dependente do estado.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Manifesto Neo-Verde

http://manuelrrocha.blogspot.com/


Fruto de um casamento de conveniência entre os burgueses que somos e os cidadãos que gostaríamos de ser, nasceu um híbrido: o neo-verde !

O neo–verde, é o prematuro-mutante-viável de uma tentativa desconseguida de compreensão do sentido da Vida. Prematuro, porque não sobrevive sem um sistema exterior de apoio – os média e os congressos de educação ambiental; mutante viável, porque resulta da evolução possível de quem tentou perceber os fundamentos da ecologia, mas percebeu mal !

O neo- verde tem formação média ou superior e encontra-se disponível em duas versões: light e hard ! O neo-verde light, proclama sempre que pode que é preciso salvar o planeta, compra as fitas do novel-Nobel pela internet e é assinante da National Geografic. O neo-verde hard, vai mais longe: só consome produtos com certificação ambiental e quando trocar de carro quer comprar um Honda-hibrido ( o Lexus está fora do orçamento ).

O neo verde é a personificação de todas as pseudo-certezas imaturas que atingem os pós-adolescentes tardios . Confunde sabedoria com conhecimento e não distingue conhecimento de informação. Por isso, acredita hoje no aquecimento global e amanhã há-de acreditar no arrefecimento global. O neo- verde é evolucionista desde o Big Bang e além disso conseguiu a proeza de simplificar para dois a complexa fórmula dos três R's – o entendimento neo-verde é que quem recicla, reduz !

Pode-se pois dizer que a cultura neo-verde se caracteriza por uma espécie de neo-provincianismo invertido. Explico: ele sabe exactamente o que é preciso fazer para salvar o planeta, mas não faz ideia de como se semeia um alho. No entanto, se colocado perante esta dificuldade, o neo-verde tem sempre a resposta pronta: " esse tipo de questão não é linear, tem contornos mais complexos e outro tipo de implicações, e por isso não deve ser abordada de uma forma simplista sem antes se proceder a uma avaliação integral de todos os impactos". E o alho, agradece!

O neo-verde não prescinde da janela panorâmica na marquise, mas quando tiver dinheiro quer equipá-la com vidro duplo. O neo-verde é consumidor de Actimel e está na expectativa de que brevemente a ciência torne biodegradáveis as respectivas garrafinhas. O neo-verde está em permanente dieta de hidratos de carbono, e por isso não vê inconveniente em que com trigo se produza etanol para os motores a gasolina.

Contrariamente ao demodé verde-contestatário, a personalidade neo-verde é por natureza conciliadora: acredita no valor do consenso como menor denominador comum para um futuro melhor, e pauta-se por princípios de uma saudável flexibilidade. Por exemplo: se tiver que optar entre qualquer questão verde e o cheque do fim do mês, o neo-verde encontra sempre forma de ficar com o cheque !


Ambientalmente falando, o neo-verde é ejaculador precoce, isto é, anda sempre tão excitado com a questão que ao mínimo estimulo debita verdura, deixando o interlocutor sempre insatisfeito. Exemplo: o neo-verde é exímio em conceitos éticos, mas chega sempre atrasado às reuniões.

Para além disso o neo- verde tem bons hábitos sociais e hobbies sustentáveis, tipo sócio de um moto clube que promove passeios de natureza. Assim, num fim de semana soalheiro, procura um pendura tão verde-alface quanto possível, e vão em caravana ver os golfinhos ao zoomarine ou ouvir os passarinhos ao sitio das fontes. Claro que se estiver de chuva, o neo-verde fará como o comum dos mortais: mete-se com a família no monovolume do pai e vai passar a tarde ao Fórum local. Foi exactamente numa dessas tardes em que arrastava indolentemente as solas recicladas pelos reluzentes pavimentos da catedral do consumo, que o neo-verde exultou com a novidade: acabava de ganhar o Nobel !!!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Diz-me com quem andas...


Entre os vários nomes, o documento de apoio à recandidatura de Carlos César (Presidente do Partido Socialista e do Governo Regional dos Açores) é subscrito por personalidades açorianas como Machado Pires, ex-reitor da universidade, Carlos Melo Bento (Ex-dirigente do PDA, ex- FLA?), Primitivo Marques (ex-dirigente do PSD ?), Costa Martins (Presidente da Câmara de Comércio de Ponta Delgada), Gomes de Meneses, Graça Silva, Mancebo Soares, Álamo Oliveira, Ribeiro Pinto, Victor Rui Dores e José Leovigildo Azevedo (ex- presidente da Câmara Municipal da Calheta de São Jorge, ex-dirigente do PSD).

sábado, dezembro 15, 2007

Querem que eu dê aulas!?...

Faço projectos, planos, planificações;Sou membro de assembleias, conselhos,
reuniões; Escrevo actas, relatórios e relações; Faço inventários,
requerimentos
e requisições;Escrevo actas, faço contactos e comunicações;Consulto ordens
de
serviço, circulares, normativos e legislações;Preencho impressos, grelhas,
fichas e observações; Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos,
planificações;Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e
encadernações;Participo
em actividades, eventos, festividades e acções;Faço balanços, balancetes e
tiro
conclusões; Apresento, relato, critico e envolvo-me em
auto-avaliações;Defino
estratégias, critérios,
objectivos e consecuções;Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas
redacções;Informo-me, investigo, estudo, frequento formações; Redijo ordens,
participações e autorizações;Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;E
mais
actas, planos, projectos e avaliações;E reuniões e reuniões e mais
reuniões!...E
depois ouço,alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,
observadores,
secretários de estado, a ministrae, como se não bastasse, outros
professores,e
a ministra!...Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;Assino, rubrico,
sumario, sintetizo, informo;Averiguo, estudo, consulto, concluo,Coisas
curriculares, disciplinares, departamentais,Educativas, pedagógicas,
comportamentais,De comunidade, de grupo, de turma, individuais,Particulares,
sigilosas, públicas, gerais, Internas, externas, locais, nacionais,Anuais,
mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?- Querem que eu dê aulas!?...


Paulo Filipe Macedo
Rua Ilha Terceira 44, r/c esq
9500-074 Ponta Delgada
(Rua Soares dos Reis, 245, 4400 V. N. Gaia)

(Recebido por mail)

domingo, dezembro 09, 2007

TOURADA: TORTURA NÃO É ARTE NEM CULTURA

Pela primeira vez desde 1948, a televisão estatal da Espanha (TVE) fechará o ano sem transmissões de touradas, seguindo uma recomendação do governo.
A medida está provocando discussões entre defensores dos direitos dos animais e partidários do evento, que pedem o boicote à emissora.
A direção da TVE justificou a decisão, alegando que falta verba e que os eventos eram mostrados em horários em que muitas crianças assistiam TV.
A tradição das transmissões de touradas é tanta que o próprio canal estreou precisamente transmitindo de uma arena há 51 anos, a pedido do ditador Francisco Franco.
A direção da emissora explicou que a medida foi tomada por várias razões, entre elas o custo - só entre 2000 e 2006 as transmissões de touradas custaram R$ 78 milhões.
"Transmitir ou não um evento dessas características depende de uns direitos de transmissão que nem sempre estão a nosso alcance", disse a diretora geral da TVE, Carmen Caffarel.
A outra razão é um convênio assinado por todas as emissoras nacionais no mês de março, se comprometendo a proteger os menores de conteúdos pouco apropriados para suas idades.
"Estamos cumprindo um acordo. Não é um veto às touradas", explicou Caffarel, lembrando que nos telejornais ainda aparecem notícias relacionadas com esses eventos.
A novidade acirrou a velha disputa entre quem adora ou detesta as touradas.
O deputado do Partido Verde Francisco Garrido disse que "os gastos e os conteúdos das transmissões de touradas não se justificam em um canal público, porque não têm lugar em código ético algum".
Já os partidários do que na Espanha é chamada de "festa nacional" estão sendo convocados a boicotar a emissora.
A rádio católica COPE, dirigida pela Conferência Episcopal, vem orientando os ouvintes em campanhas diárias para que deixem de assistir a TVE, para forçar a emissora a reconsiderar sua posição.
Intelectuais espanhóis também entraram na disputa. Em outubro, um grupo de artistas e escritores apoiou um abaixo-assinado organizado por 70 organizações de defesa de direitos dos animais.
Eles foram ao Parlamento pedir a abolição das touradas. A escritora Ruth Toledano disse que "a única diferença entre um holocausto humano e outro animal é que nós temos voz".
O abaixo-assinado reivindica ainda que seja eliminada do orçamento nacional a taxa de R$ 123, do imposto de renda de cada espanhol, que é investida em eventos de touradas.
Outras emissoras, no entanto, continuam transmitindo os eventos. Os canais públicos locais de Províncias como Madri, Valência e Andaluzia mantêm a programação com médias entre 20% e 30% de audiência.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil
© British Broadcasting Corporation 2006. Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem a autorização por escrito da BBC BRASIL

(extraido de http://bioterra.blogspot.com)

PS- Por cá, num capítulo do livro "Portugal Millenium Ecosystem Assessmént" um grupo de professores da Universidade dos Açores, num dos putativos cenários defende que "na ilha Terceira as tradições tauromáquicas são um pólo de desenvolvimento turístico". Estão no seu direito!

sábado, dezembro 08, 2007

Estratégia Regional de Educação Ambiental

Há poucos dias fiquei a saber, através de uma entrevista da Secretária Regional do Ambiente, que os Açores possuiam uma Estratégia Regional de Educação Ambiental. Ontem,tomei conhecimento que foi criada na ilha de são Miguel mais uma Ecoteca, desta vez no concelho da Lagoa.

Como nunca vi qualquer documento contendo a dita cuja e como até ontem nunca a sociedade açoriana tinha ouvido falar em Ecoteca da Lagoa, onde está a Estratégia?

Quanto a mim, embora nada tenha contra o Concelho da Lagoa e muito menos contra a entidade que a vai gerir, trata-se de um perfeito disparate, a não ser que esteja prevista, para breve, a instalação de uma ecoteca no Nordeste, outra na Povoação e outra em Vila Franca do Campo.

Pico da Pedra, 8 de Dezembro de 2008

Teófilo Braga

sábado, dezembro 01, 2007



Ontem estive em greve. Anteontem no meu local de trabalho pouca informação havia sobre a mesma. Os sindicatos, criados à imagem e semelhança dos partidos autoritários que nos governam ou já nos governaram parece que entraram na clandestinidade: não deram a conhecer a mesma nem a publicitaram como deviam.

Enfim, os sindicatos são a imagem da classe que dizem representar!