segunda-feira, maio 28, 2007

30 DE MAIO- GREVE GERAL, SIM OU NÃO?

Comunicado sobre a Greve Geral convocada pela CGTP

Apenas uma greve activa, ou seja organizada desde a base, pode ser instrumento eficaz de luta contra o poder do governo e patronato. Vem isto a propósito da greve geral decretada pela cúpula da CGTP para o próximo 30 de Maio. Com efeito, esta estrutura limitou-se a decidir, mais uma vez nas costas dos trabalhadores que diz representar, que se devia fazer greve em tal dia, como resposta a determinadas políticas do governo. A primeira coisa a perguntar é se essas mesmas cúpulas estão convencidas de que é assim que se mobiliza para a luta difícil e dura, os trabalhadores deste país. É evidente que não. É evidente que eles não são ingénuos ao ponto de pensarem que assim conseguirão mais do que um fracasso. Mas se for um fracasso camuflado, isso irá dar-lhes a aparência de adesão de que necessitam para depois reivindicarem a «representatividade» desses trabalhadores que aderiram à greve. Dessa maneira, terão maior capacidade de se manterem nas cúpulas – como têm feito, ao longo de vinte e mais anos, alguns deles - dando o recado ao governo de que ela (cúpula da CGTP) tem de ser ouvida para fazer passar a «pílula amarga» das medidas anti-sociais. É basicamente por isso que, lá do alto dos seus «tronos» sindicais, eles decretam a «ordem de greve» … e os trabalhadores que obedeçam! O conceito antiautoritário e sindicalista revolucionário de greve é o oposto. São os próprios, susceptíveis de fazer (ou não) greve, que têm de decidir. Assembleias de trabalhadores realizam-se nos locais de trabalho e todas as pessoas se pronunciam, sobre as formas de luta e sobre as suas modalidades de aplicação. Com esta luta decidida desde as bases, não apenas a greve terá muito mais adesão, como haverá uma mobilização constante, durante um período, o que em si mesmo já é um factor de pressão sobre o governo e o patronato. Então, a greve será um culminar, será realmente uma ruptura assumida conscientemente pelos seus protagonistas. A ameaça de continuação do movimento grevista, caso não haja um recuo do governo e da entidade patronal, em pontos muito concretos, tem de pairar no ar, tem de ser uma ameaça séria e credível. Os burocratas, que dominam o movimento sindical, quase nunca fazem reuniões nos locais de trabalho. Porém, é este um direito sindical, que corresponde a um dos direitos sociais conquistados logo a seguir ao 25 de Abril de 74. Seriam reuniões nas empresas, nos serviços ou nas zonas próximas, os locais mais próprios da tomada de decisão para greves ou outras formas de luta. Só assim haverá uma adesão plenamente consciente e só assim terá o trabalhador a convicção de que esta greve, por muito sacrifício que lhe traga no imediato, lhe trará vantagens no longo prazo. Porém, uma greve assim, como as estruturas burocráticas costumam decidir, decretada desde o alto, nunca irá alterar, sequer um pouco, a correlação de forças a favor dos trabalhadores: Os do governo ficarão a rir, pois os grevistas lhes farão poupar milhões no orçamento. Os capitalistas não irão também sofrer qualquer perda significativa. Mesmo que a greve fosse muito bem sucedida, seria somente como um dia suplementar de feriado. Sendo esta greve destinada a mostrar que os chefes da CGTP ainda conseguem ser obedecidos por umas dezenas de milhares de grevistas… vai haver -como habitualmente - contradição total entre as estatísticas apresentadas pela central sindical e pelo governo, incluindo a comunicação social, submissa ao poder político e aos grandes grupos económicos. A única forma revolucionária de responder perante greves decretadas do alto, é dizermos que nós - trabalhadoras e trabalhadores deste país - não somos reféns de ninguém, nem do governo, nem dos «chefes» das centrais sindicais. A nossa vontade é apenas dependente das tomadas de decisão colectivas, em assembleias onde possamos, em igualdade de circunstâncias, expor os nossos pontos de vista. Aí sim, se tal for a vontade das assembleias de trabalhadores, estaremos de acordo em apelar à greve e em implementar as condições para efectuá-la. Nós, AC-Interpro, Associação de base, de trabalhadores anti-autoritários e anti-capitalistas, não iremos pois apelar à greve nestas circunstâncias, salvaguardando no entanto a decisão individual dos nossos militantes, visto se admitir a hipótese de circunstâncias locais onde se possa realizar uma greve activa. Não apelamos à greve geral no dia 30 de Maio pois estaríamos a participar no engano, estaríamos a canalizar os trabalhadores para um beco sem saída, para mais uma derrota… Temos – antes de mais – que devolver os sindicatos aos seus associados e transformar profundamente o modo de funcionamento dos mesmos. Só assim os sindicatos poderão voltar a ser, de novo, instrumentos da luta de classes.
22-05-2007
A Comissão Administrativa da AC-Interpro

domingo, maio 27, 2007

O Tempo dos Bufos e das Bufas (ou o país que é uma flatulência na eminência de ser expelida)

autor: Rodrigo Sá (http://danialice.blogspot.com/)


Aconteceu num país europeu democrático:Um professor, dirigente de um sindicato, numa conversa particular com um colega, fez referência, em tom de piada, ao facto do primeiro-ministro daquele país ter uma formação duvidosa. Colega colega foi informar a presidente sindical lá da região. A senhora decidiu instaurar um processo disciplinar ao professor que fez a tal referência à formação do primeiro-ministro, e suspendeu-o imediatamente das funções que ocupava no sindicato.Em comunicado, a senhora explica que o processo prende-se com o facto de o primeiro-ministro a quem o professor se referia ser o primeiro-ministro de Portugal.Voltámos ao tempo dos bufos e das bufas. O nosso país europeu e democrático (?) está a tornar-se numa terra de lambe-botas, chulos e informadores. Estamos a voltar ao tempo da P.I.D.E., que felizmente não me lembro, mas segundo o que estudei em história (sim, porque no meu tempo aprendia-se que já tivemos um governo fascista), e segundo o que me contam os meus pais, atitudes destas era no tempo da P.I.D.E. e dos informadores.Outra deste maravilhoso governo democrático, é a criação de uma comissão para assinalar todos os grevistas da função pública, para mais tarde poderem fazer correctamente as estatísticas. Querem enganar quem? Se num dia avisam que quem fizer greve será penalizado na progressão da carreira, e no outro dia anunciam uma comissão de sinalização dos grevistas, o que pretendem? Na minha terra, e noutras, responde-se assim: Puta que os pariu. Para tirar trabalho à comissão, e a quem esteja interessado: vou fazer greve no dia 30 de Maio, e faço greve as vezes que me apetecer e achar que vale a pena lutar por uma carreira decente, com dignidade e justa.
Comentário: Eles(as) também andam por cá, por vezes disfarçados(as) de sindicalistas, ex-sindicalistas, progresssistas, (in) dependentes, jornalistas, blogoevangelistas, em suma, gente sem coluna vertebral.

sexta-feira, maio 25, 2007


segunda-feira, maio 21, 2007


ESTATUTO NÃO SERVE
Avizinhando-se a apreciação do Estatuto da Carreira Docente para os Açores pela Assembleia Legislativa Regional, o SDPA está a promover o abaixo-assinado «Por uma avaliação digna», no sentido de evidenciar a discordância dos educadores e professores quanto ao sistema de avaliação do desempenho que o Secretário Regional da Educação tenta impor.

Quem diz que é pela rainha

Quem diz que é pela rainha
Nem precisa de mais nada
Embora seja ladrão
Pode roubar à vontade
Todos lhe apertam a mão
É homem de sociedade
Acima da pobre gente
Subiu quem tem bons padrinhos
De colarinhos gomados
Perfumando os ministérios
É dono dos homens sérios
Ninguém lhe vai aos costados

José Afonso

sábado, maio 19, 2007

Professor de Inglês suspenso de funções por ter comentado licenciatura de Sócrates

Mariana Oliveira
Público

Trabalhava há quase 20 anos na DREN. Em causa está um comentário jocoso sobre a polémica em volta da licenciatura do primeiro-ministro na Universidade Independente

Um professor de Inglês, que trabalhava há quase 20 anos na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), foi suspenso de funções por ter feito um comentário – que a directora regional, Margarida Moreira, apelida de insulto – à licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates.

A directora regional não precisa as circunstâncias do comentário, dizendo apenas que se tratou de um «insulto feito no interior da DREN, durante o horário de trabalho». Perante aquilo que considera uma situação «extremamente grave e inaceitável», Margarida Moreira instaurou um processo disciplinar ao professor Fernando Charrua e decretou a sua suspensão. «Os funcionários públicos, que prestam serviços públicos, têm de estar acima de muitas coisas. O sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal», disse a directora regional, que evitou pormenores por o processo se encontrar em segredo disciplinar. Numa carta enviada a diversas escolas, Fernando Charrua agradece «a compreensão, simpatia e amizade» dos profissionais com quem lidou ao longo de 19 anos de serviço na DREN (interrompidos apenas por um mandato de deputado do PSD na Assembleia da República).

No texto, conta também o seu afastamento. «Transcreve-se um comentário jocoso feito por mim, dentro de um gabinete a um “colega” e retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente, pinta­‑se, maldosamente de insulto, leva-se à directora regional de Educação do Norte, bloqueia­‑se devidamente o computador pessoal do serviço e, em fogo vivo, e a seco, surge o resultado: “Suspendo-o preventivamente, instauro­‑lhe processo disciplinar, participo ao Ministério Público”», escreve.

A directora confirma o despacho, mas insiste no insulto. «Uma coisa é um comentário ou uma anedota, outra coisa é um insulto», sustenta Margarida Moreira. Sobre a adequação da suspensão, a directora regional diz que se justificou por «poder haver perturbação do funcionamento do serviço». «Não tomei a decisão de ânimo leve, foi ponderada», sublinha. E garante: «O inquérito será justo, não aceitarei pressões de ninguém. Se o professor estiver inocente e tiver que ser ressarcido, será.»

Neste momento, Fernando Charrua já não está suspenso. Depois da interposição de uma providência cautelar para anular a suspensão preventiva e antes da decisão do tribunal, o ministério decidiu pôr fim à sua requisição na DREN. Como o professor, que trabalhava actualmente nos recursos humanos, já não se encontrava na instituição, a suspensão foi interrompida. O professor voltou assim à Escola Secundária Carolina Michäelis, no Porto. O Público tentou ontem contactá-lo, sem sucesso.

No entanto, na carta, o professor faz os seus comentários sobre a situação. «Se a moda pega, instigada que está a delação, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia».

extraído de Informação Alternativa (http://infoalternativa.org/portugal/port163.htm)

quinta-feira, maio 17, 2007


XXXX XX XXX XXXXXX?


X XXXXXXXXXXX, XXXXXX XXXXXXX XX XXXX XX XXXXX, XXXXXX-XX XX XXXX XX XXXXXXXXX XXXXXXX, XXXXXXXXXX, XXXXXX XX XXXX, XXXX X XXXXXXXX...?





sábado, maio 12, 2007

XXXXXXXXXX XXXXXXXX XX XXXXX?

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

domingo, maio 06, 2007

BOA NOTÍCIA- O DESAPARECIMENTO DO LIMBO

Hoje, foram as más notícias dos resultados das eleições em França e na Madeira. No 25 de Abril foram os ataques aos anti-autoritários que se manifestavam. É o polvo a crescer, é a besta do fascismo a por as garras de fora.

Apenas uma boa notícia: o desaparecimento do limbo.