quarta-feira, novembro 26, 2008

CADEP

O CADEP- Colectivo Açoriano para a Defesa da Escola Pública é um movimento de professores que tem como principais fins a defesa de uma escola pública democrática, de qualidade e de sucesso e a dignidade da profissão docente.

O CADEP não pretende substituir as organizações já existentes, sejam elas de carácter cívico, sindical ou partidário. Pelo contrário, é seu objectivo promover a união de todos os que estejam disponíveis para a defesa da Escola Pública e da qualidade do ensino.

Em profundo desacordo com o ECDRAA- Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, publicado no Diário da República no dia 30 de Agosto de 2007, o qual agravou a situação profissional de todos os docentes, prolongando a sua carreira, introduzindo um regime de faltas atentatório dos direitos de todos os trabalhadores e um inaceitável sistema de avaliação, o CADEP elege como tarefas imediatas a luta:

- pela revogação do Estatuto da Carreira Docente nos Açores (ECDRAA), publicado pelo Decreto Legislativo Regional nº 21/2007/A, de 30 de Agosto.

- em defesa de um sistema de avaliação formativo e participativo que valorize o efectivo desempenho dos docentes e pela imediata suspensão do modelo actual.

Teófilo Braga, Escola Secundária das Laranjeiras
Lúcia Ventura, Escola Secundária de Lagoa
Victor Medina, Escola Básica Integrada dos Biscoitos
Luís Filipe Fernandes Bettencourt, Escola Secundária Vitorino Nemésio
João Pacheco, Escola Básica Integrada da Ribeira Grande
Filipe Sancho, Escola Básica Integrada da Praia da Vitória
Rui Soares Alcântara, Escola Secundária de Ribeira Grande
Pedro Pacheco, Escola Secundária Antero de Quental
Mário Furtado, Escola Secundária Manuel de Arriaga
Célia Figueiredo, Escola Secundária das Laranjeiras
Helena Primo, Escola Básica Integrada Canto da Maia

sexta-feira, novembro 14, 2008

Avaliação do desempenho nos Açores: SDPA é o único Sindicato a exigir a sua suspensão



Na sequência de uma entrevista dada pelo Presidente do SDPA, Fernando Marques Fernandes, ao Diário Insular, eis o texto integral da notícia hoje publicada nesse jornal, esclarecedora sobre as posições dos Sindicatos e de Álamo de Meneses, quanto à avaliação do desempenho dos docentes nos Açores.

Centenas de professores subscreveram uma moção do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores que apela ao Governo Regional a suspensão da avaliação dos docentes.
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores, Fernando Marques Fernandes, disse ontem ao DI que a moção deverá ser entregue ao titular da pasta da Educação do próximo Governo Regional que será empossado terça-feira na Assembleia Legislativa.
De acordo com o texto da moção com a entrada em vigor do Estatuto da Carreira Docente dos Açores “foi imposto um modelo de avaliação do desempenho normativo, anual, burocratizado e que parte do princípio da desconfiança do trabalho dos educadores de infância e dos professores”.
Segundo o documento elaborado pela referida estrutura sindical, “este modelo de avaliação, que não passa de um sistema de notação funcional, realizada após o ano lectivo estar finalizado, sem qualquer cunho colegial e formativo e sem impacto na melhoria efectiva da prática docente, constitui-se como um instrumento administrativo de gestão das carreiras e das progressões dos docentes, penalizador e punitivo”.
Ainda de acordo com a moção, não houve formação dos avaliados e avaliadores e também não existe uma uniformização de procedimentos.
Adianta que o processo de avaliação “é burocrático e de uma imensa complexidade documental” e que os instrumentos utilizados “não contemplam a diversidade das funções docentes”.
Por seu turno, o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, Armando Dutra, considera que “é prematuro tomar qualquer posição sobre um processo que ainda está no início e que não terá efeitos este ano na carreira dos professores açorianos.
“Vamos aguardar para ver como o processo vai decorrer para depois tomar uma posição”, afirmou.
Entretanto, o secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, destacou o facto de a avaliação dos professores nos Açores ser diferente da que está a ser efectuada no continente.
Álamo Meneses referiu que o processo de avaliação não terá reflexos na progressão da carreira docente.
“É pena que haja sindicatos que em vez de olharem para o que de bom se passa nos Açores estejam mais interessados em seguir o que acontece no continente”, afirmou.


in Diário Insular
14/11/2008

Nota- Com sindicalistas pró-governo não são precisos sindicatos

segunda-feira, novembro 10, 2008

Manifestação de 15 de Novembro de 2008

quarta-feira, novembro 05, 2008

Uma Carta Aberta a Barack Obama
Entre a Esperança e a Realidade
Ralph Nader; 3 de Novembro de 2008

Caro Senador Obama:

Nos seus dois anos de campanha presidencial, as palavras “esperança e mudança”, “mudança e esperança” foram as suas expressões de marca. Há, no entanto, uma assimetria entre esses objectivos e o seu carácter político que sucumbe a centros de poder opostos que não querem “esperança e mudança” mas sim a continuação do statu quo do poder estabelecido.

Muito mais do que o Senador McCain, você recebeu contribuições enormes e sem precedentes da parte de interesses corporativos, interesses de Wall Street e, mais interessante, firmas de advogados de grandes corporações. Nunca antes um candidato Democrata a Presidente conseguiu tal supremacia sobre o seu oponente Republicano. Porque é que, para além dos seu voto incondicional a favor da entrega de 700 mil milhões de dólares a Wall Street, estão estes interesses de grandes corporações a investir tanto no Senador Obama? Será que o seu historial no Senado estadual, o seu historial no Senado dos EUA e o historial da sua campanha presidencial (a favor da energia nuclear, centrais a carvão, perfurações petrolíferas marítimas, subsídios empresariais incluindo a Lei de Mineração 1872 e evitando qualquer programa geral para perseguir a onda de crime corporativo e o empolado e dispendioso orçamento militar, por exemplo) mostrou que você era o homem deles?

Para avançar com mudança e esperança, a personalidade presidencial necessita de carácter, coragem, integridade – e não diligência, acomodação e oportunismo de vistas curtas. Veja, por exemplo, a sua transformação de um expedito defensor dos direitos palestinianos em Chicago, antes de concorrer ao Senado dos EUA, num acólito, um seguidor da linha dura do lóbi da AIPAC [Comissão de Actividades Políticas América-Israel], que sustenta a opressão militarista, a ocupação, o bloqueio, a colonização e as apropriações de água e território ao longo dos anos do povo palestiniano e dos seus territórios encurtados na Cisjordânia e Gaza. Eric Alterman fez um resumo de inúmeras sondagens na revista The Nation de Dezembro de 2007, mostrando que as políticas da AIPAC têm a oposição de uma maioria de judeus-americanos.

Você sabe muito bem que só quando o Governo dos EUA apoiar os movimentos de paz israelitas e palestinianos, que há anos atrás forjaram uma solução de dois estados (que é apoiada pelas maioria dos israelitas e dos palestinianos), haverá oportunidade para uma resolução pacífica para este conflito com mais de 60 anos. No entanto, você alinhou como os da linha dura, de tal modo que no seu infame e pouco dignificante discurso na convenção da AIPAC, logo depois de ter ganho as eleições dentro do Partido Democrata, você defendeu uma «Jerusalém não dividida» e opôs-se a negociações com o Hamas – o governo eleito em Gaza. Mais uma vez, você ignorou a vontade do povo israelita que, numa sondagem de 1 de Março de 2008 do respeitado jornal Haaretz, mostrou que 64% dos israelitas são favoráveis a «negociações directas com o Hamas». Estar ao lado da linha dura da AIPAC é aquilo que um dos muitos proeminentes palestinianos que advogam o diálogo e a paz com o povo de Israel estava a descrever quando escreveu «O anti-semitismo de hoje é a perseguição da sociedade palestiniana pelo estado de Israel».

Durante a sua visita a Israel neste Verão, você programou uns meros 45 minutos do seu tempo para os palestinianos, sem nenhuma conferência de imprensa, e sem visitar nenhum campo de refugiados palestinianos, o que traria o foco dos meios de comunicação sobre a brutalização dos palestinianos. A sua visita apoiou o ilegal e cruel bloqueio de Gaza,desafiando o direito internacional e a carta das Nações Unidas. Você focou as vítimas do sul de Israel que durante o último ano totalizaram 1 vítima por cada 400 palestinianos vitimados do lado de Gaza. Em vez de fazer uma declaração que condenasse toda a violência e a sua substituição por uma aceitação da proposta de 2002 da Liga Árabe de permitir um estado palestiniano viável dentro das fronteiras de 1967, em troca de relações económicas e diplomáticas entre os países árabes e Israel, você desempenhou um papel de político barato, deixando a zona e os palestinianos com um sentimento de muito choque e pouco assombro.

David Levy, um antigo negociador de paz israelita, descreveu a sua viagem sucintamente: «Houve quase uma obstinada demonstração de indiferença ao facto de haver aqui duas narrativas. Isto pode ser-lhe útil como candidato, mas não como Presidente».

O comentador palestiniano-americano, Ali Abunimah, sublinhou que Obama não balbuciou uma única crítica a Israel, «à sua impiedosa construção de colonatos e do muro, das restrições que tornam a vida insuportável a milhões de palestinianos. …Até a administração Bush criticou recentemente o uso por parte de Israel de bombas de fragmentação contra civis libaneses [ver www.atfl.org para mais informação]. Mas Obama defendeu o ataque de Israel ao Líbano como um exercício do seu “legítimo direito a se defender”».

Em numerosos artigos de opinião, Gideon Levy, escrevendo no Haaretz, criticou duramente o ataque do governo de Israel aos civis de Gaza, incluindo ataques «ao coração de um lotado campo de refugiados… com horrível chacina» no início de 2008.

O escritor israelita e defensor da paz – Uri Avnery – descreveu a presença de Obama perante a AIPAC como uma presença que «bateu todos os recordes de subserviência e bajulação», acrescentando que Obama «está preparado para sacrificar os mais básicos interesses americanos. No fundo, os EUA têm um interesse vital em conseguir a paz entre Israel e a Palestina que permita encontrar caminhos até ao coração das massas árabes desde o Iraque até Marrocos. Obama danificou a sua imagem no mundo muçulmano e hipotecou o seu futuro – se e quando ele for eleito presidente», afirmou ele, acrescentando, «De uma coisa eu estou certo: as declarações de Obama na conferência da AIPAC são muito, muito más para a paz. E o que é mau para a paz é mau para Israel, mau para o mundo e mau para o povo palestiniano».

Outra ilustração da sua falta de carácter é a forma como você virou as costas aos muçulmanos americanos deste país. Você recusou-se a enviar representantes para falarem com eleitores nos seus eventos. Tendo visitado numerosas igrejas e sinagogas, recusou-se a visitar uma única mesquita na América. Até George W. Bush visitou a Grande Mesquita de Washington D.C. depois do 11 de Setembro para expressar sentimentos de tolerância perante um grande grupo religioso de inocentes amedrontados.

Apesar do jornal New York Times ter publicado um artigo a 24 de Junho de 2008 intitulado “Eleitores Muçulmanos Detectam Desprezo da parte de Obama” (por Andrea Elliott), enumerando exemplos da sua aversão a estes americanos que vêm de todos os estratos sociais, que integram as forças armadas e que trabalham para viver o sonho americano. Três dias antes, o jornal International Herald Tribune publicou um artigo de Roger Cohen intitulado “Porque é que Obama Deveria Visitar uma Mesquita”. Nenhum destes comentários e relatos mudaram a sua atitude relativamente aos muçulmanos americanos – apesar do seu pai ser um muçulmano do Quénia.

Talvez nada tenha ilustrado a sua enorme falta de coragem política ou mesmo a versão mais suave deste comportamento do que a sua rendição a exigências da linha dura para proibir que o antigo presidente Jimmy Carter discursasse na Convenção Nacional Democrata. Esta é uma tradição para os antigos presidentes e um deles, Bill Clinton, teve este ano direito a ela no horário nobre.

Aqui estava um presidente que negociou a paz entre Israel e o Egipto, mas o seu recente livro que pressiona o dominante super-poder israelita a não fazer um apartheid aos palestinianos e a fazer a paz, foi o bastante para o pôr de lado. Em vez de um importante discurso à nação por parte de Jimmy Carter sobre este crucial problema internacional, ele foi relegado a uma volta em cima do palco e a um “tumultuoso aplauso”, seguido do visionamento de um filme sobre o trabalho pós-Katrina do Carter Center. Que vergonha, Barack Obama!

Mas o seu comportamento vergonhoso estendeu-se a muitas outras áreas da vida americana. (Ver a análise factual do meu parceiro de candidatura, Matt Gonzalez, em www.votenader.org). Você virou as costas a 100 milhões de americanos pobres onde se incluem pobres brancos, afro-americanos e latinos. Mencionou sempre a “classe média” mas omitiu, repetidamente, uma menção à América pobre.

Sendo eleito Presidente, terá se ser mais do que uma promoção de carreira sem precedentes depois de uma campanha brilhantemente sem princípios, que falou de “mudança” mas demonstrou uma verdadeira sujeição à concentração de poder das “supremas corporações”. Tem de ser sobre uma mudança de poder dos poucos para os muitos. Tem de ser uma Casa Branca presidida por um homem negro que não vira as costas aos oprimidos daqui e do estrangeiro, mas que desafia as forças da ganância, do controlo ditatorial do trabalho, dos consumidores e dos contribuintes, e da militarização da política externa. Tem de ser uma Casa Branca que transforme a política americana – abrindo-a ao financiamento público das eleições (através de aproximações voluntárias) – e permitindo que candidatos mais pequenos possam ter hipóteses de serem ouvidos em debates no cumprimento das suas liberdades civis agora restringidas. Chame-lhe uma democracia competitiva.

A sua campanha presidencial, uma e outra vez, demonstrou posições cobardes. Alguns dizem que a “Esperança” é a última a morrer. Mas não quando a “realidade” a consome diariamente.

Sinceramente, Ralph Nader

Fonte: CounterPunch

(Extraído de Informação Alternativa)

sábado, novembro 01, 2008


*Este ano salve um cagarro*

As associações Amigos dos Açores e Amigos do Calhau proclamam, este ano, o dia 1 de Novembro como o dia do cagarro.

O Cagarro (*Calonectris diomedea borealis*) é uma ave marinha muito abundante nos Açores, e é nestas ilhas que esta espécie nidifica. No fim de Outubro os cagarros juvenis, ao atingirem a plumagem e o tamanho adulto, são abandonados nos ninhos pelos progenitores e, movidos pela fome, lançam‐se ao mar, enfrentando vários perigos. Vamos ajudar o cagarro a seguir a sua rota.
Este ano salve um cagarro!

*Como salvar um cagarro*

Se encontrar um cagarro ferido ou desorientado:

- Prepare uma caixa de papelão e faça-lhe alguns furos.

- Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;

- Com uma camisola, casaco ou manta cubra o cagarro;

- Apanhe o cagarro, segurando-o pelo pescoço e cauda;

- Coloque o cagarro na caixa de papelão;

- Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;

- Na manhã seguinte, dirija-se a um local perto do mar;

- Solte o cagarro, deixando-o pousado no chão e afaste-se do local;

- Ao fim de pouco tempo, o cagarro começará a voar e encontrará o seu caminho.

*Atenção:*

- Não alimente o cagarro, para que ele não se habitue;

- Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;

- Não segure a ave pelas asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;

- Não force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.


No caso de querer participar alguma situação ou a localização de aves mortas pode ligar para:

- Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) Da sua área de reisdência (296306350 ou 961196202 - Ilha de São Miguel)

- Serviço de Ambiente da sua área de residência (296 206 785)

- Amigos dos Açores - Associação Ecológica (296498004 ou 9699866372)

- Associação Amigos dos Calhau (919978026 ou 9699866372)