sábado, maio 31, 2008

quarta-feira, maio 28, 2008

O POEMA POUCO ORIGINAL DO MEDO



O MEDO VAI TER TUDO

VAI TER OLHOS ONDE NINGUÉM O VEJA

MÃOZINHAS CAUTELOSAS

ENREDOS QUASE INOCENTES

OUVIDOS NÃO SÓ NAS PAREDES

MAS TAMBÉM NO CHÃO

NO TECTO

NO MURMÚRIO DOS ESGOTOS

E TALVEZ ATÉ (CAUTELA!)

OUVIDOS NOS TEUS OUVIDOS

AH! O MEDO VAI TER TUDO

(PENSO NO QUE O MEDO VAI TER

E TENHO MEDO

QUE É JUSTAMENTE

O QUE O MEDO QUER)

O MEDO VAI TER TUDO

QUASE TUDO

E CADA UM POR SEU CAMINHO

HAVEMOS TODOS DE CHEGAR

QUASE TODOS

A RATOS.



HÁ RATOS. E HÁ HOMENS E MULHERES QUE LUTAM. SEM MEDO.

ALEXANDRE O`NEIL
Mais um assalto na Gruta do Carvão : Ladrões roubaram tudo o que encontraram

A casa de apoio aos visitantes da Gruta do Carvão, em Ponta Delgada, foi novamente assaltada, o que acontece pela segunda vez este ano. Os ladrões levaram tudo o que encontraram pela frente. O local não tem vigilância, o que facilita os assaltos

A casa de apoio aos visitantes da Gruta do Carvão, em Ponta Delgada, foi novamente assaltada, o que acontece pela segunda vez este ano segundo anunciou ontem fonte da associação ecológica Amigos dos Açores, entidade gestora do monumento.
Segundo a mesma fonte, o assalto à Gruta do Carvão, que não tem vigilância, ocorreu na noite de 21 para 22 deste mês e, desta vez, os ladrões, que partiram o telhado de fibrocimento e de telha regional, entraram na casa para roubar um aparelho de som, um equipamento DVD, duas caixas de ferramentas, comando de projector, filmes usados na exibição e, ainda, dinheiro resultante das entradas cobradas. Além disso, roubaram um computador portátil, um computador desktop (com monitor, teclado e rato), uma máquina de calcular científica e um cabo de impressora multi-funções, material que já tinha sido roubado no assalto ocorrido em Janeiro último.
Ainda de acordo com os Amigos dos Açores, além do material furtado, o mais constrangedor foi verificar que toda a casa de apoio está vulnerável a este tipo de assalto. Uma situação que levou a associação ecológica a retirar do local todos os materiais de maior valor que ainda existiam no local para apoiar as visitas, como painéis expositivos, projector datashow, entre outros.
Recorde-se que a gruta do Carvão é o maior túnel lávico de São Miguel, que, todos os anos, recebe a visita de centenas de estudantes. Ainda recentemente, o presidente da Associação Ecológica "Amigos dos Açores", Teófilo Braga, referiu que os pedidos de escolas para visitas ao monumento natural regional têm vindo "a crescer de tal modo" que se têm registado "dificuldades em satisfazer todas as solicitações".
Situada na zona poente da cidade de Ponta Delgada, a gruta do Carvão tem uma extensão total de cerca de cinco quilómetros, sendo possível explorar, actualmente, cerca de 1.600 metros em três troços separados.
A gruta possui uma altura máxima de seis metros e uma largura que atinge os 13 metros.
A maioria dos grupos escolares que visitam a gruta provém da ilha de São Miguel (turmas das disciplinas de Ciências e Educação Física), embora também existam solicitações de escolas do continente e das comunidades de emigrantes, envolvidas em intercâmbios de alunos.
Acompanhados por um elemento da "Amigos dos Açores" ou do seu grupo de espeleologia, as visitas de estudo são realizadas a um dos troços da gruta, numa extensão de cerca de 700 metros, que se desenvolve sob antigos secadores de uma fábrica de tabaco, uma escola primária e parte das moradias de um bairro.
A Gruta do Carvão, originada por uma corrente de lava, mostra a formação da ilha e tem uma riqueza ímpar no que respeita à variedade de aspectos geológicos, estruturas e fenómenos típicos do vulcanismo basáltico efusivo.
Uma visita àquele espaço permite observar paredes estriadas, bancadas a vários patamares, canais sobrepostos e galerias ramificadas, estalactites lávicas, "bolhas de gás" e fendas de arrefecimento.

Autor: L.D. (Correio dos Açores, 28 de Maio de 2008)

segunda-feira, maio 26, 2008

sexta-feira, maio 23, 2008



Encuentro Social Alternativo al Petróleo ESAP Banner

terça-feira, maio 20, 2008

Congreso mundial del petróleo: NON GRATO

Se acerca el verano y, además de traernos sol y "buen tiempo", este año nos amenaza con la ocupación de la capital del Estado Español por un tenebroso lobby. Así, entre el 29 de junio y el 3 de julio, 4.000 delegados se reunirán en Madrid en el marco del Congreso Mundial del Petróleo. Tras este pomposo nombre se juntarán los representantes, voceros y cómplices del, probablemente, lobby más poderoso del Planeta (el petrolero), que en su seno recoge todos esos nombres que son símbolo de explotación de los Pueblos y la Naturaleza, de contaminación, de injerencia neocolonial, de estar en las trastiendas y en las vanguardias de una gran parte de guerras que asolan el mundo...

-Porque no estamos dispuest@s a aceptar que se omita a la ciudadanía que en el 50% de los países productores de petróleo aparecen tensiones y conflictos armados y en el 75% se cometen violaciones de derechos humanos. Un ejemplo: sólo en Bolivia la compañía Repsol impacta sobre 17 comunidades indígenas, impidiendo su derecho a la tierra y a su vida.

-Porque, al igual que nos movilizamos contra la guerra, queremos hacerlo contra uno de los principales lobbys impulsores de ellas.

-Porque nos parece de un cinismo alarmante que, mientras el Gobierno español habla de compromiso contra el cambio climático, participe e impulse este "Congreso" de devastadores del Medio.

-Porque no queremos que nos sigan mintiendo, pues a pesar del lustroso lema de su Congreso -"Suministrar energía para un mundo sostenible"-, la dependencia del petróleo y la rapiña de su industria, atrapan al mundo en un laberinto de gravísimos problemas sociales, políticos y ambientales: no hay sostenibilidad, ni futuro en el petróleo.

L@s abajo firmantes recogemos y apoyamos la iniciativa de los Movimientos Sociales de nombrar a este conciliábulo como "CONGRESO NON GRATO" para la ciudadanía y solicitar a sus responsables que dicho evento no venga ni a Madrid ni a ninguna otra parte. Porque no queremos más sangre por petróleo.

domingo, maio 18, 2008


Hoje como há 40 anos

sexta-feira, maio 16, 2008

O ÓBVIO E O OBVIAMENTE OBVIADO


É óbvio que o dinheiro, quanto à natureza, em nada se distingue da palavra. Tal como a palavra, a moeda é uma convenção. Só tem valor para quem lhe dá valor. Validação que se garante, em primeira e última instância pela individual utilização e assunção mas que não nasce nem morre em cada um. E por cada um perpassa activamente na medida de idêntica validação pelo outro e pelos outros. É uma convenção, um acordo, socialmente creditado. Veja-se a experiência recente da circulação dos euros. Experimentem usar uma nota de dez mil escudos a ver se vo-la aceitam, mesmo numa compra de pouca monta! Devolvem-na como coisa sem valor!
Se pela natureza são idênticas, a moeda e a palavra distinguem-se ambas pela substância. Tanto material como semântica. Materialmente diferente porque a palavra é som ou escrita enquanto o dinheiro é metal, papel ou disponibilidade electrónica. Semanticamente diferente pois enquanto a substância da palavra reside na interacção da matéria significante com o referente ou quadro de referência, a moeda ganha efectivamente substância com a força de trabalho disponível e as condições de vida existentes. De nada serve ter dinheiro e comida se não houver forças de a fazer chegar à boca. E de nada serve ter muito dinheiro e muitas e muito boas mãos se nada houver para comer! Não se come dinheiro, não se veste dinheiro, não se viaja no dinheiro. O dinheiro só tem sentido se houver meios de transporte, se houver roupas, se houver comida. O dinheiro é um objecto de interacção. Como tal é que o dinheiro se intromete no consumo e também como tal intervém na decisão quanto ao que se quer transformar e produzir. E só nessa medida!
Até ao fim do antigo regime (monarquias absolutas) o dinheiro tinha uma circulação reduzida no dia a dia duma população maioritariamente rural em condição de servidão para com um clero que concentrava a erudição e uma nobreza que monopolizava as armas. O dinheiro nessa altura mediava as grandes circulações internacionais de mercadorias e validava ou invalidava poderes de estado que os movimentos de massas e a vitória das armas iam determinando ou indeterminando.
Com a revolução burguesa, com a assunção da força de trabalho como mercadoria de excepção num mercado de homens livres espoliados de tudo o mais, o dinheiro fica fêmea, como se costuma dizer. O dinheiro multiplica-se. O dinheiro deixa de ser um instrumento estritamente indexado ao ouro para as grandes trocas controladas pelos mercadores. Deixa de ser um factor de ostentação para a nobreza. Deixa de ser alavanca poderosa no processo de concentração do poder real. Pelo contrário. Os reis são depostos, a igreja perde o poder temporal (o poder dos bens terrenos) e a nobreza é esvaziada de qualquer efectiva importância nas decisões da república ou das monarquias constitucionais.
Com a revolução burguesa a exploração do homem pelo homem requintou em preciosismo e ludíbrio. À luz das belas palavras de “Igualdade, Fraternidade, Liberdade”, os operários e os camponeses trabalhavam do nascer ao pôr do sol, dos seis anos até falecerem pelos trinta anos de exaustão e fome, os trabalhadores eram reprimidos e assassinados por reivindicarem oito horas de trabalho diário, enquanto por toda a Europa, e por todo o mundo “civilizado”, se multiplicavam casa ricas e novos palácios com criadas e criados a garantir o maior conforto aos seus proprietários.
E ai daquele ou daqueles que se quisessem opôr a tal moralidade contraditória, tanto tudo se sustentava na mesma ilusão e no mesmo vício.
Com o triunfo burguês não é mais o ouro das minas que faz cunhar moeda. A moeda passa a cunhar-se em função do aumento exponencial de força de trabalho, de bens produzidos e da circulação monetária que tal comércio impunha. A revolução industrial concentrou recursos nunca vistos até então em época nenhuma anterior da história da humanidade. E continuamos a assistir a um extraordinário multiplicar de realizações, de descobertas e de interacções discursivas e monetárias.
O grotesco Sócrates e a corte de basbaques opinadores a passar por voz de todos são como aquele comandante que fazia crer navegar nas coordenadas e mergulhar o casco do navio nos números e não nas águas!
Os operários, os camponeses, os investigadores e cientistas, os professores e médicos, os advogados e condutores, os economistas e engenheiros, todos os que trabalham, pelo que fazem e criam e pelo que interagem são o oiro que valida o dinheiro e o critério que determina a quantidade em circulação!
O que justifica a crença imbecil no contrário? O que justifica a crença da dependência do trabalhador daquilo que ele próprio é criador e suporte? O que explica que energúmenos como Sócrates, Ferreiras Leite, Jerónimos, Louçãs, Cavacos, possam ter cobertura pública para os seus discursos da mais impúdica aberração, da mais confrangedora subversão da lógica discursiva, da mais irresponsável ingenuidade?
O que explica tudo isso? O que explica tudo isso é a diferença da ficção e da acção. Para muitos ainda é obviamente o sol que anda à volta da terra. Para muitos ainda é o patrão o garante do pão para a boca na casa do trabalhador. O que é verdade, mas só na medida em que ao patrão cabe uma tarefa necessária de organização (quantas vezes garantida também por quem trabalha!). E o sol, se tivermos como referência os nossos sentidos, é que se desloca no céu. Mas o facto de ser esta a realidade dos nossos sentidos isso não impede que na realidade cósmica seja o inverso. Assim também o facto de recebermos o salário do patrão não impede que o fenómeno económico seja exactamente inverso ao da evidência confirmada no dia a dia!
Pergunto-vos: sendo quem trabalha o suporte do dinheiro, que lógica tem o trabalhador entregar a tarefa de controlo e organização do dinheiro a quem com isso visa primordialmente roubar quem trabalhou?
Mais: se é a disponibilidade de força de trabalho e as condições de vida que substanciam o dinheiro, que consequências necessariamente decorrerão de se pagar a cada vez mais gente para não dispor da sua força de trabalho ao mesmo tempo que se contaminam culturas, se tombolizam indústrias, se pervertem empresas em todo o país?
Respondam-me, peço!



15 de Maio de 2008

Pedro Pacheco

segunda-feira, maio 12, 2008

El Norte llena el depósito de gasolina y vacía el estómago del Sur

El Norte, EE.UU., Europa, y más exactamente los países fuertes de ese gran mercado capitalista llamado Unión Europea, a partir de la finalización de la segunda guerra mundial, contruyen un sistema productivista y desarrollista basado en la esquilmación de recursos y materias primas de los países del Sur y la utilización de una energía muy barata (el petróleo) hasta la mitad de los años 70. Así sustentaron sus sistemas de Estados de Bienestar, donde el consumismo y los sistemas de transporte de vehículos a motor de gasolina, tanto para mercancías como para personas, se convierten en las señas de identidad del mejor de los mundos posibles: el capitalismo.

Cuando el Norte sufre las consecuencias de su propio sistema productivista/desarrollista, cambio climático, desertización, agotamiento de energías baratas, desigualdades sociales y territoriales, etc., y países del Sur emulan el modelo del Norte (China, India…) y también quieren “comer filete”, no encuentra mejor respuesta que externalizar dichas consecuencias a los de siempre, es decir al Sur, a cientos de países empobrecidos por su barbarie y criminalidad.

Ahora, y sin ruborizarse tan siquiera, sino desde la más fría racionalidad de la lógica económica, van a causar una nueva crisis alimentaria a más de treinta y tres países y serán los causantes del hambre de cien millones de personas. ¿Por qué más barbarie? Pues sencillamente porque hay que seguir llenando el depósito de gasolina de los del Norte y enchufar el aire acondicionado, ante el calor que parece que hace, y mucho.

Nuestro planeta (es un decir, porque los verdaderos dueños son cuatro: las multinacionales, los grupos financieros de inversión, los militares OTAN y políticos, entre ellos la Iglesia Católica), es finito y limitado: el 70 % de la superficie es agua y el 30 % tierra.

El agua como fuente directa de alimentos solamente proporciona el 6 % de las proteínas consumidas y un 2 % de las calorías. Algo más del 90 % del suministro de alimentos humanos proviene de los pastos y la tierra cultivada, que representa menos del 10 % de la superficie terrestre. Tanto los efectos de las fuerzas naturales (bien inducidas, bien deducidas), como los efectos de la actividad humana (modelos energéticos, modelos de producción, modelos de transporte, modelos de vida, etc.), reducen de forma exponencial el área de la tierra cultivable; la desforestación de los bosques reduce el área de vegetación y sus efectos negativos son directos en pastos, cultivos y medio.

Conclusión obvia: cuando la tierra es escasa, su explotación intensiva y productivista (máquinas) y se le angosta con mierda química (pesticidas, fertilizantes), la producción de alimentos disminuye, y además se produce de forma desigual y se reparte en función del poder, y, de éste, el Norte tiene mucho o todo, según vengan dadas . Y en última instancia, se invaden los territorios con nuestra “santa alianza democrática” (como en Irak).

Ni tan siquiera la denominada “revolución verde” (producir mucho por medios genéticamente modificados) ha resuelto nada del problema. Al revés, se ha especializado en monocultivos con búsqueda de rendimientos muy altos en dinero y no en cubrir necesidades, ha contribuido a la destrucción de la biodiversidad biológica y hace dependientes a los agricultores de grandes monopolios farmacéuticos propietarios de las patentes de semillas.

La Unión Europea decide que para reducir las emisiones y hacer algo contra el calentamiento hay que dedicar una parte de la tierra para la producción de plantas como base de los biocarburantes. Para el 2020 el objetivo es alcanzar el 10 % de uso de éstos en transporte. Y sus políticas comerciales, causantes del empobrecimiento de las agriculturas de los países del Sur (subvenciona a agricultores propios y financia la exportación de los excedentes agrícolas), siguen la senda de la profundización de la brecha entre quienes deben “llenar el depósito de gasolina todos los días”, los menos (el Norte), y quienes ni siquiera llenan el estómago, los más (el Sur), aunque si andan vivos, entre residuos sólidos y gaseosos y artilugios militares, seguro que lo llenan.

Los precios de los alimentos se han disparado por la acción del Norte: sus crisis financieras, sus mercados de divisas que juegan a la ruleta con las monedas “pobres”, sus multinacionales que roban, matan y roban más y matan mejor, sus productos agrarios desviados para producir energía barata, sus relaciones comerciales injustas, monopolistas e imperialistas, son las causas que explican que una masa de población de cien millones de personas vuelva a entrar en una crisis de hambre a muy corto plazo.

Si lo sumamos a la crisis de desnutrición permanente de 1.000 millones de personas, más las crisis de agua potable, infraviviendas, etc., nos encontramos con un mundo de desigualdad y horror que hace complicado seguir llenando el depósito de gasolina y encender el aire acondicionado, como si no pasara nada

Editorial Rojo y Negro 213

sábado, maio 10, 2008

CAPITALISMO... VERDE E SUSTENTABLE

ENRIQUE LÓPEZ



No sistema económico imperante a sustentabilidade resulta imposible. O capitalismo ten a necesidade imperiosa de medrar, de expandir o mercado e as actividades provintes do gran capital. Esta lóxica mercantil trae como consecuencias a destrución xeralizada do medio ambiente e a explotación dos “recursos humanos” e dos “recursos naturais”. Sen embargo, a realidade entra en colisión contra o sistema, o planeta terra ten uns límites físicos que fan dificilmente defendibles as teorías do crecemento infinito do capital. Os capitalistas xustifícanse nas solucións tecnolóxicas para facer fronte a esta realidade, mais as máquinas non están para frear a destrución do medio senón para “optimizala”.

O capitalismo na súa tendencia innata de perpetuarse adáptase ás novas condicións, e para iso, aprópiase e emprega calquera ferramenta que lle resulte útil. Así é como pode entenderse toda a parafernalia que hai detrás da sustentabilidade e do tan cacarexado desenvolvimento sostible. Agora téntase crear unha “contabilidade verde”, existe unha economía do medio ambiente que trata de introducir as externalidades ou “fallos de mercado” do sistema para poder, así resolvelas dende dentro do modelo (por exemplo a contaminación dunha empresa soluciónase pagando unha taxa ou multa). Ademáis para destruír unha montaña pola construcción dunha autoestrada ou dun parque eólico teremos que facer un estudo de “impacto ambiental”. Como colofón, xa podemos calcular monetariamente canto está disposto a pagar a sociedade por conservar un lugar como por exemplo as Illas Cies, para isto empregamos técnicas “novidosas” como a valoración continxente, prezos hedónicos, custes de viaxe, etc. que, mediante enquisas, chegan a calcular a nosa “disposición a pagar”.

En definitiva agora destruímos o planeta pero con control, empregando enerxías renovables e biocombustibles, nos países “ricos” claro!
A nivel máis cercano podemos observar con maior claridade as consecuencias do capitalismo na sociedade e no medio. A chegada do “progreso” a Galiza supuxo, e está a supor, a destrucción do territorio e a perda de multitude de prácticas tradicionais de coperación social e de convivencia coa natureza. As autoestradas, as infraestructuras, a chegada do TAV/AVE e os parques eólicos son algúns exemplos de para que empregan a terra e o mundo rural os que teñen o poder.

O despoboamento do rural galego, provocado polo propio sistema, fai que para poder alimentar ás persoas habitantes das cidades, teñamos que traer dos mares de prásticos os alimentos necesarios, é a chamada agricultura do petróleo. Ademáis prantamos cereais para producir carburantes “ecolóxicos” e, de paso, poder así especular co prezo dos mesmos.

A funcion económico-social dos bosques está obsoleta, xa non se apaña o toxo para darllo ós animais e facer abono. Tradicionalmente a materia orgánica voltaba a estes bosques por medio dos excrementos dos animais que pastaban neles, co que se pechaba o ciclo.

Agora os bosques están “sucios” e polo tanto temos que “limpalos” para así producir enerxía “renovable”, “valorizando enerxéticamente” (queimando) a “biomasa”, ...que viva o desenvolvimento rural!

En fin, a sustentabilidade non ten cabida dentro do capitalismo, isto é o primeiro que temos que ter claro para poder trocar a situación. As alternativas teñen que nacer dende fóra da racionalidade capitalista, ou estarán condenadas ó fracaso ou ó engolimento por parte do capital. Temos que decatarnos de que o sistema nos leva ó desastre e de que nos anula como seres humanos, somos “recursos” e “consumidores” das “necesidades” inducidas. O cambio ten que partir de cada individuo, sendo a autoorganización obreira, labrega e cidadá a solución para pararlle os pes a este monstro autodestructor antes de que sexa tarde.