terça-feira, março 27, 2007

EDP investe 10 M€ em projectos de eficiência energética

Por: Rita Paz

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/nacional/empresas/pt/desarrollo/752954.htmlA A EDP apresentou hoje o seu programa de acção para a promoção da eficiência no consumo de energia, denominado ECO, que inclui 12 projectos dirigidos aos clientes residenciais, comerciais, de serviços e indústria.Ao todo, vão ser aplicados 10 milhões de euros (M€) neste projecto, dos quais dois M€ serão investidos directamente pela EDP, ao passo que o restante montante é decorrente do plano de promoção de eficiência no consumo (PPEC), promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).Do total da dotação financeira do PPEC, a EDP ganhou 81% do total dos projectos em curso, representativos de cerca de 8,1 milhões de euros. "Ganhámos 81% dos projectos que estavam no curso, o que significa que a nossa quota de ideias é maior do que a nossa quota de mercado", afirmou António Mexia, na conferência realizada hoje no Museu da Electricidade, com o tema 'Eficiência Energética'.Para este responsável "todos temos de nos constituir como embaixadores (...) esta é uma questão que diz respeito a cada um de nós".O programa ECO é um programa integrado de iniciativas que visa mobilizar e ajudar os consumidores na adaptação de comportamentos energeticamente mais eficientes, revelou Jorge Cruz Morais, membro do Conselho e responsável pela área comercial da EDP.Entre as novidades previstas está incluída a instalação de 32 000 conjuntos de lâmpadas mais eficientes e balastros electrónicos às empresas, sendo o custo suportado a 100% pela EDP. Este programa dirige-se ao sector do comércio e dos serviços e as empresas terão de se candidatar.Para os clientes residenciais está prevista a distribuição porta a porta de 500 000 lâmpadas economizadoras. A EDP vai ainda comparticipar a compra de 6500 frigoríficos eficientes, reembolsando o consumidor num valor máximo de até 34,6 euros.Um autocarro vai também percorrer o país, durante 2 anos, com o objectivo de promover medidas de eficiência energética junto da população.A eléctrica nacional tenciona também desenvolver junto das escolas básicas um projecto de informação sobre a eficiência energética.Empresas como a ADENE, a Quercus, a Universidade de Coimbra, o Instituto Superior Técnico e o Instituto do Ambiente juntaram-se à EDP nesta promoção.Em Parceria com a Quercus, por exemplo, a EDP vai divulgar na Internet, a partir de 29 de Junho, uma base de dados com os modelos de equipamentos mais eficientes no mercado."Quantos mais parceiros a EDP tiver para promover a eficiência energética, melhor", referiu Jorge Cruz Morais.O impacto global do programa vai ter um Eco muito significativo, permitindo reduzir em 150 mil toneladas as emissões de CO2 para a atmosfera nos próximos anos, e economizar mais de 400 mil MWh de energia, o que equivale ao consumo médio anual de mais de 100 mil famílias portuguesas, salienta o mesmo responsável.

XXX XX XXXX-XX, XXXXXXX-XX XXXX X XXXX XX XXXX-XX XXXX X XX.

sábado, março 17, 2007


A Mãe do Bode

terça-feira, março 13, 2007

Umoutro Sindicalismo

Diferente de um sindicalismo invertebrado ou corrupto.

http://www.youtube.com/watch?v=gvxQrBA_6lk

quinta-feira, março 08, 2007

Al Gore, o novo tele-evangelista

Está nas bancas o DVD do documentário “Uma Verdade Inconveniente” apresentado por Al Gore e premiado recentemente com um óscar. Utilizando os seus contactos privilegiados, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos da América apresenta o problema do aquecimento global de forma clara e precisa, dando-nos um instrumento importante para despertarmos consciências adormecidas. Aconselho, portanto, o seu visionamento a todos os que pretendem informar-se melhor sobre as consequências da emissão de Gases de Efeito de Estufa na atmosfera para a vida na terra.Dito isto, temos que esclarecer um ponto: Al Gore não é um ecologista. Tal como Bill Clinton, trata-se apenas de alguém que conseguiu atingir um estatuto que lhe permite viajar pelo mundo num jacto particular e cobrar 200 000 dólares por uma conferência onde os jornalistas (que também pagam generosamente pela sua comparência) são impedidos de fazer perguntas ou de o interpelar. Os milhões que consegue angariar nestas conferências servem para financiar a sua vida de luxo: segundo o Tenesee Center for Policy Research a sua maior mansão (Gore tem três), localizada em Nashville, consome mais de 20 vezes electricidade que a média nacional americana, registando ainda um consumo extravagante de gás natural.A estas acusações, Gore responde que anula o impacto negativo do seu estilo de vida no meio ambiente investindo em mecanismos de compensação das emissões, seguindo a lógica neo-liberal presente no comércio de emissões ao abrigo do Protocolo de Quioto. Gore está, portanto, a se coerente com os seus princípios. A sua mensagem baseia-se na ideia de que o aquecimento global pode ser travado dentro do actual modelo civilizacional. Não há necessidade de lutar contra o consumismo, os interesses dos grandes industriais, a utilização desenfreada do automóvel ou o esbanjamento de recursos naturais. Tudo o que temos que fazer é tomar algumas simples medidas, sugeridas no sítio do filme, como usar lâmpadas de poupança ou reduzir a utilização do automóvel. Caso as nossas emissões de dióxido de carbono (CO2) sejam realmente elevadas, podemos sempre redimir-nos dos nossos pecados comprando direitos de emissão.Al Gore é assim hoje o rosto visível de um negócio multimilionário montado em torno da pretensa defesa do meio ambiente, aproveitando-se da ingenuidade dos ambientalistas. Não o preocupa as consequências ecológicas das múltiplas guerras que apoiou enquanto vice-presidente (listagem aqui), ou o efeito das radiações provocadas pelo bombardeamento massivo do Iraque e da Jugoslávia com bombas de urânio empobrecido (descrito neste vídeo do exército dos EUA). Não o preocupa que o mundo dito civilizado se encontre de tal forma dependente do petróleo que gaste biliões de dólares em políticas neo-colonialistas para controlar este precioso recurso. Não o preocupa a pobreza extrema em que se encontra 2/3 da população mundial ou o facto de os países mais pobres serem forçados a recorrer a tecnologias poluentes para suprirem as suas necessidades energéticas. O novo tele-evangelista apenas se preocupa em juntar o Jet-7 em encontros milionários ou em promover mega-eventos como o “Live Earth”, que juntará artistas em nos sete continentes (incluindo a Antártida!), sem se preocupar com a pegada ecológica dessas iniciativas.É contra esta visão reducionista do problema do aquecimento global que o jornalista do “Guardian” George Monbiot escreveu o livro “Heat: How to Stop the Planet Burning”. Podem encontrar um resumo do livro no sítio oficial.
(Texto publicado originalmente no Ecoblogue do Blocomotiva).