domingo, fevereiro 29, 2004

Fotos- denúncia

Veja em www.fotolog.net/teobraga

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Ambiente ou Metade do Ambiente

Dedicado a todos os meio ambientalistas, ecologistas de alcatifa e fundamentalistas do cifrão.

“Uma das searas gravemente atacadas por todas as espécies de ervas más, parasitas, sugadoras da seiva, ocupadoras do território indispensável ao crescimento das boas plantas, é a do Ambiente.

Não há discurso político, projecto económico, artigo de jornal, programa de televisão, que não inclua objectiva ou subjectivamente “uma alta preocupação” pelo ambiente ou, na maior parte das vezes, pela sua metade o “meio ambiente”.
O próprio uso da palavra “meio” é já o reflexo de uma atitude inconsciente, de reserva ou de medo, que evita abarcar o todo. A seara fica logo gravemente afectada à partida e diminuída na sua complexidade e potencialidade produtiva.

O uso, o abuso e o mau uso da palavra, neste caso Ambiente, gera uma cacofonia sem nexo e desmotivadora. A repetição de um som é tão molesta como a desordem ou a alta intensidade sonoras, pelo que, quando se deseja retirar um conceito de domínio público e da consciência individual e colectiva, o método é repeti-lo até à exaustão. A publicidade conhece bem este processo e o que se passa com a palavra Ambiente é paradigmático.

A “muleta” ambiente é hoje indispensável à “solidez” do discurso político, seja ele do poder ou do contra-poder. Com tal usura perdeu a força que deveria ter, dominada que foi pelo joio dos interesses, da mentira, da pseudo preocupação pela adequada “gestão solidária” dos bens da terra.”

José de Almeida Fernandes

domingo, fevereiro 08, 2004

TOCA A DESPACHAR

Região Antónima da Macarronésia

ESCOLA EB MAS POUCO


Atendendo a que o despacho anterior foi muito bem recebido pela comunidade escolar; Atendendo a que importa alargar o público alvo abrangido;
Considerando que adoro despachar;
Despacho o seguinte:

1- A bem da democracia escolar, qualquer aluno do ensino básico, mesmo que tenha 60 anos de idade, está impedido de integrar qualquer lista para a associação de estudantes;
2- Está vedado, aos decentes, tirar fotocópias de revistas ou de outras publicações não directamente relacionadas com a decência. Constituem excepção jornais da bola, revistas como a maria ou a cláudia e todas as outras de lavores;
3- A fim de não danificar os livros escolares recomendados e adoptados, aconselha-se o abuso de fichas de trabalho, mesmo que as ditas tenham mais de 15 anos;
4- Os estagiários, que recentemente passaram a ser simples alunos, deverão fazer os trabalhos de casa dos filhos dos orientadores, desde que os mesmos se encontrem em idade escolar. Caso aqueles tenham menos de 2 anos de idade, deverão os estagiários, sempre que lhes for possível colaborar na mudança das fraldas;
5- Alunos e representantes dos pais deverão participar da avaliação dos decentes, emitindo o seu parecer em Conselho Pedagógico.

Com excepção do ponto 4, que tem efeitos retroactivos a 1 de Setembro de 1985, todos os restantes pontos entram imediatamente em vigor após a publicação deste despacho na folha de couve escolar.

O(a) Presidente(a) do Conselho Paralizado
MUITAS FELICIDADES

Depois de mais de 10 anos de dedicação e trabalho em prol da defesa, musealização e, ultimamente, classificação da Gruta do Carvão, fiquei chocado com a decisão do Secretário Regional do Ambiente (?) de excluir aquela cavidade vulcânica de um conjunto de grutas que foram recentemente classificadas como Monumento Natural.

Atendendo a que membros dos Amigos dos Açores participaram na preparação do processo que conduziu à classificação em causa; Atendendo a que na discussão pública que antecedeu a classificação, ninguém se manifestou contra;

Não se percebe por que foi excluída aquela gruta. Motivos político- partidários?

De qualquer modo, se o responsável foi o Secretário Regional do Ambiente, desejo-lhe muitas felicidades e um feliz regresso à sua vida profissional. Pelo contrário, se a decisão é do governo no seu todo, faço votos de um rápido e feliz regresso à oposição.