sexta-feira, junho 21, 2024

Crianças nas touradas? Não!


Exma. Sra. Rosário Farmhouse
Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens

Queremos alertar para uma situação de evidente perigo físico para crianças e jovens e de clara violação dos Direitos das Crianças a acontecer em próximos eventos, agendados pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (Açores), no âmbito das suas festas municipais, relacionados com a tauromaquia.

Está agendada para o dia 26 de Junho, às 10h, na Praça de Touros Ilha Terceira, um “Espectáculo Taurino para Crianças e Idosos”, também anunciado como “Aula Prática de Tauromaquia”. Neste evento, destinado a crianças, está anunciada a presença de um cavaleiro, um grupo de forcados e um bezerrista.

No dia seguinte, 27 de Junho, às 12h, na Rua de São Joâo, está agendada uma “Espera de Gado Infantil” com presença de touros, supostamente bezerros.

O anúncio destes eventos consta na agenda da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (https://sanjoaninas.cmah.pt) e são referidos, com mais pormenor, no Diário Insular de 4 de Junho.

Não é a primeira vez que são realizados este tipo de eventos integrados nas Festas Sanjoaninas do referido município. Na realidade, tem sido uma prática habitual em todos os anos anteriores à pandemia, estando novamente a ser realizados na actualidade. Isto apesar das nossas reiteradas denúncias públicas sobre o perigo e o contínuo maltrato das crianças.

Nas esperas de gado e outros eventos semelhantes as crianças e jovens são colocados em contacto directo com animais, aos quais, ao mesmo tempo, são incitados a agredir. Nos espectáculos taurinos e corridas de touros são obrigados a assistir à tortura sangrenta e impiedosa dos animais, não existindo nenhuma limitação de idade para assistir, sendo inclusivamente levadas à praça crianças do pré-escolar.

Estes eventos, infelizmente, não se limitam a estas festas e a estas datas. De facto, costumam ser repetidos, apenas um mês depois, nas festas concelhias do vizinho município da Praia da Vitória, com o qual é compartilhado o uso da Praça de Touros, com os mesmos promotores deste tipo de eventos.

O contínuo desrespeito pelas leis portuguesas sobre a idade de assistência a este tipo de espectáculos sangrentos e a contínua violação da Convenção dos Direitos das Crianças da ONU, que considera violência contra as crianças a presença nestes eventos de menores de 18 anos, requerem sem dúvida uma condenação e uma intervenção firme e decidida.

Assim, solicitamos a intervenção da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, nos termos que considere mais adequados, para conseguir a efectiva e necessária protecção das crianças na ilha Terceira.

Atentamente,

Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores

20 de Junho de 2024




quinta-feira, junho 22, 2017

sexta-feira, junho 10, 2016

quinta-feira, abril 30, 2015

A Visão tem miopia?

Envie o texto abaixo ou outro da sua autoria à revista Visão. endereços: visão7@impresa.pt, visaoagendaporto@impresa.pt, ipublishing@impresa.pt, visao@impresa.pt, A 19 de março de 2015, o suplemento Sete da revista Visão da responsabilidade dos enviados Miguel Judas (Faial, Pico e São Jorge) e Vanessa Rodrigues (Terceira, São Miguel e Santa Maria) apresenta 100 razões para ir aos Açores. Para além do esquecimento de duas ilhas, Corvo e Flores, a razão número 22 é uma não razão já que se refere ao espetáculo decadente, arcaico e desumano que são as touradas à corda na ilha Terceira, anualmente são responsáveis por mortos e feridos tanto em bovinos como em seres humanos. Os autores do texto (ou a autora?) possivelmente não tiveram acesso aos vídeos das marradas profundamente difundidos na ilha Terceira e na internet (https://www.facebook.com/goshfatherjinco/videos/763458763769622/) que mostram a bestialidade e desumanidade da "festa tauromáquica, tradicional dos Açores", nem acesso aos dados dos gastos de saúde derivados das idas e internamentos nos hospitais por causa das touradas à corda e dos apoios, inclusive europeus recebidos pelos criadores de gado bravo, de tal modo que a importância das mesmas, é segundo eles, aferida pela existência de 13 ganadarias registadas. Enfim, é com muita pena que vemos uma revista conceituada tratar o assunto com uma ligeireza nada digna dos seus pergaminhos.. Cumprimentos (Nome)

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

"Corridas picadas" nos Açores NUNCA

"Corridas picadas" nos Açores NUNCA
Para: Assembleia Legislativa Regional da Região Autónoma dos Açores Um grupo de deputados no parlamento açoriano está a tentar fazer aprovar pela terceira vez uma lei que legalize a prática tauromáquica sorte de varas ou corrida picada, nos Açores. Por constituir um notório atentado à integridade física dos animais e uma atitude que indica um retrocesso civilizacional nestas paragens, não nos parecendo reunir o consenso de todos os açorianos, repudiamos esta postura dos srs. deputados e apelamos a todos que juntem as suas vozes à nossa no sentido de não permitir a eventual aplicação desta prática. A group of members of the Azorean parliament is trying to approve, for the third time, a law that legalises bullfighting by means of ‘sorte de varas’ or ‘corrida picada’ (multiple stabbing on the bull’s neck in order to weaken it) in the Azores. Because it is a clear attempt on the physical integrity of the animals, and an attitude that indicates a civilizational step backwards for the Azores, and because we think there is no consensus among the Azorean people concerning this matter, we repudiate this standpoint of the parliament members and urge everyone to join us in our campaign. Assine aqui: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT75986

sábado, julho 05, 2014

Mortes e feridos nas touradas


Correio dos Açores, 5 de Julho de 2014

Não mais mortos e feridos nas touradas à corda


O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) lamenta profundamente a morte de mais uma pessoa, neste caso, a de um homem de 62 anos, durante a realização de uma tourada à corda na ilha de São Jorge. Esta morte é mais uma que vem somar-se à de um homem de 78 anos na ilha da Graciosa, em 2013, e à morte de um homem na ilha do Pico, em 2012. Assim, a trágica estatística das mortes nas touradas à corda na região situa-se, no mínimo, numa pessoa morta por ano.

Para além das pessoas que morrem, o número de feridos graves nas touradas à corda é bastante maior, como indicam os casos que chegam a ser conhecidos apesar de, no geral, raramente serem noticiados. No total, o número de feridos graves e ligeiros nos Açores como consequência das touradas à corda estima-se em mais de 300 em cada ano.

Estes números são necessariamente aproximados em virtude dos feridos e mesmo dos mortos resultantes das touradas à corda, não serem mencionados, na maioria das vezes pela comunicação social. Aliás, é lamentável que, no caso da pessoa recentemente falecida em São Jorge, a comunicação social tenha centrado a notícia exclusivamente nas dificuldades da evacuação médica, que não contestamos, chegando mesmo a não referir, muitas vezes, que a causa primeira da morte foram os ferimentos ocasionados durante uma tourada.

Todas estas mortes inúteis e todos estes numerosos feridos, graves ou ligeiros, poderiam ser facilmente evitados com a definitiva abolição das touradas nos Açores e a sua substituição por eventos culturais que, longe de cultivar a violência e a morte, fomentassem a alegria de viver e o respeito pelas pessoas e pelos animais. É cada vez mais evidente, nos Açores e em todo o mundo, que está na hora de acabar com esta barbárie absurda e sem sentido, permitindo aos povos evoluir e entrar definitivamente num progresso cultural próprio do século XXI.

Porém, longe deste entendimento, as touradas à corda continuam a receber apoios  públicos por parte do governo regional e das autarquias açorianas. Os governantes fecham os olhos à realidade e parecem varrer os mortos e os feridos para baixo do tapete.

Mas, ainda são também de lamentar as outras vítimas das touradas à corda: os touros. Infelizmente não são raros os casos de animais que chegam a morrer durante as touradas. São conhecidos casos de touros que morreram de esgotamento e outros que morrem ao embaterem contra um muro. São frequentes também os casos de animais que acabam gravemente feridos, perdendo um ou os dois cornos ao embaterem contra as paredes e muros, ou partindo ossos ao escorregar ou saltar nas ruas. É, ainda, comum ver touros com ferimentos, sangrando e sem que por isso se interrompa a festa.

Apesar de tudo isto, lamenta-se que alguns políticos ainda considerem as touradas como simples “brincadeiras” com os animais.

Partilhando o sentir da maioria da sociedade açoriana, o MCATA considera que não é admissível haver mais nenhuma morte nem mais feridos por causa das touradas à corda.

Por último, o MCATA apela às entidades que têm responsabilidade na matéria para que atuem sem mais demora.


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

02/07/2014

domingo, junho 29, 2014

Tourada mata

sábado, junho 14, 2014

O mercado


A Vila, 13 a 31 de Julho de 2009

quinta-feira, abril 03, 2014




PELA IMPLEMENTAÇÃO DA RESOLUÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Nº 31/2013
PROTECÇÃO DOS ANIMAIS DE COMPANHIA E REDUÇÃO DO NÚMERO DE ANIMAIS ERRANTES
Sua Excelência Secretário Regional dos Recursos Naturais
C/Conhecimento 
Suas Excelências Presidentes dos Grupos Parlamentares à ALRAA
Sua Excelência Presidente do Governo Regional dos Açores

Ex.mo Senhor
Na sequência de uma petição intitulada “Por uma nova política para com os animais de companhia” que deu entrada a 24 de Dezembro de 2012 na ALRAA e que reuniu 1258 assinaturas, a ALRAA aprovou a 10 de Dezembro de 2013 uma resolução onde recomendava ao Governo Regional dos Açores o seguinte:
1. A promoção de campanhas de sensibilização, nomeadamente, através das Ecotecas, que apontem para as virtudes de uma política de não abate dos animais errantes e que esclareçam, nomeadamente, os benefícios da adoção de meios eficazes de controlo da reprodução;
2. A dinamização dos processos de licenciamento de centros de recolha oficiais, assegurando que os mesmos detenham condições de alojamento adequadas; 
3. Promova a realização de campanhas de sensibilização públicas e junto dos detentores de animais contra o abandono, assim como da adoção responsável;
4. Promova a celebração de protocolos com associações de proteção dos animais no sentido específico da promoção de tratamentos médico-veterinários e práticas de esterilização;
5. Promova a sensibilização necessária para a correção das falhas existentes ao nível dos sistemas de registo dos animais (SICAF), e promova igualmente a devida sensibilização para a necessidade de articulação entre as várias bases de dados de identificação de cães e gatos, junto das entidades competentes, através de pedido escrito;
6. Promova uma parceria com uma Associação de Proteção de Animais no sentido da exploração do Hospital Alice Moderno através de protocolo que assegure tratamentos médico-veterinários a preços simbólicos para detentores de animais que apresentem carências económicas comprovadas e desenvolver esforços no sentido da melhoria das instalações deste Hospital, de modo a honrar a memória da sua mentora, pioneira na defesa dos animais nos Açores.  

Considerando que esta resolução é um bom princípio para a implementação, nos Açores, de uma nova política para com os animais de companhia, solicitamos que o Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional dos Recursos Naturais, implemente todas as medidas previstas na resolução.
Açores, 31 de Março de 2014

domingo, março 23, 2014

domingo, janeiro 19, 2014

Proteste



APELO 

Não mais dinheiros públicos para as Touradas.
Não fique indiferente- Entre em ação

Nos próximos dias 24, 25 e 26 de Janeira vai realizar-se o “III Fórum da cultura taurina”, em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira (Açores)

Escreva um e-mail aos governantes, deputados e autarcas dos Açores e aos patrocinadores.

Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.






Exma. Senhora
Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
 Exmo. Senhor
Presidente do Governo Regional dos Açores
 Exmos (as) Senhores (as)
Deputados (as) da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
Exmos Senhores
Presidentes da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Câmara Municipal da Praia da Vitória
Exmos  Senhores Patrocinadores


Mais dinheiro público para a tortura animal nos Açores


A avultada quantia de 90.000 euros é o dinheiro que vai custar aos açorianos a realização do chamado “III Fórum da cultura taurina” de 24 a 26 de Janeiro na ilha Terceira, sendo 60.000 euros diretamente aportados pelo governo açoriano e o restante pelas autarquias terceirenses e outros apoios. Num momento em que não há dinheiro para nada que seja a favor da vida, da saúde ou da educação dos açorianos, há sempre dinheiro público para financiar escuros congressos sobre uma prática, a tauromaquia, progressivamente rejeitada por todas as sociedades civilizadas e que nada de bom traz para a região.

Mais questionável ainda é o financiamento público deste evento quando na sua anterior edição, há dois anos, esse mesmo dinheiro público foi utilizado pelos organizadores para realizar, à vista de todos, um espetáculo com sorte de varas, prática de tortura proibida em Portugal e expressamente rejeitada pela Assembleia Regional. A realização deste ato ilegal, que ficou impune apesar dos vários protestos realizados dentro da própria Assembleia Regional, não mereceu nenhum tipo de desculpa por parte dos organizadores nem nenhuma explicação por parte do governo regional. Dois anos depois, o governo volta a financiar e premiar com dinheiro público os mesmos organizadores, se calhar para a realização dos mesmos fins.

Não deixa também de ser chocante que este evento seja apoiado pela Secretaria Regional do Turismo, quando a prática da tortura animal é totalmente incompatível com a promoção turística da região como um destino de turismo verde e de natureza. Não podemos esquecer que, por exemplo, no verão passado um grupo de cerca de 85 turistas alemães cancelou a sua vinda aos Açores depois de ver imagens de touradas realizadas na ilha Terceira. Assim, a Secretaria parece estar a utilizar dinheiros públicos para destruir a sua própria política de promoção turística.

Da parte dos organizadores do evento, da Tertúlia Tauromáquica, ouvimos declarações delirantes como dizer que a defesa da tauromaquia inclui valores ecológicos, culturais, sociais, educativos, solidários e económicos. Deveriam antes falar do ecológico que é a ocupação de zonas da Rede Natura 2000 para a criação do gado utilizado nas touradas. Deveriam falar do educativo que é obrigar as crianças a ver animais a ser torturados em espetáculos de sangue e violência contra touros e cavalos. Deveriam falar de solidariedade às famílias das pessoas que são feridas ou mortas cada ano nas touradas. Deveriam falar dos mais de 580.000 euros de fundos públicos que são gastos anualmente na tauromaquia nos Açores. Como exemplo temos o orçamento da câmara de Angra do Heroísmo para 2014, que vai gastar 125.000 euros só numa feira taurina, quando em todo o ano gastará apenas 52.000 euros em ação social.

Por todas estas razões, a realização deste evento vergonhoso para os Açores deveria ser cancelado e o dinheiro público ser bem gasto na realização de políticas que beneficiem realmente as famílias açorianas.


Cumprimentos

sexta-feira, novembro 08, 2013

Vacada






Pedido de envio de e-mails:
Para:
presidente@alra.ptaluis@alra.ptanunes@alra.ptarodrigues@alra.ptaparreira@alra.ptbchaves@alra.ptbmessias@alra.pt,boliveira@alra.pt,ccardoso@alra.ptcfurtado@alra.ptcmendonca2@alra.ptdcunha@alra.ptdmoreira@alra.ptfcesar@alra.pt,fcoelho@alra.ptgracasilva@alra.pt,inunes@alra.ptirodrigues@alra.ptjcontente@alra.ptjmgavila@alra.ptjsan-bento@alra.pt,lmachado@alra.ptlmaciel@alra.ptlrodrigues@alra.pt,mcouto@alra.ptmicosta@alra.ptmpereira@alra.ptpborges@alra.pt,pmoura@alra.ptrcabral@alra.ptrcbotelho@alra.ptrveiros@alra.pt,aamaral@alra.ptamarinho@alra.ptaventura@alra.pt,apedroso@alra.ptbbelo@alra.ptcalmeida@alra.ptclopes@alra.ptcpereira@alra.pt,dfreitas@alra.pthmelo@alra.ptjandrade@alra.pt,jbcosta@alra.ptjmacedo@alra.ptjmachado@alra.ptjparreira@alra.ptlcgarcia@alra.pt,lmauricio@alra.ptlrendeiro@alra.pt,rcordeiro@alra.ptvvasconcelos@alra.ptalima@alra.ptgsilveira@alra.ptlsilveira@alra.ptzsoares@alra.pt,apires@alra.pt,pestevao@alra.ptpresidencia@azores.gov.pt,
CC: acoresmelhores@gmail.com

Exmo. Sr.,
Presidente do Governo Regional dos Açores,
Deputado(a) da ALRA

Está anunciada a realização duma “vacada” no dia 9 de novembro na freguesia de Santa Cruz, concelho da Lagoa, evento que aparentemente conta com licença por parte da câmara municipal. Esta “vacada”, enquadrada nas festas de São Martinho, não acontece pela primeira vez, tendo sido realizada igualmente em anos anteriores.

No entanto, tal como foi já denunciado em anteriores ocasiões, a realização deste evento é manifestamente contrária à lei por se realizar fora da temporada estipulada legalmente para as manifestações taurinas.

O Decreto Legislativo Regional n.º 37/2008/A, de 5 de agosto, alterado pelo DLR n.º 13/2012/A, de 28 de março de 2012, que estabelece o regime jurídico de atividades sujeitas a licenciamento das câmaras municipais na Região Autónoma dos Açores, estabelece no seu Capítulo XIII o regime jurídico aplicável às touradas à corda, que segundo o n.º 2 do artigo 42.º se aplica também às manifestações taurinas enumeradas no artigo 43.º, entre as quais a “vacada em cerrado”. Ora, segundo o n.º 1 do artigo 49.º estas manifestações taurinas só podem realizar-se no período compreendido entre o dia 1 de maio e o dia 15 de outubro de cada ano civil.

Assim, a referida “vacada” anunciada no concelho da Lagoa para o dia 9 de Novembro não se enquadra dentro do período legal. No entanto, em profundo desrespeito pela lei, a câmara municipal da Lagoa continua a emitir cada ano licenças para a realização deste evento.

De referir ainda que no evento do passado ano foram registadas situações graves de evidente maltrato animal. Os animais, transportados durante longo tempo em caixas fechadas, manifestaram sinais de desidratação. Um deles partiu um chifre no decorrer do evento, com grande perda de sangue, o que não foi considerado suficiente por parte dos organizadores para o animal deixar de ser burlado, acossado e puxado pela corda, com total desprezo e insensibilidade para com o seu sofrimento.

Desta forma venho manifestar o meu repúdio pela realização deste tipo de espetáculos violentos onde são maltratados animais, mesmo na ilha de São Miguel onde as touradas nunca foram tradição. E também o meu veemente protesto pelo contínuo desrespeito que um órgão municipal como a Câmara da Lagoa mostra pela legislação aprovada pela Assembleia Legislativa dos Açores e pelos seus deputados. A imagem pública dos Açores e do povo açoriano fica gravemente prejudicada com lamentáveis e bárbaros espetáculos como estes.

Atentamente

quinta-feira, julho 18, 2013

Moribunda?



Democracia moribunda
1-    A escola não educa
Durante grande parte da minha vida, acreditei que com o tempo a democracia, instaurada com o golpe militar de vinte e cinco de Abril de 1974, se aperfeiçoaria, que as gritantes desigualdades económicas e sociais se esbateriam e que a escola seria um dos principais instrumentos para a concretização do sonho de uma vida melhor para todos os seres humanos.
Hoje, passados trinta e nove anos, a minha desilusão é total e, tal como muitas outras vozes que se têm manifestado, considero que a democracia representativa está esgotada, que os partidos políticos, sem exceção, estão desacreditados, que os cidadãos foram lenta e progressivamente levados, pelas elites que nos têm governado, à apatia e ao descrédito.
Os partidos políticos que deveriam representar classes sociais, correntes de opinião ou ideologias políticas descaracterizaram-se e hoje parecem-se mais com autênticos sacos de gatos, de várias cores e raças, juntos quase e tão só para satisfazer clientelas e para promoção pessoal de dirigentes, de familiares e amigos chegados.
A escola com as diversas disciplinas que vai tendo, como Desenvolvimento Pessoal e Social, Educação para a Cidadania, etc. poderia ter dado um contributo para fazer com que a democracia representativa deixasse de ser apenas a rotina periódica de votar ciclicamente em pessoas que por vezes não têm quaisquer escrúpulos em prometer o que não podem cumprir, em não ouvir as pessoas que dizem representar e em “roubar” o dinheiro de todos os contribuintes.
Mas, ao contrário do que seria de esperar a escola pouco fez ou faz porque  mais não é do que o reflexo da sociedade e, se tal como sem ovos não se fazem omeletes, também sem democratas convictos não se pratica a democracia. Basta estarmos atentos aos acontecimentos dos últimos tempos para percebermos que maus exemplos são transmitidos pelas escolas, desde associações de estudantes que são correias de transmissão, a tomadas de posição de órgãos de gestão, que a comunidade escolar toma conhecimento pelos órgãos de comunicação social, até à existência de um órgão, a Assembleia de Escola, que não ausculta a opinião da comunidade educativa e que não presta contas do seu trabalho a ninguém.
2-   As eleições autárquicas em contexto de deseducação
Embora descrente, pois sinto que os meus representantes nunca cumpriram com o que deles esperava e não querendo ser representante de ninguém, decidi envolver-me nas próximas eleições autárquicas,
Pelos contatos que tenho tido com conhecidos e desconhecidos, tenho-me apercebido de que, a par de um desinteresse generalizado por parte da grande maioria que não acredita em ninguém, há pequenos grupos de pessoas que agem como se os partidos políticos fossem clubes de futebol ou, pior do que isso, fossem agências de emprego.
No que se refere a candidaturas ou candidatos, é possível assistir a um pouco de tudo, de modo que a participação numa determinada lista não depende dos projetos ou das ideologias das forças partidárias, mas dos previsíveis ganhos pessoais que possam ser alcançados para si ou para familiares, dos conflitos pessoais tidos com os cabeças das listas por que concorreram em eleições anteriores ou mesmo pela ordem por que foram convidados.
Sobre este último ponto, convém esclarecer que as pessoas disponíveis são muito poucas pelo que muitas delas já receberam convites por parte de todas as candidaturas já anunciadas e de outras que irão surgir em breve, pelo que, estando as cabeças vazias de projetos e de vontade de servir o bem comum, o critério para a sua participação é o de aceitar o primeiro convite que receberam.
A propósito de bem comum, parece que é objetivo que anda completamente arredado da cabeça de muitos. A título de exemplo, conheço um candidato a presidente de uma junta de freguesia que contatado por uma outra lista, depois de agradecer o convite e de mostrar que se sentia honrado com o mesmo, declarou que já havia sido abordado por outros, mas que estava à espera de saber o teor do convite (ou melhor que cargo lhe seria oferecido), pois considerava que já havia sido presidente da respetiva junta mas que a freguesia era muito pequena pelo que o projeto não o motivava.
Como a pessoa referida surge como primeiro candidato à assembleia da freguesia em causa, fico, sentado, à espera de saber que outra oferta lhe terá sido feita.
Teófilo Braga

(Correio dos Açores, nº 2847, 17 de Junho de 2013, p. 13)

quinta-feira, julho 11, 2013

A Companhia de Seguros Açoreana (http://www.acoreanaseguros.pt/siteacoreanaseguros/) está a patrocinar uma tourada de praça no próximo dia 19 de Julho, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.

Escreva um e-mail a protestar pelo facto de as touradas, para além de serem um espetáculo bárbaro, constituírem um péssimo cartão de visita para uma região como os Açores.
 
Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.



 
Para:  
info@banif.pt

Cco:
  mcatacores@gmail.com




Exmos Senhores,


Foi com perplexidade e indignação que tomámos conhecimento que a Vossa empresa está a patrocinar uma tourada de praça que se realizará em Angra do Heroísmo no próximo dia 19 de Julho.

Como é do Vosso conhecimento as touradas para além de constituírem um espetáculo bárbaro desconceituarem a nossa terra aos olhos dos estrangeiros, cultos e amigos da natureza e dos animais, que nos visitam, são um dos veículos de promoção da insensibilidade e de deseducação para com o respeito que todos devemos ter para com os animais.


Como pessoas que querem o progresso da nossa Terra repudiamos a atitude da Companhia de Seguros Açoreana e apelamos para que reconsiderem a Vossa posição.


Os Açores não precisam do contributo de instituições que promovem o retrocesso civilizacional.

Apelaremos a todos os nossos conhecidos para deixarem de confiar nos Vossos serviços tais como nos prestados pelas restantes empresas do Grupo BANIF.


 Com os melhores cumprimentos


(Nome)

(Localidade)


quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Graciosa terra de tortura?

Touradas como património Cultural Imaterial da Graciosa? Não, Obrigado. Não fique indiferente- Entre em ação A mesa da Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa pretende que que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial do Município de Santa Cruz da Graciosa. Escreva aos autarcas da Graciosa para que votem contra. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto. Para: geral@cm-graciosa.pt, amscg@cm-graciosa.pt, amscg@cm-graciosa.pt Bcc: matp.acores@gmail.com, acoresmelhores@gmail.com, amigosdosanimaisdailhagraciosa@gmail.com, geral@radiograciosa.com, luiscosta.rtp@gmail.com, Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Graciosa Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa A Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa reúne em sessão ordinária na próxima segunda-feira, 25 de Fevereiro, às 20h30, para discutir e votar uma proposta da Mesa da Assembleia Municipal para que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial do Município de Santa Cruz da Graciosa. A iniciativa em questão não tem nada de original, pois não é mais do que a cópia do que tem sido feito, em vários municípios onde a indústria tauromáquica teima em persistir. Considerando que as touradas em nada contribuem para EDUCAR os cidadãos e cidadãs para o respeito para com os animais, para além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas e dos próprios animais, não se coadunando com os valores humanistas do mundo de hoje, considera-se que a proposta de classificar as touradas como património cultural imaterial, a ser aprovada, uma mancha no bom nome dos cidadãos da Graciosa e um golpe no turismo de qualidade tão importante para uma ilha que está cada vez mais isolada no contexto regional. Com os melhores cumprimentos (Nome)

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Assine

Petição Pela abertura do Pinhal da Paz ao Fim de Semana Exmo. Senhor Secretário Regional dos Recursos Naturais, Considerando que o Pinhal da Paz é uma área que pela sua riqueza florestal proporciona condições ímpares para a educação ambiental informal; Considerando que o Pinhal da Paz é uma área que oferece aos seus utentes momentos de lazer tão necessários à qualidade de vida e bem-estar de todos; Considerando que o Pinhal da Paz é um recurso que deve estar à disposição das populações que têm o direito de o usufruir durante os seus tempos livres; Os signatários, solicitam a V. Excelência a abertura do Pinhal da Paz todo o ano, nomeadamente no Outono e Inverno, durante os fins-de-semana com um horário que permita o seu usufruto, não só por residentes, mas também por quem nos visita. Os peticionários Assine aqui: http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35260

sábado, janeiro 26, 2013

A AMISM NO SEU MELHOR

Correio dos Açores, 25 de Janeiro de 2013

sexta-feira, janeiro 25, 2013

quarta-feira, dezembro 19, 2012